Capítulo 38

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              P.O.V Maraisa

   Me levanto da cama sem fazer barulho algum, tento ser o máximo silenciosa possível,giro meus calcanhares vendo a Marília
dormindo profundamente na cama, puxo o lençol até cobri-la e vou para o banheiro. Tomo um bom banho demorado, deixando que levasse os problemas bem longe de mim,
encosto a minha testa no azulejo enquanto a agua caia em minha cabeça. Olho para o meu pulso vendo um pequeno corte avermelhado,
por sorte não é algo profundo e não precisa de preocupação, não sei que merda se passou por minha cabeça para eu me cortar, eu odeio ter essas crises que sempre me leva para o
caminho do mal.

Depois do banho, me seco e vou para o quarto encontrando ainda fazendeira esparrada pela cama, entro em meu closete pego roupas simples, uma blusinha de
alcinhas e um short confortável. Pego o meu antigo violão que está bem guardado dentro do closet, eu não usava a muito tempo. Saio do quarto sem fazer nenhum barulho e vou
para a cozinha onde se ouvia as conversas dos meus pais junto com a da minha irmā.

- Filha - Minha mãe sorriu ao me ver
Você dormiu bastante.

- Que horas são?

- Sete da noite - Meu pai respondeu -
Cadê a Marília?

- Está ainda dormindo - Pego uma
batata frita que a minha mãe colocava em um recipiente.

- Filha, não coma antes da hora.

- Foi mal, mamãe  - Sorrio amarelo.

- Marília nos contou sobre o Danilo  - Meu pai comentou sem jeito - Sinto muito filha, ele é um imbecil.

- Eu sei, não quero encontra-lo nunca
mais - Abaixo a cabeça.

- Hum...Você e a Marília  brigaram? -
Minha mãe questionou acanhada - Só deu para escutar alguns gritos, eu iria invadir aquele quarto mas o Marcos não deixou.

- Tivemos uma pequena discussão, não foi nada - Sinto as minhas bochechas querendo corar - Estamos de bem.

- Isa, você vai assistir um filme comigov-Alice praticamente implorou - E eu quero dormir com você.

- Tudo bem amorzinho, nós vamos
assistir um desenho e depois vamos dormir juntinhas - Beijo a sua bochecha e deixo uma mordida.

- Oba!

- Agora eu vou lá no quintal, me chamem quando a janta estiver pronta.

-Vai lá, filha - Meu pai Sorriu
amigavelmente.

Vou para o quintal de casa onde tem
uma parte gramada, sento no chão e deixo o violão em meu colo, dedilho o instrumentobvendo que está horroroso, afino as cordas até que o som saiu perfeitamente. Penso em umavMusica boa para eu tocar, logo a Marília invadia meus pensamentos e eu soube a musica certa.

Oh no, here we go again
Fighting over what I said
I'm sorry
Yeah, I'm sorry
Bad at love, no, I'm not good at this
But l can't say I'm innocent
Not hardly
But I'm sorry

  Cantei a musica que sempre me faz
pensar na minha namorada, meus dedos dedilhavam perfeitamente violão e dava aquele ar acústico, que até eu mesma me arrepiei.

And all my friends, they know and it's true
I don't know who I am without you
l got it bad, baby
Got it bad

  Sorri levemente, sentia os meus olhos querendo marejar, tentei ao máximo não chorar mas a primeira lagrima escorregou pela minha bochecha. O sorriso continuava
em meus lábios e as lagrimas cada vez mais rápidas.

Oh, tell me you love me
Ineed someone on days like this, I do
On days like this
Oh, tell me you love me
Ineed someone on days like this, I do
On days like this

Eu cantei com força o refrão, é como se eu tivesse tirando um peso de minhas costas e despejando para fora,acabei até mesmo elevando a minha voz.

- Eu te amo.

- C-como? - Me viro rapidamentepara
trás encontrando minha namorada
devidamente vestida - O que v-você disse?

- Eu te amo, Mara - Marília se
aproximou lentamente de mim - Eu te amo.

- I-isso é verdade? - Gaguejei
miseravelmente, eu nem me importava mais com as lagrimas que saiam de meus olhos.

- É amor - Marília  se agachou na minha frente, sua mão veio diretamente para o meu queixo e segurou - Amor, eu percebi que
estou mais que apaixonada por você, cada palavra que sai da sua boca, cada gesto, cada toque, cada carinho, cada gesto. Tudo isso me fez me apaixonar por você, pelo jeito que é e
eu tenho um orgulho imenso por você - Fungo ao escuta-la - Não me importo que você tenha depressão, eu continuo estando apaixonada mas agora é diferente.

- D-diferente?

- Uhum - Marília sorriu largamente -
Agora estou te amando, essa é a diferença.

- Awn Lila! - Agarro o seu pescoço - Eu te amo tanto, amo muito.

- Achei que você não nutria esse
sentimento por mim.

- Como eu não poderia nutrir? - Arregalo os olhos - Amor, você é o meu anjo que está sempre salvando, é a coisa mais fácil do mundo sentir todos esses sentimentos por você.

- Você me ama mesmo? - Marília
questionou parecendo não acreditar.

- Eu amo você - Sussurro fitando seus
olhos intensos - Amo muito, eu te amo.

  Marília  me puxou para um beijo
apaixonado, onde nossos lábios
movimentavam lentamente e com calmaria,faço carinho em sua nuca me derretendo em seus braços. Minha namorada segurava firme
em minha cintura como se eu fosse fugir, eu estava gostando dessa possessão, sua língua foi de encontro com a minha e continuamos no mesmo ritmo. Naquele beijo demonstrava o quanto amamos uma a outra, a paixão que sentimos e imenso carinho. Marília  finalizou o
nosso contato com alguns selinhos e umas mordidas no lábio, abro meus olhos me deparando com aquela imensidão verde.

- Eu quero que você saiba, não importa os problemas que vierem para cima de nós, estaremos juntas e lutaremos uma do lado da outra - Marília segurou em minha
mão - Está bem?

- Sim, juntas somos melhores - Selo
nossos lábios - Eu te amo.

- Eu também te amo - Marília roçou o
nariz no meu.

- Isa! Lila! - Alice saltitou para perto de nós - Que nojo, parem de se beijar.

- Mas não estamos fazendo nada -
Marília solta uma risadinha.

- Estavam se beijando antes, que eu vi - Alice fez careta - Isso é nojento.

- Ah meu amor, continue pensando
assim - Acaricio seus cabelinhos - Não cresça nunca.

- Tanto faz - Alice deu de ombros -
Mama está chamando vocês para jantar, vem.

- Amor, se ela soubesse o que se faz no sexo, acho que ela morre de nojo - Marília cochichou assim que a minha irmã saiu correndo.

- Que ela continue inocente assim,
amém.

- Mal sabe ela que minha boca já foi
parar na sua florzinha - Marília  provocou e segurou em minha bunda - Que meus dedos já foram esmagados por sua florzinha.

- Amor, deixa de ser safada - Dou um
tapa em seu ombro.

- Já pensou se ela soubesse que a sua
boca já foi na minha Marílinha e seus dedos também - Marília gargalhou ao ver a minha cara - Parei.

- Você é safada demais, para com isso - Empurro a minha namorada -
Vamos logo;jantar, sua tarada.

- Sou tarada por você.

Tell me you Love ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora