Capítulo 41

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               P.O.V Marília

    Ajeito a minha vara junto com o anzol conferi se estava tudo bem e se a linha continua firme como da ultima vez, pego a pequena boia rosa com a bater de baixo branca e coloco na linha até um certo ponto pego uma caixinha que tem vários anzóis vai que quebra a outra, pelo menos vou ter varias reservas. Saio do quartinho de bagunças com as tralhas em minhas mãos, avistei o meu pai no quintal junto com os meus irmãos, Gustavo carregava um cooler para perto do rio onde já
tem um barco a nossa espera e o João ajudava onosso pai com varias varas de pesca. Estou usando um short jeans azul, uma camisa
cavada preta e um chapéu na cabeça para que o sol não me queime.

Me aproximo do meu pai que pediu para eu conferir as boias das varas, olhei uma por uma e ajustei algumas que estavam fora do lugar, Maraisa também vai pescar com a gente queria ir busca-la mas a mesma insistiu tanto para que eu não precisasse me preocupar porque ela consegue vir sozinha dirigindo.
Obviamente a minha mãe não vai participar da pesca, ela odeia essas coisas.

- Pai, está tudo certo - Comentei após
analisar todas as varas.

- Certo, só falta a Maraisa - Meu pai
levantou um polegar para mim, o famoso joia.

- Eu só vou dar um aviso - Minha mãe chegou com as mãos na cintura - Se algum de vocês ficarem bêbados, a casa vai cair.

- Relaxa mãe, nós nunca ficamos
bêbados quando pescamos - João revirou os olhos.

- Mas tudo tem a sua primeira vez -
Minha mãe bufa - Está ouvindo Mario? São seus filhos, se algo acontecer, você vai ver como é feder para o seu lado.

- Ui meu amor, vai com calma - Meu pai riu só para contrariar - Está tudo sob controle.

- Odeio quando vocês vão pescar, o que custa só pegar o peixe e vir pra casa? Mas não, vocês querem beber enquanto pescam -Minha mãe reclamou, como sempre.

- Relaxa velha - Gustavo abraçou a nossa mãe de lado.

- Você vai ver quem é velha - Meu irmão gemeu de dor ao receber um tapa no braço.

- Vamos fingir que somos normais
Maraisa chegou - Meu pai cochichou em alerta.

- Oi meu amor - Abraço minha
namorada que sorria levemente e beijo os seus lábios - Tudo bem?

- Oi, Lila - Maraisa retribuiu o selinho - Estou bem, podemos ir?

- Claro, estávamos esperando por você.

- Oi Isa - Minha mãe a cumprimentou
como se nada tivesse acontecido antes.

- Oi - Maraisa a abraçou e sorriu.

Depois de cumprimentar a minha família louca, fomos para o barco deixando a minha mãe para trás
quase nos matando com o seu olhar mortal.Meu pai ficou no banquinho de trás do barco já que ele vai mexer no motor, Gustavo e João no meio, eu e a Maraisa na frente. Mario guiou o
barco através do motor até que paramos no meio do rio extenso, pegamos as nossas varas e eu peguei uma que tinha ajeitado para a minha namorada, estendo para ela.

- Amor, eu não sei pescar - Maraisa torce a boca.

- Eu sei, vou te ajudar - Sorrio
tranquilamente - Trouxemos minhoca para colocar no anzol.

- Ew! - Maraisa se encolheu - lsso é
nojento.

- Você não viu nada - João se curvou
para ficar perto de nós - Gustavo que tirou as minhocas da terra, foi um nojo.

- Você que vai colocar as minhocas no anzol? - Maraisa questionou a minha irmã.

- Você acha que eu relo nisso? Meu
irmão que coloca - João deu de ombros - É nojento.

- Dois frescos - Gustavo provocou e eu concordei com um aceno.

- Primeiro, temos que fazer o nosso
brinde - Meu pai tirou do cooler latinhas de cervejase estendeu para nós.

- Amor, você tomou remédio hoje? -
Indaguei preocupada, ela não pode beber álcool sendo que tomou remédio.

- Fica tranquila amor, eu não tomei
remédio - Maraisa se esticou e beijou a minha bochecha.

- Brinde! - Meu pai esticou a sua latinha,todos nós imitamos ele e assim bebemos uma grande golada - Agora vamos pescar.

- Cinquenta pratas que eu pego o peixe maior que o seu - Gustavo desafiou o nosso pai.

- Fechado! - Ambos deram um aperto de mão.

- Me ajuda, amor - Maraisa me cutucou - O que eu faço?

- Vou te ajudar meu amor.

  Segurei firme na mão de minha
namorada que está agarrando a vara, ensino a ela o movimento que ela tem que fazer para lançar o anzol na agua até que ela pegou um
pouco de jeito. Coloco uma minhoca em seu anzol e a vejo fazendo cara de nojo, acabo rindo daquilo.Maraisa balançou a vara para trás e depois para frente fazendo a linha se
esticar até alcançar o grande rio, deixei-a entretida na pesca e fiz a mesma coisa com a minha vara, fiquei concentrada a cadabmovimento que se fazia na agua.

- Gustavo seu bosta, coloca logo a minhoca aqui - João reclamou.

- Cala a boca imbecil, vai espantar os peixes - Gustavo se irritou mas acabou colocando a minhoca para o nosso irmãa - Agora fica quieta.

- Lila - Maraisa sussurrou - Minha vara está se mexendo.

- Está vendo isso aqui? - Aponto para o objeto e ela assente - Isso se chama
manivela, gira ela que a linha vai se
recolhendo junto com o peixe que grudou no anzol.

- Assim? - Maraisa girou a manivela,
fiquei observando-a até que a linha se recolheu por inteira e a Maraisa  arregalou os olhos - lsso é sacanagem.

- Oh sim - Solto uma gargalhada alta ao ver que tem um pneu no anzol - Que falta de sorte amor.

- Eu não sei pescar - Maraisa se emburrou - Para de rir de mim sua idiota.

- Ah amor, se acalma - Beijo a sua
têmpora - Tem que ter muita paciência, você vai catar um peixe bem grande e lindo.

- Mentirosa - Maraisa faz um biquinho fofo - Coloca logo a minhoca no anzol.

- Deixa eu por, minha princesa - Coloco a minhoca e a Maraisa arremessa novamente - Apenas aproveita, não tenha pressa.

   Maraisa assentiu prendendo o sorriso e ficou me olhando quase sem piscar, retribuo o olhar fitando aqueles olhos castanhos intensos que me deixa arrepiada,ela se aproximou lentamente, trocamos um ultimo
olhar antes de fecharmos nossos olhos e nos envolvermos em um beijo calmo. Me deliciei do sabor de Sua boca, aqueles lábios
carnudos se misturavam no meio dos meus, uma dança gostosa e com muito amor. Nos separamos ofegantes, uma sorrindo para a
outra, trocamos um selinho longo.

- Eu te amo - Sussurrei com meus lábios roçando aos seus.

- Eu também te amo, amor - Maraisa
Sorriu contra os meus lábios.

- Quanta melação - Meu pai reclamou - Isa, sua vara está se mexendo.

- Será que eu peguei um peixe? - Maraisa  rapidamente girou a manivela - Amor, está pesado.

- Deixa eu te ajudar - Fui puxando a vara até que o peixe ficou em nosso ponto de vista - Eita porra, olha o tamanho.

- Parece um tubarão - Maraisa falou toda boba - Amor, eu peguei o maior peixe.

- Eu disse que você ia pegar - Beijo a sua bochecha.

- Chupa essa Gustavo - Maraisa Comemorou.

- É meu! - Meu irmão pegou o peixe na mão e fez um biquinho perto da boca dele - Meu neném, meu garotāo. OUCH!

- Bem feito - Maraisa explodiu em risadas quando o peixe grudou no bico do meu irmão - SOCORRO, VOU MORRER DE TANTO RIR.

- MARÍLIA ME AJUDA, TIRA ISSO DE MIM - Gustavo gritou desesperado.

- Beija mais o peixe irmãozinho, já que você não consegue pegar a vizinha - Provoco antes de tirar o peixe do lábio dele - Pronto,
seu bobão.

Tell me you Love ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora