geração antiga

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No momento que chegaram na porta de casa de Osamu, você automaticamente congelou, sentindo o arrependimento percorrer todo o seu corpo.

— Não dá para voltar para trás? — você perguntou um pouco nervosa e Osamu fez uma careta.

— Não. — Osamu respondeu simplista e abriu a porta, você engoliu em seco e ele revirou os olhos violentamente. Ele te empurrou para dentro de casa e fechou a porta, você resmungou.

— (Nome)! — uma voz conhecida exclamou alegremente.

Atsumu apareceu no corredor e te cumprimentou com um sorriso gigante no rosto. Os gêmeos te levaram até à sala, onde Atsumu se jogou no sofá.

— Os meus pais estão na cozinha, eu vou avisar eles, já volto. — Osamu disse e você concordou com a cabeça, ele rapidamente saiu da sala.

Você suspirou pesado e mexeu nas pontas dos seus dedos, Atsumu te olhou vendo que você estava bem nervosa.

— Não precisa ficar nervosa, (Nome), eles não mordem. — Atsumu disse gentilmente e você riu anasalado.

Não demorou para que Osamu voltasse acompanhado com os pais, que te encararam com um sorriso amigável, você retribuiu o sorriso.

— Essa é minha namorada, Ishikawa (Nome)... — ele disse, mas foi interrompido pelo próprio pai.

— É uma Ishikawa mesmo! Viu querida, eu falei que era!

Os gêmeos estavam confusos. E você estava mais confusa do que eles, ainda mais vendo a mãe deles se aproximar de você enquanto analisava cada detalhe do seu rosto.

— É a cara da sua mãe! — a mais velha comentou e você inclinou sua cabeça confusa, exibindo um sorriso amarelo.

— Vocês conhecem ela? — Atsumu perguntou curioso.

— Nós fizemos estágio no mesmo hospital que a mãe de Ishikawa-chan. — o pai deles explicou gentilmente, você e os gêmeos arregalaram os olhos.

— É um prazer. — você disse rapidamente e fez uma reverência.

— Não precisa de tanta formalidade, querida. — Aimi respondeu sorridente e você piscou surpresa, concordando lentamente com a cabeça. A mais velha prosseguiu — Seja bem-vinda à família Miya!

Você arregalou os seus olhos com aquelas palavras, algumas lágrimas se juntaram e um sorriso cresceu em seus lábios.

— Sinta-se à vontade, querida. Atsumu, venha me ajudar e deixe os pombinhos aí.

— Ok, mãe! — Atsumu exclamou e saiu da sala com os pais. Você suspirou aliviada e Osamu te olhou com um sorriso gentil.

— Eu disse que não precisava se preocupar, amor. — Osamu disse, você assentiu sorridente e ele prosseguiu — Eles até conhecem os seus pais, não é uma coincidência?

— É mesmo. — você respondeu com um sorriso, Osamu riu anasalado e te beijou, contudo, foram interrompidos quando Atsumu entrou na sala, cantarolando alguma coisa.

— Casal, vamos jantar!

Atsumu cantarolou enquanto colocava os pratos na mesa, você seguiu Osamu até à mesa e se sentou onde tinha um lugar vago, que era bem na frente dos pais dele.

— O que acha da comida, querida? — Aimi perguntou com um sorriso gentil.

— Está ótima, tem um gosto maravilhoso. — você respondeu gentilmente.

O jantar correu incrivelmente bem, tirando o fato de Osamu e Atsumu começarem a brigar por um motivo que você não percebeu muito bem. Além disso, aquele tipo de briga parecia ser normal em casa dos gêmeos.

Quando o jantar terminou, os gêmeos ainda discutiam. Você levou alguma louça suja até à cozinha para ajudar na limpeza.

— Aimi-san, precisa de ajuda para lavar a louça? — você perguntou e Aimi negou com a cabeça.

— Querida, eu agradeceria imenso. Me desculpe pelo comportamento dos gêmeos. — Aimi respondeu envergonhada, você negou com a cabeça e disse que não era muito diferente na escola.

Aimi era uma pessoa incrivelmente sociável e energética, ela questionava sobre algo e nem dava tempo de responder que ela já estava falando de novo.

Depois de longos minutos, Aimi saiu da cozinha e foi repreender os gêmeos, que ainda brigavam. Você viu Atsumu subir as escadas em passos pesados, Osamu entrou na cozinha, com uma careta.

— Você e o seu irmão nunca pegam leve um com o outro, não é? — você murmurou gentilmente, passando o dedo num pequeno machucado e prosseguiu — Vem, vou cuidar de você.

Osamu se manteve quieto enquanto você fazia um curativo na pele machucada, Aimi rapidamente voltou para a cozinha.

— Querida! Está tão tarde, eu não vou deixar você ir para casa nestas horas. Tem um quarto de hóspedes, durma aqui hoje. — Aimi pontoou, você arregalou os olhos surpresa e Osamu exibiu um sorriso bobo.

Contudo, ele não esperava que fosse assim tão doloroso.

A meio da noite, Osamu se levantou da cama dele, decidido que não iria passar nem mais um minuto longe de você. O barulho da porta a abrir chamou a atenção de Atsumu, que acordou no mesmo momento.

— Onde você vai?! — Atsumu gritou sussurrando, com certa incredulidade.

— Vou ver a minha namorada. — Osamu respondeu como se fosse óbvio e manteve o tom de baixo, o loiro arregalou os olhos.

— Mamãe vai matar você! — Atsumu rebateu, com razão, mas Osamu ignorou-o completamente.

Por sorte, o quarto de hóspedes era na frente do quarto dele, Osamu abriu a porta do seu quarto lentamente e suspirou aliviado vendo que você ainda estava acordada.

— Oque você está fazendo aqui? — você perguntou confusa, com cenho franzido, Osamu abriu um sorriso alegre e se deitou na cama.

— Ver minha namorada. — Osamu respondeu e você riu anasalado.

— Sua mãe não te deixa ficar aqui. — você rebateu e Osamu resmungou alguma coisa.

— Eu já estou aqui. — Osamu murmurou com um beicinho e você suspirou derrotada.

— Você não tem jeito.

No final, os pais de Osamu não se deram conta da fuga do filho mais novo durante a noite, então Osamu considerou isso como uma vitória contra a geração antiga.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamuOnde histórias criam vida. Descubra agora