𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamu

cozinheira maravilha

Como sempre, você estava com a mão no fogão, literalmente.

Durante as atividades do clube de culinária, você ganhou uma queimadura na sua mão como consequência de um acidente. Alguns membros te ajudaram a terminar sua tarefa e uma enfermeira cuidou da sua mão enquanto um dos seus amigos, Kota, levava o bento ao seu melhor amigo, já que você ainda estava ocupada.

Mas assim que voltou ao clube de culinária, você rastejou cautelosamente até ao fogão para retirar um pouco da comida.

— (Nome), voltei! — você estremeceu ouvindo a voz do seu amigo e se virou lentamente, como se fosse uma pedra e petrificou mais ainda vendo alguns meninos do clube de vôlei atrás dele.

— Kota, não é oque você está pensando! Eu estava confirmando se desligaram tudo, não queremos mais ninguém com queimaduras, né? — você exclamou forçando um sorriso, mesmo sabendo que não conseguia convencê-lo.

— Seu cérebro fritou de vez? Você se queimou na mão. — Kota resmungou incrédula e você entortou os lábios, ele suspirou e prosseguiu — Não é tão grave, mas você tem que ter cuidado.

Enquanto Kota discutia com você sobre os cuidados de uma queimadura, Aran tirou um onigiri que estava dentro do saquinho e entregou para você.

— Tome, coma um pouco, (Nome). — Aran disse e te entregou o onigiri, você negou com a cabeça, afinal a comida era deles.

— Não vou, eu fiz para vocês. Vocês comem. — você respondeu simplista e cruzou os braços.

— Não. — Aran falou estendendo o onigiri, você revirou os olhos e pegou dando uma mordida.

Antes de questionar os garotos sobre oque raios estavam fazendo no clube de culinária em vez de estarem em suas casas confortáveis, você comeu o onigiri com gosto.

— Porque vieram aqui? Já está muito tarde, deviam estar em casa, aposto que o treino foi puxado. — você perguntou confusa, parecendo ter tocado num assunto delicado.

— O Samu...

Atsumu foi interrompido pela mão de Osamu, indicando que ele deveria parar de falar, o loiro debateu-se violentamente e Aran salvou a pobre alma.

— Ito-kun avisou a gente, viemos checar se não foi nada grave até porque não queríamos que a nossa cozinheira maravilha se machucasse. — Aran explicou fazendo todos concordarem, você piscou surpresa e sorriu sem graça.

— Obrigada, eu fico feliz em ouvir isso. — você respondeu um pouco tímida.

— Vamos para casa? Já está anoitecendo.

Você arrumou suas coisas na mochila e guardou o avental do clube dentro do armário. Assim que se virou, viu que Osamu te encarava, ele desviou o olhar quando seus olhos encontraram os dele fazendo com que você mantivesse um sorriso bobo enquanto saía do prédio escolar.

Assim que saíram do prédio escolar, você olhou para os lados percebendo que estava sendo escondida por um muro alto, muito alto.

— Algum de vocês vai para um lado diferente? — você perguntou, apontando para o lado esquerdo.

— Eu vou. — Suna respondeu acompanhado de Ginjima.

Despediram-se dos garotos que iam para um lado diferente e continuaram andando pelo lado esquerdo, até que Atsumu se intrometeu com uma nova ideia.

— O natal está chegando, tenho uma ideia que podemos fazer todos juntos, prometo que vai ser divertido.

— Devo me preocupar com as suas ideias? — você perguntou desconfiada, Atsumu te olhou com um sorriso e antes que pudesse responder, Osamu falou primeiro.

— Sim, você deve. — Osamu respondeu, todos soltaram uma gargalhada divertida enquanto Atsumu mostrava uma careta incrédula.

O caminho seguiu com os gêmeos brigando, até que eles avisaram que a casa deles era para o lado oposto, ainda era possível ouvir eles brigando mesmo que estivessem longe.

Alguns minutos depois, Kita e Kota anunciaram que a casa deles ficava na frente ao mesmo tempo, eles se entreolharam surpresos e se despediram alegres falando que eram vizinhos.

Você e Aran continuaram a caminhada até casa já que também eram vizinhos um do outro. Era um silêncio confortável, se precisasse de alguma coisa você falaria e ele também. Não precisamos de manter sempre um assunto, não é?

Assim chegaram na frente dq sua casa, você se despediu dele e entrou em casa sem receber um 'bem-vinda' gentil e caloroso, não era surpresa, afinal você estava sozinha desde aquele dia.

Você jogou as chaves num potinho e se abaixou para tirar seus sapatos, colocou suas coisas na cômoda da entrada e subiu as escadas indo até ao banheiro. Você estava cansada demais, seus músculos estavam tensos, mas nada que uma água quente não resolva.

Você ficou longos minutos dentro da banheira até seu corpo relaxar e saiu do banheiro enrolada num roupão até seu quarto e tirou um conjunto de moletom do armário para essa noite, desceu as escadas para preparar o jantar, porém, acabou se esquecendo de um detalhe, ainda não tinha cuidado da queimadura. Enquanto cuidava da queimadura, pensava no que fazer para jantar sem ter chance do seu braço cair de tanto esforço e no fim, mandou vir comida.

Depois de comer uma bela refeição de porco frito, você subiu até ao seu quarto se deitando na cama esperando o sono que não vinha de jeito nenhum, até que oque você mais temia veio — o momento de reflexão sobre a vida, acompanhada com uma das piores reflexões, sua paixão.

Você é apaixonada pelo gêmeo menos interessante desde o primeiro ano. Foi praticamente amor à primeira vista, mas mesmo com esse tempo todo de paixão, você nunca teve coragem suficiente para se declarar por diversos motivos.