frustração e raiva

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No próximo dia dos namorados, o clube de culinária foi convocado pelo grêmio para participar, então... você era obrigada a saltitar pelas salas fazendo um tipo de anúncio sobre isso.

A proposta do seu clube consistia em entregar cupcakes do amor durante o festival, mas hoje, exclusivamente, o clube estaria disponível para quem quisesse um cupcake personalizado.

Durante a tarde, você estava em um dos balcões do clube de culinária, esperando alguém aparecer enquanto escrevia um rascunho de uma carta. Você estava realmente considerando usar o correio do amor como uma oportunidade para se declarar a Osamu.

— Você vai se declarar, que fofa. — uma voz irritante soou na sua cabeça, você ergueu sua cabeça e fez uma careta vendo Miwa na sua frente, encarando o papel fixamente.

— Como você vai querer o cupcake? — você perguntou ignorando totalmente o comentário e pegando noutro papel.

— Acho que você devia desistir dessa carta, Osamu não precisa de outra se já tem uma. — Miwa respondeu e você suspirou pesado.

— Tem tantas pessoas nas outras bancadas, porquê eu? — você perguntou irritada, Hiroshi arqueou uma sobrancelha vendo sua exaltação.

— É só uma coincidência. — Miwa comentou sem qualquer incómodo e olhou para a carta que estava nas mãos dela com um sorriso.

Você manteve uma expressão impassível no seu rosto quando Miwa rasgou a carta na sua frente.

— Vamos ser sinceras, (Nome), ninguém quer alguém patético como você. Aviso de amiga, sim? — Miwa disse num tom alegre e deu dois tapinhas na sua bochecha.

Você não repensou na sua próxima ação quando sua mão estalou no rosto de Miwa. Todos te olhavam surpresos e assim que Miwa levantou o braço para te atacar de volta, eles largaram oque estavam fazendo para separar a briga.

Você já não se encontrava em sã consciência para conseguir distinguir o certo do errado, seu único desejo era tirar aquele sorriso falso do rosto dela.

Você arfou sentindo as unhas dela afundando na sua pele, Miwa te jogou contra a parede e te sacudiu com violência. E como uma forma de se soltar, você empurrou-a com força, Miwa se desequilibrou e caiu no chão te puxando junto para cima dela.

Era possível ouvir vozes no fundo, mas o seu único foco era amassar a carinha de uma certa gêmea. Você voltou à realidade quando alguém te empurrou para longe.

— Sai de cima da minha irmã, sua louca! — Mika exclamou raivosa enquanto Osamu se aproximava desesperado.

— (Nome)!? — Osamu exclamou incrédulo, você se levantou e engoliu em seco quando Miwa abraçou ele com força.

— Osamu, ela me atacou! — Miwa exclamou, Osamu te encarava com uma expressão confusa, esperando que você dissesse alguma coisa.

Osamu acreditaria em qualquer coisa que você dissesse apenas para não se afastar, contudo, você desviou o seu olhar e não respondeu. As próximas palavras saíram tão rápido da boca de Osamu da mesma forma que o mundo dele desmoronava.

— Que tipo de monstro é você?! — Osamu exclamou mais alto, você sentiu um nó se formar na garganta.

Rapidamente, Osamu puxou Miwa para fora do clube até à enfermaria para cuidar dos machucados que você causou. Ele só fez isso porque sabia que você estava sendo cuidada pelos seus amigos e que, provavelmente, ele seria a última pessoa que você queria ver depois daquelas palavras escaparem da boca dele.

— Oque diabos aconteceu ali? — Aran perguntou incrédulo, Miwa inflou as bochechas.

— Não faço ideia... eu só fui pedir um cupcake porque vocês disseram que a (Nome)-chan cozinhava muito bem e vi que ela estava escrevendo uma carta, dei alguns conselhos, mas ela me atacou. — Miwa respondeu inocentemente.

— Como é que ela pode?! Eu volto já, vou dar a essa garota um gosto do próprio remédio. — Mika disse irritada, mas ela sabia exatamente oque aconteceu de verdade e apenas acompanhava o teatro da irmã.

— Calma, não vamos resolver isso com violência. — Osamu disse num tom apreensivo e Aran suspirou pesado.

— Então porque ela resolveu?! — Aran rebateu com raiva, mas não parou para pensar em sequer considerar o seu lado.

— Não se preocupem, ela deve estar passando por algo ruim, só fui um saco de pancada. — Miwa murmurou num tom de voz baixo, Mika se aproximou abraçando a irmã para que fosse notável a empatia.

Ainda no clube de culinária, os murmúrios e risadas continuavam. Você estava sentada no chão, seus olhos ardiam em lágrimas de frustração e raiva, mas não deixaria que escapassem.

— Vamos! Saiam todos! — Kota exclamou para todos os que ainda estavam ali.

Um silêncio dominou durante algum tempo, você sentiu um grupo de pessoas te abraçarem com força e duas mãos fazerem um carinho em suas costas. Assim, você explodiu num choro compulsivo.

Após alguns minutos, seus soluços pararam, você ergueu sua cabeça e olhou para os seus amigos envergonhada, mas eles pareciam mais felizes do que preocupados.

— Estou tão emocionada! Foi tão satisfatório, (Nome)! Você sentiu, não sentiu?! — Rin exclamou animada fazendo você soltar um riso anasalado.

— Você tem sorte que todos adoram uma briga e ninguém vai fazer queixa. — Hideki disse, Kota gargalhou e você riu anasalado.

— Eu... me desculpem pela confusão. — você murmurou com um sorriso amarelo.

— Não se preocupe, nós sabemos. — Kota disse, eles concordaram e você suspirou.

— Vamos cuidar de você. — Hiroshi pontoou e abriu a maleta dos primeiros socorros e tirou alguns curativos para colocar nos seus cortes causados pelas unhas de Miwa, você arfou dolorosamente.

— Me lembre de nunca mexer com alguém que tenha unhas, olha esse estrago. — Hideki indagou chocado, vocês gargalharam.

— Nós te acompanhamos até casa, (Nome). — Rin disse.

No caminho até casa, você repensava tudo aquilo que ouviu de Miwa, os outros discutiam sobre um assunto que você não prestou atenção por estar tão absorvida em seus pensamentos profundos.

— (Nome), que foi? — Kota chamou sua atenção vendo que você estava quieta. Você estremeceu assustada e se desculpou baixinho.

— Estava pensando no que Miwa falou para mim. — você respondeu e entortou os seus lábios, Kota fez uma careta.

— Oque ela falou?

— Que ela estava namorando com Osamu, mas é verdade? Tipo, verdade mesmo? Ele sabe? — você respondeu e entortou os lábios, aborrecida.

— Não sei como responder, (Nome). — Kota indagou, os outros concordaram com ele e você suspirou pesado.

A verdade era que é impossível saber.

Porém, uma pessoa queria muito falar, mas ela sabia das consequências.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamuOnde histórias criam vida. Descubra agora