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Estava seguindo o caminho do baile apertando os passos no lugares mais escuros, totalmente sem companhia porque marquei de encontrar com a Lis lá.

Dessa vez iria no baile sim, até porque a presença do Marino não me incomodava mais.

Passo em frente a boca principal e suspiro parando em frente. Me pergunto se vale a pena entrar nesse lugar vazio e escuro. Tomo coragem e entro logo de uma vez.

Virgínia: Onde você estiver apareça logo - falo assim que dou um passo para dentro daquele local. Marino tinha me chamando até aqui para tratar algum assunto com ele, supostamente, sobre a enfermeira porque eu não tinha lhe dado uma resposta.

Marino: Cheia das ordens - faço careta dando um olhada ao redor, alcanço o interruptor, iluminando tudo que pudesse.

Virgínia: Você por acaso é morcego? - cruzo os braços ainda insegura naquele lugar.

Eu tinha pavor de lugares escuros, saia para baile, mas sempre acompanhada e sempre tinha luz por perto.

Também não queria parecer uma criança que morre de medo do escuro, mas tinha certo momentos que me davam pânico, ainda mais se fossem totalmente fechados assim.

Marino: Tá com medo? - ele se diverte, nego rapidamente fingindo que não. - late então.

Olhei para ele de cima para baixo com o palavreado que ele se referiu a mim, fazendo ele sorrir quando percebe.

Virgínia: Falei com ela, mas infelizmente seus serviços não estão mais disponíveis - falo me aproximando da mesa. - mas a mãe dela está e eu fiz a proposta.

Marino: Melhor ainda, velho com velho se entende - ele diz, mas eu então encaro ele fazendo ele se tocar que eu não disse se ela tinha aceitado ou não. - e aí?

Virgínia: Ela não vê problema em vir aqui, e acertou de vir na segunda já - me sento na cadeira em frente sua mesa.- e por conta da distância, e das circunstâncias, aceitaria esse valor.

Faço menção para ele vir olhar, e então mostro a ele.

Marino: Tranquilo, eu disse que pagava o preço que ela quisesse - murmuro um "a" pensando que poderia ter entrado no lugar da velha.

Virgínia: Ah, quer trocar de enfermeira não? Me amarro em um aumento - era óbvio que era brincadeira, e ele também levou na mesma.

Marino: Não sou teu chefe e disperso teus serviços de enfermeira - faço cara de ofendida.- tu não quis trabalhar na boca, único serviço que posso te oferecer é esse.

Virgínia: Sabia que tu me queria para virar bandida desde o início - acuso ele, fazendo o mesmo rir baixo e abaixar a cabeça anotando alguma coisa em um papel ali.

Dou uma olhada na letra feia dele, e nego com a cabeça.

Virgínia: Que língua maia é essa que você tá escrevendo?

Ele levanta a cabeça para me olhar e eu dou risada.

Marino: Quer fazer no meu lugar? - me sento na sua cadeira assumindo seu lugar, e dou uma olhada em vários nomes que eu conseguia indentificar.

Virgínia: Quem são essas pessoas? Tão devendo na boca?

Marino: Tá interessada mesmo no movimento né? - dou um riso fraco, passando o olhar por uns nomes conhecidos. - são os nomes do pessoal que tá faltando dar a cesta básica - aponta para um monte de sacola encostada na parede.

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