18-a rainha de mirkwood morreu a muito tempo.

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-Não se preocupe, não vim por vocês. Há algo naquelas montanhas que também me pertencem...

-Claro... Obrigado mesmo assim, senhor.— bard faz uma pequena reverência a thranduil

-Algum sinal dos anões?— sou tomada por minhas emoções e não me seguro, acabo interrompendo thranduil que estava prestes a falar algo mais

-bom, as tochas estão acesas o que indica que há alguma esperança...— deixo escapar um sorriso enquanto thranduil desmonta do animal

-Otimo, então atacaremos pela manhã.— Sua voz sai carregada num tom de ciúmes

-Como assim atacaremos?— salto do animal me pondo na frente de thranduil

-Desculpe senhor, mas não acha que deveríamos tentar conversar primeiro? Sabe, thorin nos prometeu parte de sua riqueza, ele vai entender

-Querem mesmo tentar?— Thranduil arquea as sobrancelhas com certo deboche para nós

-pra evitar um guerra? Sim.— me acalmei por bard estar sã diante da situação

-Não vou impedir que percam seu tempo, mas eu desde já avisarei: eles não ouvirão. E você...me disse que iria ajudar com os feridos.— disse ele se virando para mim

-A última vez que eu os vi, estavam presos atrás de suas grades... Se eles estiverem vivos, eu irei sim até aqueles portões... E falando nisso, você me disse que não os atacaria.— não valia a pena ter uma discussão com thranduil quando já se teve várias outras, o que eu poderia fazer? Se ele diz que anões são orgulhosos, então ele precisa se ouvir um pouco.

_ouço bard limpar a garganta, o que faz thranduil desviar a atenção até ele

-a senhora...

-Amarië. Não sou sua senhora.

-Claro... Lindo nome...

-obrigada...

-bard... Eu sou bard.— ele dizia com um sorriso doce no rosto

-bard, por acaso chegou a conhece-los?

-sim, ficaram hospedados na minha casa por um tempo... Um deles estava... Doente

-Sim, kili... E ele está bem??? Como o curou??

-isso, kili... Está ótimo, uma elfa de cabelos vermelhos apareceu e os ajudou.—meu coração deu um salto, tauriel esteve aqui...

-havia mais alguém com essa elfa?— perguntou thranduil se aproximando de bard

-Desculpe senhor, eu não estava lá... Foram minhas filhas quem a viu.— o olhar de thranduil perdeu o brilho, ele concordou com a cabeça e se recolheu, parecia pensar demais, levo minha mão até seu ombro e o mesmo solta um suspiro

-bom... E o que fazem aqui? Pretendem habitar valle novamente?

-na verdade, thorin nos prometeu uma parte do tesouro caso os ajudassem, mas agora, depois de smaug ter destruído nossas casas e matado vários de nós cruelmente por causa deles... Eu acho que eles tem alguma obrigação em nos pagar o que devem.

-Eu... Sinto muito... Nesse caso, acho que thranduil tem razão, eles não vão o escutar...

-não... Thorin deu sua palavra, ele não pode... Ele vai entender...

-você tem um bom coração se acredita nisso, bard...— digo antes de me retirar. Alí perto, as tropas de thranduil já haviam montado parte do acampamento, thranduil veio atrás de mim e me guiou até sua tenda

-Na verdade... Acho que a vi na costa da montanha...— disse bard correndo atrás de nós e adentrando a tenda

-não me importo com tauriel, o que me interessa é se ela estava acompanhada

-eu a vi montar em um cavalo com um elfo de cabelos claros...

-Para onde foram? Sabe para onde foram??

-mesmo se soubesse... Não adiantaria muito... A essa altura já devem estar muito longe daqui...

-obrigada bard...—digo acenando com a cabeça para o mesmo, aos meus olhos encontrarem os de bard, seus lábios se curvam em um meio sorriso. Após uma reverência simples ele se vai

-percebe o que está fazendo?— me viro para encarar thranduil

-o que quer dizer?— diz ele ainda desnorteado

-está com todas as suas tropas na porta de 13 anões, disposto a iniciar uma guerra por gemas brancas... Onde está o seu filho?? O que o rei fará para encontrar o príncipe perdido??

-você... Não entende amarïe, essas gemas são importantes para meu povo e...

-e o seu filho?

-eu me importo com o meu filho.

-as vezes seu ego não o deixa demonstrar isso. As vezes parece que você... Que você não dá a mínima.— thranduil leva suas mãos ao rosto seguido por um suspiro, com isso, eu o deixo. Saio da tenda e respiro fundo, olho para a estrutura antiga que havia ali perto, era grande o bastante para abrigar os refugiados

-Quem você pensa que é para falar com o rei daquele jeito??— sou surpreendida pela figura humana baixinha de monocelhas

-e você quem é?— olho para baixo ao falar com ele

-Alfrid, mas pra você eu sou assistente do senhor de Esgaroth, então exijo respeito, eu posso...

-Alfrid, deixe a nossa senhora em paz.— a voz de bard era suave a nossa frente, o humano de cabelos negros estava parado a nossa frente com os braços cruzados

-bard, não viu como ela falou com o senhor thranduil? Eu no lugar dele havia a decapitado...

-Alfrid, se continuar falando tantas besteiras e enfiando o nariz onde não deve, você acabará decapitado. Não sei se percebeu, mas essa é nossa senhora elfica, a parceira de nosso rei.

-C-Claro que é...mil perdões sen...

-Parceira? Ora, não diga besteiras.— rio com seu comentário e adentro a estrutura, havia muitos feridos, eles podiam ter perdido tudo mas ainda havia esperança, os sorrisos estampados em seus rostos e as bochechas cheias de pão e bolo.

-desculpe, não é rainha de mirkwood?— bard me seguia com várias perguntas surgindo em sua língua

-a rainha de mirkwood morreu a muito tempo.

-sim... Mas, qual a sua relação com o rei então?

-e porque a curiosidade repentina?— me viro para bard que me olhava com os olhos arregalados

-com todo respeito, ouvi que feericos como vocês não eram capazes de se apaixonar uma segunda vez...— como poderia ser verdade? Então, o que explica eu ter me apaixonado por thorin e thranduil? Como eu sei se é paixão o que sinto por eles?

-então quer saber para quem ele mentiu?? Com toda certeza para mim.

A Herança Escarlate | The Hobbit [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora