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Gabriella🐚

Entro na salinha do meu irmão, e jogo minha glock na mesa. Noto o Dn entrar logo em seguida e eu me viro para ele, esperando o mesmo falar.

Dn: Pô, o Marino não chegou ainda? - acendo um cigarro rápidão ali negando.

Gabe: Não, qual b.o? Pode resolver comigo.

- Melhor esperar o chefe, já avisou que tá chegando - entra outro vapor na sala também.

Gabe: E por que não pode resolver comigo? Na ausência do marino, sou eu quem mando. Ainda mais se for caso daqui mesmo.

- Fica na boa aí, é caso simples, um b.o que aconteceu na minha família. Cadê teu marido? Talvez ele vai comigo - tenta novamente e eu reviro os olhos.

Gabe: Não vou repetir algo óbvio, se é caso simples, não entendi o porquê de você não me mandar o pprt? Tenho um cargo maior que o Medeiros, e mesmo assim você tá insistindo em por outra pessoa pra resolver. Que porra é essa? Se liga.

Dn: O primo dele bateu na esposa e tá começando uma confusão do caralho em frente a casa - fala em vez do outro, recebendo um olhar de repreensão dele.

Gabe: Trás ele pra sala 4 e chama uns caras para descerem madeira nele - mando a ordem para o dn.

- Quê?

Gabe: Tá surdo? - levanto da mesa, se aproximando dele.- aproveita e trás você mesmo, dá logo a notícia a ele. As regras daqui são claras, tô pegando até leve.

Olho firme pra ele que fecha a cara totalmente.

Dn: Jaé, vai logo cara, teu primo ainda por cima tá errado e ainda fez mó pilantragem pra cima da mulher né.

Gabe: Avisa que é para deixar ele o dobro de machucado que ele deixou na mulher e manter distância dela. Se não na próxima, não vai ser cobrado só na madeira.

Volto para minha mesa, vendo ele sair contra vontade e com certeza me xingando mentalmente.

Um bom tempo depois, foi o momento que o Marino passou pela porta, jogando a fuzil longe e se sentando com uma expressão de cansaço.

Gabe: E aí, como foi?

Marino: Cansativo, mas deu resultado. Consegui até alianças novas, e você? Deu tudo certo? - balancei a cabeça, mostrando uns dados a ele. Recebimento de carregamento, pagamento de devedores, lucros.- tá certinho, Gabriella.

Sorrio fraco observando ele, Leandro nunca foi próximo de ninguém, sempre foi muito na dele.

É o filho adotivo do pai e o mais novo entre os homens. Foi criado com a tia porque a mulher do meu pai fez um inferno na vida dele.

Não só da dele, da minha também.

Ela era o cão, não gosto nem de lembrar.

Então, o Leandro meio que se criou longe de mim e do Renato. Principalmente do nosso pai, já que os dois não tem lá uma boa relação.

Gabe: Esse vapores ainda são meio ranzinzas comigo, não sei porquê, sempre fui do meio e sempre tive meu espaço - dei de ombros. - mesmo com o Renato sem me dar uma oportunidade se quer. Então, vão ter que aceitar.

Marino: Lógico que vão, até porque tu vai ser meu braço direito aqui. Tem carta branca para fazer o que quiser.

Arregalo os olhos sem esperar, abro um sorriso indo até ele.

Gabe: Sério? Você tem certeza disso? - ele balança a cabeça me olhando.

Com certeza isso iria gerar muita briga em casa. Medeiros queria por que queria esse cargo, e com certeza ele não iria gostar nadinha disso.

Já não estávamos bem.

Marino: Papo reto, se você tiver disposta porque trás muitas responsabilidades, também tem o Gael nisso que é mais apegado em você.

Gabe: Relaxa, sempre consegui reconciliar.

Sabia que um dia teria oportunidade de mostrar o que sei, sempre dei tudo de mim, seja qual for a situação.

Marino: Jaé então, tu é boa no que faz e não confio em muita gente por aqui. Enfim, tá liberada.

Soltei um gritinho de alegria e fui abraçar ele, que corresponde do jeitinho dele. Beijo sua bochecha e lembro do assunto da Virgínia.

Gabe: Ah, antes que me esqueça. A coordenadora do posto tá me cobrando a presença da Virgínia, porque você disse que não era pra ocupar a vaga, o que digo?

Ele se afasta, indo mexer na mesa.

Marino: Porra, tinha esquecido mesmo desse assunto. Já era para ter liberado pô, certeza que vou ouvir pra caralho da outra no meu ouvido.

Gabe: Como é possível ela não lembrar nem um pouco de nós dois? Tipo, de mim eu entendo porque eu sou bem mais nova, mas da mesma forma era como se nunca tivessem nos visto quando criança, nossa família foram quase criadas juntas até a briga do nosso pai com o Jorge.

Marino: Ela sofreu um sequestro quando criança, se não me engano. Não sei o que aconteceu de fato, mas nisso esqueceu de algumas coisas da infância.

Gabriella, 21 anos.

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