Eles se conheceram em um parque, quando ele fingiu que ela era sua namorada para eles poderem entrar em um brinquedo...
(Não sou boa em escrever sinopses, mas, dê uma chance para a história :))
ATENÇÃO: Essa história irá conter gatilhos pesados. Se...
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POV Vinnie:
Beck não falou mais comigo ontem depois que descobriu que o pai dela morreu. Ela ficou meio mexida, mas não parecia triste. Mandei mensagem para ela dizendo que vou até a casa dela. Quero ver como ela está.
Já estou na porta. Logo toco a campainha. Demorou alguns minutos para a porta ser aberta.
-Vinnie!- ela diz sorrindo animada. Não vejo ela sorrir assim tem um tempo.
-Oi, meu amor. Como você tá?- digo a abraçando fortemente.
-Eu estou ótima. Não me sentia bem assim fazia um tempo.- ela diz fechando a porta atrás de nós.- Eu estava no sótão, por isso demorei. Desculpe.
-Sem problemas.- eu dou de ombros.
-Vem, vamos subir.- ela diz segurando na minha mão.
Fomos até o sótão. Ela arrumou mais ainda esse lugar, provavelmente com o dinheiro que está recebendo com o trabalho. Tem um puff levemente amassado, o que indica que ela estava sentada nele, e um livro aberto, o que indica que ela estava lendo.
-O que estava lendo?- eu pergunto me sentando no chão, em frente ao puff. Ela se senta na minha frente.
-Um livro sobre famílias complicadas. É basicamente uma família de malucos. Cada um é de um jeito, chegando até a ter pessoas meio psicopatas.
-Que livro maluco é esse?- eu digo e não pude evitar soltar uma risada.
-Você está rindo porque não o leu. É bizarro. Mas eu gosto do jeito que a autora descreve as coisas.
-E como são os personagens?
-Ah, tem...- ela para de falar e parece pensar.- Quer mesmo ouvir sobre o livro? Não tem problema se falarmos sobre outra coisa. Você nem gosta de ler.
-Relaxa. Eu não me importo nem um pouco de ficar horas e mais horas ouvindo você falar sobre livros... mesmo que eu não leia tanto.- eu solto uma risada.
-Tá bom então... Foi você que pediu, hein. Depois não reclama.- ela brinca e nós rimos.- Bom, vamos lá. O pai e a mãe da família são os mais "normais".
-Normais como?
-Eles são pessoas que reclamam demais e são bem conservadores. Os filhos não podem fazer nada, nem usar um brinco. Eu disse que são os mais normais porque esse tipo de gente realmente existe.
-Sim... São bem parecidos com os meus pais.- eu desabafo.
-Eles são muito conservadores?
-Bastante. Eu saí de casa porque todos os dias arrumávamos brigas por causa disso. Eu não podia sair e voltar 22:01 da noite que eles já reclamavam e brigavam comigo. Eu não gostava de viver ali, me sentia muito sufocado.
-Sinto muito, loirinho.- ela diz e me dá um abraço, junto a um beijinho na cabeça. Isso me deixou feliz.
-Eu já superei isso. Hoje em dia nem nos falamos e acho que estou mais feliz assim. Na verdade, eu tenho certeza.- abro um sorriso.- Eu sou muito mais feliz sendo livre do que sendo um prisioneiro dentro da minha própria casa.
-Não sente falta dos seus pais?
-Nem um pouco. Todos dizem que eu sou insensível por não sentir falta deles, o único que não diz isso é o Jack.
-E agora eu também. Cada um lida com as situações de uma forma.- ela diz e abre um sorriso acolhedor.
-Mas vamos parar de falar sobre mim. Quais são os outros personagens do livro?
-Tem a irmã mais velha. Ela é a melhor personagem, embora seja meio maluca. Eleanor, é nome dela. É a pessoa mais sincera do mundo e isso acaba sendo meio grosseiro as vezes. Me apaixonei por ela em uma situação que eu me identifiquei.
-Que situação?
Beck está tão empolgada contando sobre o livro que me dá vontade de escutar mais sobre, ainda mais se ela estiver falando. Isso é bizarro já que eu nem gosto de ler.
-O irmão dela, Charles, estava traindo a namorada, Claire, com a melhor amiga dela. A Claire descobriu e o Charles estava tentando manipular a namorada pra fazer com que ela acreditasse que ele não a traiu. Daí a Eleanor esperou uns dias e gravou um beijo que ela viu entre o Charles e a amante. Depois ela mostrou pra Claire. Nem deu tempo da ex namorada do Charles ficar triste, em alguns segundos as duas estavam se beijando e partiu para outra coisa, se é que você me entende....
-O plot, MEU DEUS!- eu digo chocado.
-Pois é, amor, eu também fiquei chocada.- ela diz dramatizando.
Minha namorada continuou falando sobre o livro. Ficamos até o anoitecer conversando sobre livros, séries e filmes. É um assunto que ela se interessa bastante. Eu não costumo falar sobre isso, mas gosto de saber mais sobre os gostos dela.
Quando o céu já estava com estrelas, nós dois colocamos um cobertor no chão e dois travesseiros em baixo da claraboia. Nos deitamos e começamos a observa-las.
-Você acha que as estrelas são pessoas mortas?- ela me pergunta.
-Eu acho que não, mas seria uma bela representação para pessoas queridas que morreram.
-Minha avó e minha mãe estão bem ali.- ela diz apontando para duas estrelas que estavam juntinhas no céu.- Elas estão muito lindas, até mesmo em formato de estrelas.- ela abre um sorriso.
-Estão lindas mesmo.- eu digo.
Ao longo da conversa, nossas mãos foram se aproximando até se juntarem. Senti borboletas voarem no meu estômago, como se eu estivesse me apaixonando por ela novamente.
-Como acha que eu vou ser quando eu virar estrela?- ela pergunta.
-Você vai ser a mais brilhante e mais linda, com certeza. Mas isso vai demorar muito.
-É, vai demorar sim...
Ficamos em silêncio por alguns segundos até que eu interrompo.
-Beck, você está bem com a morte do seu pai?- eu pergunto cautelosamente.
-Vinnie, eu estou ótima.- ela responde sem nem pensar.- Eu estou aliviada que ele não está mais aqui. Eu vivia tensa e pensando que ele poderia fazer algo comigo em qualquer lugar que eu tivesse. Eu não preciso mais viver com esse medo.- ela suspira. Ela realmente parece feliz.
-Eu fico feliz que esteja se sentindo assim, meu bem.- eu digo e dou um beijo na testa dela.
Ficamos em silêncio novamente, mas não é um silêncio desconfortável.
-Eu quero mais momentos como esse até ficarmos velhinhos.- eu digo.
-Acha que estaremos juntos até lá?
-Eu quero muito.- digo com o sorriso mais largo e sincero que eu poderia dar.- Eu amo você, Beck, e eu sinto que você é a minha pessoa.
-Eu sinto isso também.- ela responde em um sussurro e me dá um selinho demorado.
Momentos com Beck ficarão guardados na minha lembrança para contarmos aos nossos netos quando formos velhinhos.
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Oi, tudo bem???
O que acharam do capítulo??
Estamos na reta final da história... Teorias sobre oq vai acontecer?
