Capítulo 84

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              P.O.V Marília

Assim que Maraisa deu a noticia que o doutor está com o resultado em mãos imediatamente fomos nos trocar para irmos o mais rápido possível para o hospital. Quando
ficamos devidamente agasalhadas já que a noite sempre faz um frio não muito exagerado, mas é sempre bom deixar nossos flhos bem agasalhados para não pegar gripe.Adentramos no meu Impala e partimos para o hospital, eu estava tremendo, minhas mãos apertavam o volante com certa força, estou nervosa, o que será que vai ter nesse resultado? Enquanto eu dirigia tentando ao máximo prestar atenção na estrada, comecei a pedir para que seja um resultado bom e que aquele câncer tenha saído completamente de minha menina, HAna precisa ter uma vida boa e longe dessa doença.

Estaciono o carro no estacionamento do estabelecimento, Maraisa pegou o Benjamin no colo e a Ana prontamente pegou em minha mão, entramos de uma vez no hospital.
Me sentei na cadeira da sala de espera, minha noiva colocou o pequeno em meus braçose foi conversar com a recepcionista para saber se podíamos entrar na sala do doutor Johnson. Minha filha prontamente sentou do meu lado, o seu olhar está vago e ela
continuou quieta.

- Como você está se sentindo, querida? - Perguntei sendo a mais carinhosa possível.

- Estou bem, mamãe - Ana tentou
Sorrir para mim mas foi falho.

- Eu sei que está com medo - Uso a mão livre para afagar a sua bochecha - Eu também estou, sua mama também está, mas estamos
juntas e vamos conseguir.

- Eu sei - Ana encostou em meu
ombro - Eu não quero morrer, mamãe.

- Você não vai meu amor - Beijo
demoradamente a sua têmpora.

- O doutor está com uma paciente na
sala, daqui a pouco vai nos atender - Maraisa  explicou assim que se aproximou, ela se sentou ao lado de nossa filha e prontamente a puxou para seus braços.

- Está bem - Aceno com a cabeça,Benjamin abriu um berreiro - Que foi meu filho?

- Isso se chama sono - Maraisa rolou os olhos enquanto acariciava a nossa filha.

- Vou te ninar meu amor - Ajeitei o
pequeno em meus braços ninei
balançando levemente o seu corpinho. Tentei distrair a minha mente com o meu filho Ana não vai morrer.

- Vai demorar muito? - Escutei a
Ana questionando a Maraisa.

- Não muito - Maraisa respondeu lotando o rostinho dela de beijos - Vai ficar tudo bem,querida.

- Sabe mama - Ana murmurou se
encolhendo - Eu não me importo de ficar sem cabelo, eu só não quero me afastar de vocês.

- Você nunca ai se afastar de nós
querida - Maraisa a agarrou mais ainda - Vamos ficar juntas para sempre.

- Ana Henrique Mendonça!

  A recepcionista chamou alegando que é para nós entrarmos, funguei tentando controlar aquele choro que iria vir como um tornado, ajeito o Benjamin em meus braços, o
pequeno já dormia com a cabeça apoiada em meu ombro. Entramos na sala do doutor, o mesmo sorriu levemente para nós e nos indicou a cadeira, Maraisa prontamente puxou
a Ana para o seu colo e a agarrou como se dependesse.Prontamente busquei pela mão de minha noiva e entrelacei nossos dedos, Benjamin  resmungou baixinho e se remexeu antes de voltar a dormir
profundamente em meu colo.

- Boa noite senhoritas - Johnson
maneou a cabeça – Como está se sentindo,querida?

- Estou com medo - Ana admitiu -
Eu vou morrer?

- Claro que não pequena - Johnson
Sorriu para conforta-la - Sabia que as suas mães são heroínas?

- Sim, elas são as supermães - Ana
finalmente abriu um sorriso lindo.

- Bom - Johnson ajeitou o jaleco e nos
olhou - Semana passada fizemos o exame em Ana, como vocês sabem, hoje acabou chegando o resultado nesse final de tarde.Tive a sorte de estar aqui bem na hora que chegou.

- Doutor, pode falar logo o resultado?
Acho que vou morrer de curiosidade  - Maraisa disse, sua pele começava a ficar pálida.

- Amor, se acalma - Aperto a sua mão
que está suando - Vai ficar tudo bem.

- Vamos com calma - Johnson balançou a cabeça - Ana, como você tem se sentindo ultimamente? Cabelo caindo? Está se cansando muito? Dores musculares?

- Meu cabelo ainda cai - Ana fez
um biquinho - Não estou mais me cansando porque eu não fico brincando bruscamente com o senhor pediu e eu nunca mais senti
dores musculares.

- E na hora da refeição? Sente muita
vontade de comer ou não?

- Depende - Fiz uma careta, eu que
respondi - Minha filha tem dia que come bastante e tem dia que não quer comer nada, mas ultimamnente
Vem comendo normalmente.

- Isso é bom - Johnson sorriu mas logo ficou sério - Posso abrir o resultado?

- Já era para ter aberto.

Fuzilo a minha noiva com os olhos e a mesma só da de ombros, Maraisa  sempre será curiosa, é coisa dela. Johnson pegou o envelope e abriu lentamente, tirou de lá uma folha que tinha varias palavras que só medico entendia. Olho para a minha filha que parecia focada no doutor, Maraisa trocou um olhar comigo, seus olhos já marejando e eu tive de
apertar mais a sua mão passando confiança.

- Acabei de ler tudo - Johnson ergueu o olhar para nós - Estão preparadas?

- Sim, acabe logo com isso - Maraisa
fechou os olhos, vi algumas lagrimas
descendo pela sua bochecha.

- O câncer da Ana aumentou? -
Indaguei tremendo com essa possibilidade.

- Não.

- Não? - Maraisa abriu os olhos, seus
lábio tremiam indicando que queria chorar.

- Não - Johnson fez um pequeno suspense - Olha só pequena, o seu câncer sumiu com as quimioterapias.

- SUMIU? - Praticamente berrei, mas
tampei a minha boca antes que eu acordasse o Benjamin.

- Sim, sumiu - Johnson acenou
afirmativo - Conseguimos derrotar essa doença, Ana se mostrou forte esse tempo todo e com apenas as quimioterapia conseguimos vencer da doença, não precisou de nenhuma cirurgia.

- E-então a minha filha não tem doença alguma? - Maraisa questionou para confirmar o seu rosto já está banhado em lagrimas.

- Isso, Ana está livre da doença.

- QUER DIZER QUE O MEU CABELO VAI PARAR DE CAIRE EU VOU PODER CORRER? - Ana indagou com animação.

- Isso mesmo - Johnson olhou para a
minha filha - Você vai parar de tomar aqueles remédios, talvez alguns fios de cabelo vai cair
por estarem fracos mas logo o seu cabelo vai crescer e você vai correr muito até não aguentar mais.

  Olhei para a minha noiva que chorava copiosamente enquanto agarrava a nossa filha, me ajuntei naquele abraço tomando cuidado para não esmagar o Benjamin, me
permiti chorar no ombro de Ana. Senti seu braço nos envolvendo, Maraisa praticamente nos apertava e chorava mais ainda, um choro de felicidade. Eu queria gritar para que o mundo soubesse que a minha
pequena venceu o câncer.

- Sabem - A voz do doutor nos fez olha - Vocês fizeram um ato lindo de adotar essa pequena, se Ana continuasse no orfanato, ela não teria vencido o câncer porque lá não tinha boas condições.

- Elas são as supermães - Ana murmurou,até chorava
silenciosamente.

- Eu amo a minha família - Olhei para a minha noiva, minha filha e o meu filho que acordava aos poucos - Eu os amo.

- Céus, esse é o dia mais feliz da minha vida - Maraisa disse com a voz embargada - Obrigada, Deus.

- Da, da, da - Benjamin bateu palminhas como se soubesse que aquele momento é apropriado para comemoração.

- Eu quero correr um montão - Ana
Contou - Mamães, nós vamos brincar de pega-pega?

- Vamos brincar de qualquer coisa meu amor - Maraisa a agarrou mais ainda - Agora você pode se divertir como quiser.

- Eu vou correr tão rápido e vou dar um pulo que nem de ninjas na piscina - Ana fazia planos.

- E nós estaremos ao seu lado.

Tell me you Love ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora