Capítulo 4

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P.O.V Marília

  Eu olhava sem piscar para a casa da
frente, a vejo saindo da porta da frente junto
de sua família e entrando no carro sendo o
seu pai que vai dirigir. 0 capuz do meu
moletom cobria perfeitamente minha
cabeça e não deixava que ninguém soubesse
que era eu, pequenas gotas finais de chuva
caiam sob mim mas eu não ligava, soltoum
longo suspiro de alivio, está tudo certo igual
dos outros dias atrás, sim outros dias. Faz
uma semana que eu venho stalkeando a
Maraisa, eu só queria saber se ela está bem e
que não está querendo cometer um suicídio.
Vou para o meu carro que está no outro quarteirão para não dar bandeira, assim que entro no veiculo, começo a dirigir para onde os meus pais estão me esperando junto com a Luisa. Meu pai teve a ideia de jantar no restaurante do Marcos, obvio que topei na hora, gostaria de trombar em Maraisa e ouvir sua doce voz. Mas antes eu precisava conferi-la de longe como eu estava fazendo por toda essa semana. Assim que estaciono o meu carro no Henrique’s Restaurant, entro pela porta de entrada e vou imediatamente a mesa da minha família.

  - Marília, que demora foi essa para chegar? Onde estava? – Minha mãe logo perguntou, mal tinha me sentado.

- Estava dirigindo com cuidado e tinha um pouco de transito – Invento a primeira desculpa que veio na cabeça – A chuva parece querer engrossar.

- Você está molhada – Meu pai reparou em meu moletom.

- Sai do carro para ver o que estava acontecendo na rua – Dou de ombros – Acho que tinha algum acidente.

- Cheiro de mentira – Luisa fingiu uma tosse, sorte que meus pais não perceberam.

- Alguém deve estar trás de puta – João cantarolou batucando na mesa.

- Maninha, passa o contatinho pra cá – Gustavo abriu um sorriso charmoso – Estou precisando de umas minas para dar um jeito no meu amiguinho.

- Quieto – Bato em seu braço – Eu não estava atrás de ninguém, me poupe.

- Como sou uma ótima amiga – Luísa  jogou os cabelos para trás – Pedi para você frutos do mar.

- Tu me conhece bem - Dou um socinho no seu braço.

- Não me bate, curupira - Luísa devolve O SOco de maneira forte.

- Ouch!

- Vocês tratem de ficarem quietas - Ruth nos repreendeu -- Estão chamando atenção
das pessoas.

- Gente para tudo, está vindo a comida - João disse animado.Todo mundo ficou quieto e olhamos para
a direção que a minha irmã olhava, então
meus olhos se arregalaram gradativamente,
meu coração deu uma pirueta e eu a vi
equilibrando uma bandeja com nossos pratos.
Maraisa Henrique parecia mais concentrada em segurar a bandeja do que nos olhar, um
pequeno bico se formou em seus lábios, que
adorável. Quando ela ficou bem prÓxima da
mesa, ela tropeçou nos próprios pés e já ia
cair para frente junto da bandeja, sorte que o
meu reflexo falou mais alto. Com uma mão,
agarro a sua cintura deixando-a ereta e com a
outra a ajudo equilibrar a bandeja, sorte que o
meu reflexo falou mais alto. Com uma mão,
agarro a sua cintura deixando-a ereta e com a
outra a ajudo equilibrar a bandeja.

- Me perdoe por isso - Maraisa ergueu o
olhar e se calou.

- Olá Maraisa - Sorrio confortavelmente,
não queria que ela ficasse mais envergonhada
ainda.

- M-Marília? - Maraisa abanou a cabeça
Céus, quase derrubo a comida de vocês.

-Está tudo bem - Me afasto ao perceber
que ainda a segurava - Acidentes sempre
acontecem.

Tell me you Love ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora