Marcelly: Ah, olha só quem eu encontrei - ela sorri cínica fitando ele. Sinto vontade de dar risada, mas me contenho olhando para o Marino que passa a mão no rosto e bufa logo em seguida. - tá fugindo, cunhado?
Tadinha.
Me faço uma breve pergunta se ficava para ver a treta, ou se saia daqui o mais rápido possível antes que ela começasse o show dela. Que com certeza me deixaria envergonhada.
Desvio o olhar dos dois assim que reparo que o marino estava tão sem paciência que ignorou completamente o que ela disse.
Fazendo então, a querida começar a gritar como eu disse e chamar atenção de todos.
Virgínia: Você não pode gritar aqui dentro - aviso na boa, interrompendo sua gritaria desnecessária, e infelizmente trazendo seu foco para mim.
Porra, como se já não bastante de manhã.
Marcelly: Cala a porra da sua boca, Virgínia - ela aponta o dedo no meu rosto no mesmo segundo. - não se mete aonde tu não foi chamada, jaé?
Virgínia: Cala boca você, te manca, impressionante como você nunca tem o mínimo de noção né - fito ela, recebendo seu olhar de ódio. - se quiser continuar sua palhaçada, pode muito bem fazer lá fora, aqui não.
Marcelly: Qual é a porra... - reviro o olho, mas agradeço quando ele interrompe a fala dela.
Marino: Tu tem problema de surdez? - ela se cala ao ouvir a voz do outro. - tu acha que veio falar com quem, primeiramente?
Marcelly: Resolveu falar? - ela muda a postura, cruzando os braços e falando com ele agora. - pois bem, com que direito você acha que tem para tirar minha casa?
Que ódio, porque eu tinha certeza que ela não dava a mínima pra isso.
Ela só necessitava de atenção e caralho, a mina é x9 aqui e cheia dos direitos ainda. Eu querendo ou não, fico bastante curiosa para saber o que o marino faria.
Marino: Acho não, eu tenho e te tirei de lá. Tu ainda não entendeu mesmo? - ele diz em um tom baixo, hum... baixo, mas provocativo. Enfim, de uma forma que ela possa entender que ele sabia, talvez.- mas também me pergunto eu, que direito você acha que tem pra vir me cobrar alguma coisa. Tá maluca? Eu mando, você obedece, te fiz o mínimo de tirar tuas coisas de dentro porque minha vontade era de por fogo.
Acompanho as reações dela, tendo primeiro a que ela entende o que ele quis dizer e engole em seco desviando o olhar. E assim que ele retoma a falar, ela fita ele no ódio.
Entregou muito fácil.
O marino nem deu a entender tão diretamente e ela já se entregou.
Marcelly: Injusto pra caralho, isso que você é - ela profere as palavras que lhe vem a cabeça, ainda desconfiada. - sempre fechei 10/10 com Renato, diferente de você, mas jaé.
A cara nem treme.
Deixei uma pequena risada de incredulidade escapar, fazendo ela me encarar por longos segundos com a cara totalmente fechada.
Reviro os olhos, sentindo asco, escrota.
Até desvio o olhar, juro, em uma dessa ela sacava que eu já sabia de tudo.
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Sede de nós dois.
Teen Fiction"escolhas são escolhas, cê tem seus motivos mas quem quer viver na sombra, não espera o sol." Poesia acústica, #3. Iniciada: 08/06/22.