orquídeas lilases e brancas

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Algo estava muito errado.

Quando Osamu voltou para casa nesse mesmo dia, ele se deitou na cama e ficou sorrindo para o celular até adormecer, Atsumu ficou desconfiado, mas deixou passar, pelo menos, daquela vez.

Na manhã do dia seguinte, Osamu se voluntariou para fazer o café da manhã e Atsumu ficou ainda mais desconfiado pela atitude do gêmeo mais novo.
No caminho até ao treino, e no treino, Osamu não se irritou com Atsumu em nenhum momento.

— Samu, você está bem? — Atsumu perguntou curioso e Osamu arqueou uma sobrancelha.

— Sim. — Osamu respondeu confuso enquanto se arrumava com outra roupa, que consistia em uma camisa cinza, uma calça preta e o boné que você ofereceu no natal.

— Você nem implicou com Atsumu, aconteceu alguma coisa? — Suna perguntou curioso como sempre.

— Só estou feliz. — Osamu respondeu simplista e saiu dos vestiários, deixando os restantes jogadores sozinhos.

— Vocês estão pensando no mesmo que eu? — Atsumu perguntou olhando para os outros, que estavam com os olhos arregalados.

— Sim, acho que sim.

Os outros alunos que estavam  ali perto, para os outros clubes de esportes, encararam a porta do vestiário do clube de vôlei com uma careta e Osamu riu anasalado ouvindo os gritos de comemoração.

Osamu caminhou até chegar na sua casa e ele finalmente começou a ficar nervoso. Era o primeiro encontro dele. Sim, o primeiro. Osamu nunca teve um encontro antes.

Quando a porta da sua casa foi aberta, você apareceu com uma saia branca e longa, uma camisa cinza folgada junto com uns tênis confortáveis, seu cabelo meio-preso com um laço branco e você fez uma maquiagem leve em seu rosto.

— Você está linda. — Osamu comentou gentilmente, você sorriu e deu uma pequena voltinha fazendo Osamu rir.

— Você também. Ah, parece que estamos combinando. — você comentou dando uma risada baixa, Osamu piscou surpreso e concordou com a cabeça.

— Como foi o treino? — você perguntou com certa curiosidade, Osamu entortou os lábios.

— Bem, mas os outros acham que eu estou estranho. — Osamu respondeu com uma careta e você encarou-o confusa.

— Porquê?

— Não entendi. — Osamu respondeu e você soltou uma gargalhada, que era uma melodia para os ouvidos de Osamu.

Após longos minutos de caminhada, vocês finalmente chegaram no restaurante, era um lugar pequeno, mas tinha um ambiente agradável.

Você e Osamu se sentaram numa mesa que foi indicada por uma jovem moça, e rapidamente pediram o que desejavam, e por sorte, não demorou muito para que a comida chegasse e vocês pudessem desfrutar de uma ótima refeição enquanto conversavam alegremente.

— Estou tãoo cheia! — você comentou assim que saiu do restaurante, Osamu riu anasalado.

— Oque quer fazer agora? — Osamu perguntou, você entortou os lábios e apontou para um parque.

O parque estava coberto por cores vibrantes e coloridas por causa da primavera. E enquanto caminhavam pelo parque, encontraram uma exposição de flores. Você rapidamente puxou Osamu para visitar aquela exposição, tiraram várias fotos, individuais e juntos, mas Osamu também tirou algumas fotos enquanto você estava distraída, principalmente quando você olhava para as orquídeas, lilases e brancas.

As orquídeas lilases representam uma transição, dos momentos ruins para os momentos bons, e as orquídeas brancas têm uma forte relação com a delicadeza e beleza, mas também representam o desejo de um amor duradouro.

— (Nome). — Osamu pontoou, você encarou-o com um sorriso em seus lábios e ele se aproximou, se ajoelhando no chão e pegando sua mão com delicadeza.

— Osamu... — você murmurou e tampou a boca com uma mão, desacreditada.

— Você aceita namorar comigo? — Osamu perguntou com um sorriso tímido nos lábios, você sentiu as lágrimas se acumularem em seus olhos e concordou com a cabeça.

— Sim. Sim! — você respondeu rapidamente e Osamu se levantou, te envolvendo num abraço apertado, murmurando o quanto te amava diversas vezes.
Osamu era tão romântico.

[...]

Quando chegou em casa, Osamu cantarolava enquanto subia as escadas e ia até ao quarto para pegar um pijama, mas um ruído chamou a atenção dele e quando se virou para ver de onde vinha, ele se assustou vendo Atsumu na cadeira de escritório, como se fosse um vilão.

— Que susto! — Osamu exclamou assustado, ele colocou a mão no peito, sentindo o coração acelerado.

— Onde você estava?! — Atsumu exclamou incrédulo, Osamu encarou-o com uma careta e o loiro cruzou os braços, ele suspirou pesado.

— Estava com a (Nome). — Osamu respondeu um pouco envergonhado e Atsumu arqueou uma sobrancelha.

— Hum... vocês estão juntos? — Atsumu perguntou com certa curiosidade.

— Sim, estamos juntos. — Osamu respondeu e Atsumu arregalou os olhos, ele prosseguiu — Pedi ela em namoro hoje.

— (Nome), você é uma deusa! Já viu como você deixa o meu irmão? Ele até me faz o café da manhã! — Atsumu exclamou alegremente e olhou para o teto, Osamu fez uma careta e deu um tapa no ombro do irmão.

— Ei! — Osamu repreendeu-o num tom sério, Atsumu riu anasalado.

Atsumu se aproximou de Osamu, que arqueou uma sobrancelha, desconfiado, o loiro envolveu-o num abraço apertado.

— Eu estou orgulhoso de você, Samu. — Atsumu disse com um sorriso, Osamu riu anasalado.

— Obrigado, Tsumu. — Osamu murmurou com um sorriso pequeno, eles se afastaram — E você?

— Como assim, eu? — Atsumu respondeu, fingindo não saber do que Osamu estava falando.

— Quando você vai se declarar para a Rin? — Osamu esclareceu e cruzou os braços, Atsumu arregalou os olhos.

— Talvez o mesmo tempo que você. — Atsumu respondeu e desviou o olhar, Osamu suspirou pesado e negou com a cabeça.

— O mundo não é mais o mesmo, até parece que trocamos de corpo. — Osamu zombou num tom brincalhão e Atsumu o olhou ofendido. E assim, começou mais uma briga na casa dos gêmeos.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamuOnde histórias criam vida. Descubra agora