• CAPÍTULO 20 •

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Aceitar uma gravidez aonde você nunca pensou que poderia é surreal, e ao mesmo tempo a coisa mais linda do mundo, eu ainda nem vi o bebê e já estou amando essa criatura no meu ventre..

Minha chegada ao hospital onde eu trabalhava antes de me mudar, causou um tumulto enorme, meu antigo chefe veio cheio de autoridade e eu já possesso e sangue nos olhos preferir ignorar e foi para minha antiga sala de consulta, ninguém sabia mas na minha mesa tem dois fundos falso onde eu guardo tudo que é necessário. Peguei aquelas pastas de quando eu estava na psiquiatria e comecei folhear uma a uma, meu celular não parou de tocar desde ontem. -Sinto muito Connor, estou de cabeça quente no momento deixa eu me acalmar primeiro. - pensava enquanto via seu nome piscar na tela.-

— Cinco fucking anos da minha vida fazendo tratamento… e eu podendo ter filho normalmente..

Respirei o máximo que podia, mas tinha alguma coisa a mais nisso, não só isso.. não quero falar com ele sobre isso.. não quero ouvir o que temo.

— Tenho para onde correr… uma hora terei que conversar com eles..

Tanto tempo que não falo com meus pais.. vai ser até cômico e está sendo. Cá estou, na frente de sua porta perto o suficiente mas por que eu não tenho forças para bater a porta ou tocar a campainha?.. por que meus olhos estão lacrimejando?..

Na minha mão está o teste de DNA e junto a minha suposta certidão de nascimento..

Minha respiração desregulada prova ainda mais que nunca vou estar preparado para isso.., estou no início da minha gestação..  meus supostos pais não são meus pais.. tá difícil..

Dei a volta e fui embora, estou longe demais de casa e Connor ainda não parou de me ligar. Ao pegar minha coisas e ir para aeroporto, notei os seguranças de Connor e ele junto..

— o que faz aqui?

— Eu quem pergunto. Por que veio até aqui e não disse nada? E menos ainda por não ter atendido minhas ligações?

— Depois conversamos.. vamos embora, já resolvi o que tinha que resolver.

— e posso saber o que séria?

— Não é da sua conta, intrometido!

Ele me olhou espantado, sim, fui grosso é daí não estou a fim de dar justificativa em público ele sabe que eu não gosto disso.

No avião dele, Connor tentou puxar assunto novamente calado estou e  fiquei até chegar em casa..

Por ora não direi nada sobre a gravidez, quero ver até onde isso vai.. os outros irmãos de Connor estão anunciando gravidez rápido demais para ser verdadeira.. estou de dois meses é mesmo assim demorei para ter os sintomas.

— Tem pedra nesse angu..

— Disse algo? — perguntou fechando o livro.

— Nada de interessante, apenas estou reunião com minhas outras personalidade..

— Ignorante..

A viagem inteira foi assim eu quieto e Connor vez ou outra mexendo em meus cabelos .

Muitos problemas e até agora sem uma solução concreta.. muitas perguntas junto…

— Que foda..— falei alto..

Connor riu..

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