Acordei assustada com o som da porta batendo, dava pra notar que ainda não havia amanhecido, o que significava que pela terceira vez na semana ele tinha chegado depois da uma hora da manhã. Me sentei na cama e peguei meu celular vendo que estava certa sobre a hora, duas e quarenta e seis da manhã, e enquanto eu podia estar completamente plena em um sono profundo, estava acordada por causa do meu "marido".
O que mais podia dar errado na minha vida? Sinto que não devia pensar assim, mas sinceramente eu não consigo mais ligar, já passei por tantas coisas que acabei me acostumando á toda e qualquer possível tragédia. Todos sabiam que esse casamento seria só mais um problema, mas quase ninguém ligava. Me levantei da cama, logo saindo do quarto à caminho da cozinha.
Deixei uma cartela de remédios pra dor de cabeça em cima da bancada, e fui até a sala procurando por ele.
(Hyunjin): S/N?
—Quem mais seria... —Digo tão baixo como se fosse pra mim mesma. —Vem, você precisa dormir. —Digo parando na frente dele estendendo minha mão para ajudá-lo a se levantar.
(Hyunjin): Tenho mesmo?
—A minha resposta ainda é a mesma, mesmo que pergunte isso todas as madrugadas. —Digo segurando sua mão e levantando o mesmo.
(Hyunjin): Eu posso me virar sozinho.
—Aham... Vai subir essa escada sozinho sendo que não conseguiu ficar em pé por mais de dez minutos?
(Hyunjin): Eu posso dormir aqui.
—Tá bem, faça o que quiser. —Digo indo até as escadas e voltando pro meu quarto.
Eu só esperava que a noite não fosse tão longa.
[...]
O despertador tocou me tirando do meu sono perfeito, me sento na cama e assim que alcanço o celular eu desligo aquele som irritante. Deixo o celular em cima do travesseiro e me levanto da cama indo pro banheiro, precisava me arrumar, ainda tinha muito o que fazer na empresa.
[...]
Já arrumada pego meu celular e saio do quarto.
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(Jasper): Bom dia Srta. —Jasper era como um governante que passou a maior parte da vida cuidando de mim, e dos meus irmãos enquanto meus pais estavam ocupados com outras coisas. Quando esse contrato foi criado eu convenci os meus pais a deixar que ele viesse comigo.
—Bom dia Jas. Dormiu bem? Está bem?
—Sim, e sim. —Sorri fechado.
Mesmo que estivéssemos sozinhos ele sempre agia como funcionário, e todas as vezes eu sentia meu coração se apertar, ele era uma das pessoas mais especiais e importantes pra mim e mesmo assim, seu comportamento nunca mudava. Mesmo que eu dissesse que não precisava de nada daquilo.
