17-vamos voltar juntos.

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-se algo acontecer...lembre-se do nosso acordo.—ele volta a andar em passos ligeiros e eu tento o acompanhar. Ao longe podia ouvir pessoas correndo e o relinchar dos cavalos.

_mais na frente adentramos um grande salão onde se encontrava a armadura de thranduil, era brilhante e extremamente limpa, até me parecia nova, sem nenhum arranhão sequer. Não havia apenas sua armadura lá, nas paredes espadas e heranças elficas, quadros, escudos e dentre outras armaduras, uma delas não me parecia ser de um homem, não de um elfo adulto. Thranduil vai até ela e a tira com cuidado

-venha, essa deve lhe servir.—vou até ele, que me ajuda a por a armadura. Não era nada pesada por ter sido forjada por elfos, mas era extremamente resistente. Thranduil pega um pacote que havia ali um pouco afastado, ao abri-lo vejo gurthang, a espada que herdei e que carreguei comigo esse tempo todo

-me admiro por a ter guardado por tanto tempo.—thranduil se distancia de mim e começa a se equipar

-não me desfaria de uma espada como essa nem mesmo em outra vida.— ao terminar de colocar seu peitoral thranduil caminha até mim e segura meu rosto em suas mãos

-ouça, isso aqui é por precaução, sabe por que? Porque eu sinto que não cumprirá com sua parte do acordo. Quero que fique ao meu lado, e se algo me acontecer... Bom, fuja.

-nada vai te acontecer, vamos voltar juntos.— levo uma das minhas mãos até as dele que estavam em meu rosto. Os lábios de thranduil se curvam em um pequeno sorriso

-senhor, estamos prontos.— Após o aviso, thranduil se aproxima e deposita um selar no canto dos meus lábios. Sem dizer mais nada ele entrelaça nossas mãos e me guia até onde estaria os cavalos.

_Fui puxada até o lado de fora dos portões, lá haviam milhares de elfos, as tropas de thranduil estavam em posição, prontas para atacar o que quer fosse ou até mesmo voltarem ilesos após o blefe do orc capturado. Mais na frente um alce nos esperava, ele não era um alce comum, ele era enorme e tinha chifres grandiosos

-pode montar...— thranduil se referia ao grande alce

-acho que... Prefiro ir em um cavalo— recuo para longe do animal e então Thranduil segura um sorriso

-porque?

ahm... Eu nunca montei um alce... Ainda mais desse tamanho.

-não está com medo dele, está?

-eu não tenho medo.— não fazia ideia de como montar um brutamontes daqueles, mas sem exitar(e sim, com muita dificuldade) monto na criatura. Thranduil ri da situação e rapidamente monta atrás de mim

_Esgaroth não era tão longe, não demoraria até chegar lá, talvez o problema seria a subida para a montanha solitária. Até onde sabemos, os moradores de Esgaroth estão refugiados na antiga cidade de valle. Junto as tropas, thranduil levava água e comida suficiente para os refugiados, sua atitude era digna de um rei...mas havia uma outra intenção por trás disso tudo, thranduil não estava ali apenas para ajudar os pobres refugiados ou só por que pedi...ele quer o que "lhe pertence", a herança de seu povo... As gemas brancas

_Foi tudo muito "silencioso", não se ouvia mais nada a não ser o barulho dos cascos dos cavalos nas pedras secas. Como disse, a viagem para Esgaroth não era tão longa, chegamos lá antes do anoitecer, subimos a montanha solitária e enfim chegamos em valle, subimos até o centro da cidade onde haviam um pátio largo e uma grande estrutura logo a frente, ao nos escutar chegando, vários dos refugiados começaram a sair da estrutura

-Rei élfico??? Veio nos salvar???— um sujeito baixinho com cabelos longos e uma monocelha vem até os pés do grande alce

-quero falar com o senhor de Esgaroth.—a voz de thranduil soa atrás de mim

-BARD!!!! BARD VENHA VER!!!— ele grita enquanto vários dos refugiados se aglomeravam na frente da estrutura

-o que foi alfrid... Senhor... O senhor veio...

-Não se preocupe, não vim por vocês. Há algo naquelas montanhas que também me pertencem...

A Herança Escarlate | The Hobbit [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora