20-Bicho de estimação

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-Quem pergunta?— bard o pergunta ao sair da tenda de Thranduil, com isso eu corro até o lado de fora e me jogo nos braços de Gandalf, ele estava alí. Sinto seus braços me apertarem e logo nos separar, ele segura meus ombros enquanto me examina

-Amarië???— Não demorou para que thranduil saísse da tenda, vejo Gandalf arregalar os olhos, alternando seu olhar caído entre mim e thranduil

_Bard o convida para a tenda de thranduil, onde estavamos nos reunindo momentos antes, gandalf senta ainda tentando entender o que estava acontecendo

-O que o trás aqui, Mithrandir?— diz thranduil com as mãos atrás do corpo, ouço gandalf suspirar

-Ora thranduil, deixe de lado essa rivalidade tola com os anões. Uma guerra se aproxima, vocês correm um perigo mortal!—thranduil e bard se entreolham e thranduil ri

-Do que você está falando?— diz bard ao se aproximar

-vejo que não conhece nada de magos bard, eles são como um grande trovão se aproximando numa ventania, apavorando todos com um alarde... Mas as vezes uma tempestade, é apenas uma tempestade.— ele berberica o vinho em sua taça

-não, não desta vez. Vi com meus próprios olhos, exercícios de orcs estão a caminho, são criaturas criadas para guerra, vocês não me entendem??— rebate gandalf

-por que se revelariam agora?? Depois de tanto tempo, acha mesmo que iriam se arriscar desta maneira?

-sim. Se tomarem erebor, será uma ameaça a todos nós.— me atrevo a falar algo pela primeira vez, eles me olham por um tempo

-nós os forçamos a isso, desde que os anões voltaram para reconquistar sua terra natal. Eles não deviam ter chegado a erebor.— gandalf diz enquanto anda de um lado para o outro e me faz questionar: o que ele ta fazendo???. Gandalf sai e nos vamos atrás dele—Azog, o orc pálido, foi enviado para mata-los. Seu mestre, como amarïe disse, quer essa montanha mais do que tudo, tenta controla-la

-não pelo seu ouro, mas por onde está localizada.— completo

-sim, essa é a entrada para reconquistar angmar, ao norte das montanhas nebulosas.— então, lembro das histórias em que meu pai - Radagast - costumava contar sobre angmar

-Se esse reino cruel se erguer novamente...— há medo em minhas palavras, ainda me recordava bem sobre o que havia escutado sobre o reino bruxo

-Valfenda, Lothlórien, O condado... até mesmo gondor cairão...

-Esses exércitos de que fala, Mithrandir, onde estão?— o sorriso sarcástico no rosto de thranduil havia se desfeito, suas mãos estavam entrelaçadas em suas costas

-mais próximos do que podemos imaginar, o importante agora é não baixarmos a guarda... Devemos nos preparar para sua chegada, não os subestimem, não subestimem o tamanho de seu exércitos e suas forças...—bard e thranduil se entreolham novamente.

-bem, tentaremos falar com thorin novamente amanhã, caso não queira nos escutar... Bem, já sabe no que resultará...— gandalf suspira enquanto eu reviro os olhos— deem uma tenda e comida para o mago. Descanse esta noite, Mithrandir.—thranduil dá ordens a alfrid que bisbilhotava a conversa pelos cantos e sai, gandalf o agradece e me puxa ao longo que alfrid o guiava

-Você... Teve...

-Alguma memória??

-Desculpe, não tive tempo de conversar sobre isso com você antes...

-Não se desculpe, nada do que aconteceu foi culpa sua...

-Por alguma razão, eu sabia que iria encontra-lo

A Herança Escarlate | The Hobbit [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora