sorte ou azar

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Alguns dias depois, vocês combinaram ir até ao santuário para celebrar o ano novo e ver que tipo de sorte podiam esperar para esse ano.

— Você está nas nuvens desde o ano passado. — Atsumu comentou enquanto caminhava com Osamu, que parecia atordoado — Oque aconteceu?

— Como eu vou explicar? — Osamu murmurou dando um suspiro, ele coçou a nuca e Atsumu inclinou a cabeça confuso — Eu dormi abraçado com a (Nome).

— Ué. Isso é um grande passo, qual o porquê dessa carranca no seu rosto? — Atsumu perguntou confuso, realmente era um grande passo.

— Eu nasci com essa carranca.

— Está diferente. — Atsumu rebateu, Osamu fez uma careta. Oque era isso? Sexto sentido especial de gêmeos?

— Oh. — Osamu pontoou num suspiro triste, Atsumu entortou os lábios e ele prosseguiu — Ela não falou comigo depois.

— Então, vá falar com ela. — Atsumu respondeu como se fosse óbvio.

— Posso estar desrespeitando o espaço dela. — Osamu rebateu como se fosse óbvio também, ele concluiu — Olhe, chegamos.

Na frente do santuário, eles encontraram o grupo de pessoas que procuravam, todos estavam presentes, menos você.

— Cadê a (Nome)? — Atsumu perguntou no lugar do irmão, já que, aparentemente, Osamu parecia ter vergonha em tudo oque era relacionado a você.

— Ela falou que chegava em cinco minutos, parece que teve um problema. — Kota respondeu e mostrou o celular para verem as mensagens que trocava com ela.

Cinco minutos se passaram e nada de você. Kota soltou um suspiro e pegou no celular, preparado para te ligar, mas assim que ele discou seu número, você apareceu.

— Me desculpem pelo atraso! — você exclamou ofegante, Osamu sorriu minimamente, com um rubor nas bochechas.

— (Nome), você veio correndo? — Kota perguntou com uma careta, você concordou com a cabeça e ele prosseguiu — Poderíamos ter esperado um pouco mais.

— Se ela viesse andando, a gente ficaria esperando aqui até à noite. — Aran respondeu num tom de brincadeira, você revirou os olhos violentamente.

Caminharam para dentro do santuário, você conversava alegremente com o grupo, mas nem sequer conseguia olhar nos olhos de Osamu e isso preocupou-o um pouco, mas não iria estragar o clima.

— Um, dois, três! — Atsumu exclamou, fazendo uma contagem crescente para que todos virassem o pequeno papel que continha a sorte para este ano. Soou um "oh" de surpresa ou de tristeza?

— Oque saiu para vocês? — Kota perguntou curioso, ele engoliu em seco e voltou a esconder o papel dele.

— Sorte. — Kita respondeu simplista e natural, como de costume.

— Má sorte no amor. — Aran respondeu tristonho, você soltou uma gargalhada alta e ele te olhou incrédulo — Ei, você está no mesmo barco que eu!

Vocês fez uma careta quando ouviu a resposta de Aran e olhou para o seu papel, abrindo um sorriso largo. A voz de Atsumu se fez presente.

— Sorte, uma pessoa irá aparecer em breve. — Atsumu pontoou orgulhoso e Osamu olhou-o com incredulidade.

— Como isso é possível? Não. Impossível. — Osamu disse desconfiado, ele olhou para o próprio papel, como se fosse uma competição.

Boa sorte.
Seu desejo irá se realizar

— Qual seu desejo, Samu? — Atsumu perguntou com um sorriso maléfico, Osamu se afastou.

— Se eu falar, não se vai realizar. — Osamu respondeu como se fosse óbvio e Atsumu murmurou um resmungo.

— Muita sorte. — você disse esperançosa e Kota se aproximou meio tristonho enquanto olhava o papel.

— O meu é má sorte.

Você fez um carinho no ombro dele para o consolar. Inveja é uma palavra muito forte, mas se encaixava bem em Osamu.

— E vocês dois? — Aran perguntou para Suna e Ginjima que ficaram quietos.

— Boa sorte.

— Pouca sorte.

A visita ao santuário foi melhor do que você esperava, porém, você se sentia nervosa com a presença de Osamu ao seu lado, ele te olhava intensamente e com razão.

— (Nome), podemos falar? — Osamu perguntou num tom de voz baixo assim vocês que saíram do santuário.

— Claro. — você respondeu rapidamente, os outros encaravam vocês dois um pouco desconfiados.

Você e Osamu pediram para que os outros continuassem o caminho sem se preocuparem, eles aceitaram com um sorriso no rosto que você não entendeu muito bem o motivo. Caminharam até o lado oposto, seu coração estava tão acelerado quanto o coração de Osamu, ambos imploravam para que nenhum percebesse essa agitação.

— Porque você tem me evitado? — Osamu perguntou, você o olhou com as bochechas rosadas e ele engoliu em seco, prosseguindo — Não queria ter deixado você desconfortável, me desculpe.

— Não! — você exclamou rapidamente, Osamu arregalou os olhos — Eu só fiquei um pouco envergonhada.

— Oh, eu também fiquei, não se preocupe. — Osamu respondeu, você concordou levemente com a cabeça.

Silêncio.

O único barulho presente era do vento contra as árvores e alguns carros que passavam com alguma velocidade. Osamu limpou a garganta e você ergueu seu olhar vendo que ele te encarava com curiosidade.

— Porque me pediu para dormir com você? Não acredito que seja só pela bebida. — Osamu perguntou quebrando o silêncio.

— Ah, tudo bem. — você respondeu com um sorriso amarelo, suspirou pesado e prosseguiu — É uma história antiga...

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamuOnde histórias criam vida. Descubra agora