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Saio daquela boca o mais rápido que posso, tentando também ser mais rápido que um tiro né, porque vai saber. Vou seguindo o caminho mais longo até a quadra, porque como eu mesmo disse, era medrosa para caralho para encurtar o caminho indo pelos becos.

Vou o caminho inteiro sem tirar esse assunto da cabeça e puta com o Diego que mesmo de longe, ferra com a minha vida.

Aproveito para bloquear o novo número dele enquanto ele ainda tentava se comunicar comigo.

Atendo totalmente no impulso e na força do ódio em que eu me encontrava.

Não adiantava bloquear.

Virgínia: Acho que você não entendeu que eu não quero conversar com você? Por que simplesmente você não aceita isso de uma vez e para de insistir tanto?

Diego: Caralho Virgínia - ele respira fundo antes de continuar. - custa me atender pra gente conversar? Ou ao menos me responder? Nega voz comigo não.

Virgínia: Ah, por favor, conversar? No momento sua voz me dá aversão e não é pouca, acredite que bem pior que antes! - solto isso, fazendo ele se calar por vários segundos. Mordo o interior do meu lábio, me tocando que agi pela emoção e acabei demostrando raiva demais, assim ele desconfiaria. - eu achei que tinha deixado claro da última vez que nos falamos.

Diego: Aconteceu alguma coisa pra você falar assim comigo? - droga, fui incapaz de responder essa e apenas dei uma longa respirada. - eu sei que te decepcionei pra caralho, mas você nunca saiu tão agressiva nas palavras como foi agora sem motivo e é por isso que eu quero conversar com você.

Confesso que por uns segundos eu me deixei levar, pensando no nosso relacionamento, mas não demora muito.

O pior era que o Diego me tratava muito bem, sempre arrumava um jeito de me agradar e mostrar que estava feliz comigo.

Por isso, a decepção foi ainda maior.

Virgínia: Não Diego, nada mais aconteceu do que você já me fez passar e acredite que quanto mais tempo passa, mais eu quero distância de você! Ou seja, não quero que me ligue mais, faz favor de levar em consideração tudo que eu te disse na última vez que nos vimos. Não acho que você tenha amnésia, não é?

Desligo a chamada, bloqueando o número em seguida e pensando no quanto isso voltou a me machucar.

Tento esconder minhas emoções no caminho para o baile, mas estava praticamente impossível.

Eu estava sufocada com tudo isso e não tinha mais ânimo para baile.

Lis: Você tá com uma cara péssima - comenta assim que chego perto dela. - demorou a beça, aconteceu alguma coisa?

Nego com a cabeça, ainda tendo que esconder tudo dela.

Ela estava com um carinha que eu não conhecia do seu lado, então eu nem prolonguei o assunto, apenas fui atrás de uma bebida.

•••

Eu tinha vindo aqui por o único motivo de tentar me divertir um pouco, e aproveitar porque na próxima semana eu provavelmente estaria de plantão.

Mas estava sendo o pior baile que eu já fui.

Estava começando a achar que eu odiava baile e que todos que eu iria, não acabavam bem.

Marcelly deu um jeito de se materializar na minha frente, dançando e fazendo mó barulho de uma forma insuportável.

Virei, fui para outro lugar, mas ela sempre dava uma forma de aparecer no mesmo espaço que eu. Fito ela completamente de saco cheio e esgotada.

Sede de nós dois. Onde histórias criam vida. Descubra agora