Nym-0s

Cisne Negro

Carrego uma das minhas armas e me direciono com calma até o olho mágico para ver quem estava do outro lado da porta.

Sou surpreendida ao reconhecer o rosto da pessoa que estava atrás da minha porta, era o Thomas, namorado da Hannah e um dos principais suspeitos de seu desaparecimento.

Ainda surpresa e sem abrir a porta, pergunto:

Bianca: Eu conheço você?

Thomas: Eu não sei... - sua resposta pareceu meio vaga.

Não sabe?

Thomas: Não importa como eu diga isso, vai parecer loucura... - ele suspira e se afasta da porta - É melhor eu ir embora.

Descarrego a arma, jogo ela na cama e abro a porta do quarto para impedir que o Thomas fosse embora.

Ele me olha por um tempo e finalmente quebra o silêncio.

Thomas: Oi, desculpa... Merda, eu já pratiquei isso tantas vezes na minha cabeça!

Ele parecia confuso.

Bianca: Há algum problema?

Thomas: Desculpa, isso realmente é mais difícil do que eu imaginei que seria. Por favor, me encontre no restaurante Cisne Negro às 18hrs, eu pago o que você consumir e os outros vão estar lá.

Bianca: Desculpa, eu nem te conheço e quem são os outros?

Thomas: Eu prometo que vou te explicar tudo, mas eu não consigo fazer isso sozinho. Por favor, esteja no restaurante Cisne Negro hoje às 18hrs.

Antes que eu pudesse responder, Thomas some entre os corredores do hotel saindo do meu campo de visão.

Bianca: Certo, isso foi inesperado... Espera, será que eles descobriram tudo? - digo para mim mesma, apavorada e completamente em pânico com toda aquela situação.

Não dormi a noite inteira pensando nas infinitas possibilidades de como me aproximar do grupo de amigos da Hannah, mas jamais imaginei que o namorado dela viria até mim.

Será que eu fui descuidada ao ponto de deixar algum rastro meu para trás? Não, isso está fora de cogitação.

Eu não sou tão descuidada...

Ou sou?
Merda!

Lembro de ter contado para o Phil que eu era uma das amigas da Hannah... Ele não abriu a boca e foi correndo falar para a Jessy, né? Se ele fez isso, eu juro que estrangulo aquele pescoço tatuado.

Depois de horas quebrando a cabeça para tentar entender aquela aproximação repentina, resolvi me arrumar e ir ao tal restaurante Cisco Negro.

Pelo que pesquisei sobre o local, ele é um restaurante mega-caro que fica na Kings Street, perto do hotel. Eu sinceramente não me importo que seja um lugar mega-caro, afinal, o Thomas deixou claro que iria pagar pelo que eu consumisse.

A regra é clara: Quem convida, paga.

Assim que cheguei ao local, passei o meu nome na recepção e fui informada que estavam aguardando por mim em uma mesa reservada. Enquanto o garçom me guiava até a mesa, reconheci as pessoas que estavam sentadas na mesma.