Eles se conheceram em um parque, quando ele fingiu que ela era sua namorada para eles poderem entrar em um brinquedo...
(Não sou boa em escrever sinopses, mas, dê uma chance para a história :))
ATENÇÃO: Essa história irá conter gatilhos pesados. Se...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV Vinnie:
Beck está quieta desde que entramos no carro. Ela não olha para mim desde que saiu da festa. Isso me preocupa em níveis extremos. O que aconteceu lá foi realmente o que eu contei, mas acho que ela não acreditou. Eu não sei nem como eu vou fazer para ela acreditar em mim. Pensar nisso me deixa desesperado.
-Beck, esse silêncio está me assustando- eu digo, tanto fazer com que ela falasse algo.
-Vincent, eu só não sei se acredito em você...
-Sério que você não vai acreditar em mim?
-Eu acabei de ver você saindo do banheiro com outra garota. O que você quer que eu pense?
-Eu te dou motivos para você desconfiar de uma possível traição?- eu pergunto, começando a me questionar.
-Não sei, você dá?- ela retruca.
Quando ela disse isso, uma sensação de tristeza muito grande chegou. Sinto como se minha própria namorada não confiasse em mim. Pior ainda, sinto como se tivésse dado um motivo para ela. Aonde foi que eu errei?
-É sério isso, Beck? Eu já te falei que não te traí.
-Tá.- ela dá de ombros.
-Sério que você só vai ficar falando "tá"?- eu pergunto em um tom de voz meio decepcionado.
-Vincent, eu quero um tempo para digerir o que aconteceu hoje.- ela diz com um tom de voz aparentemente calmo, mas sei que ela está nervosa. Ela está mordendo o lábio inferior.
-Tá, eu entendo, mas não entendo porque você não acredita em mim. Eu estou sentindo como se você não cofiasse em mim. Tem noção do quando isso dói?- eu começo a elevar o tom de voz, devido ao nervosismo.
E dói mesmo. Sempre fiz de tudo para ser um namorado bom para ela, já que a felicidade dela é a minha, mas parece que não está funcionando.
-E eu acabei de presenciar uma suspeita de traíção. Tem noção do quanto isso dói também?- ela diz aumentando o tom de voz.
-Eu já te pedi desculpas.
Eu pedi desculpas mesmo sem nunca nem ter pensado em traír minha namorada. Por que ela não aceita?
-Desculpas não anula o que aconteceu. Eu ainda preciso de um tempo. As pessoas pedem desculpa para dizer que estão arrependidas, mas a outra pessoa ainda fica machucada.
-Vai começar com a palestrinha?- digo na hora da raiva.
-Palestrinha?
-É, você sempre acha um jeito de militar onde não tem que militar. Todas as vezes um discurso novo.
-Todas as vezes em que eu fiz a "palestrinha" foi para te ajudar ou para desabafar com você. Isso te incomoda, Vincent?
-Não. Mas eu cansei. Eu tô do seu lado faz meses e parece que não importa o que eu faça, você não confia em mim.
-Você está bem ciente dos meus traumas, Vincent.
-É, Beck, eu estou ciente, mas isso não muda o fato que eu tenho sentimentos e isso dói em mim.- eu explico diminuindo o meu tom de voz, tentando apaziguar a situação.
-Tá dizendo que eu sou um peso pra você?
-Não, você não é. Eu só tô cansado.
-Você é um idiota, Vincent.
Isso me fez lembrar coisas péssimas sobre o meu passado. Sinto como se estivésse entrando no meu relacionamento antigo novamente. É como se eu tivésse tido um deja vú da primeira briga que eu tive com a minha ex. Isso me assusta. Nosso relacionamento foi péssimo.
-Sério que você tá dizendo isso para mim agora? Tá parecendo a minha ex namorada. Isso é péssimo, se você quer saber.
-Eu não quero.
-Quer saber? Eu cansei dessa briga.
-Do que você tá falando?
-Eu quero você fora da minha vida!- digo sem pensar, no momento da raiva e da tristeza que estavam dentro de mim.
Ela não diz nada, eu não digo nada. Me arrependi no mesmo momento em que eu disse isso. Mas já era, já foi. Os olhos dela estão marejados e eu sinto a dor que é ter sido o motivo para o choro da mulher que eu amo.
-Eu realmente vou ficar fora da sua vida, Vinnie.- ela finalmente olha para mim. Sinto como se tivésse levado uma facada no coração ao perceber o olhar triste que ela estava. -Não vou mais te incomodar com os meus problemas, nunca mais.
-Não, Beck, você não incomoda... espera...
Era tarde. A porta do carro já havia sido aberta e fechada novamente. Beck já havia saído do carro. Eu estava sozinho e sem a mulher da minha vida ao meu lado.
Comecei a dirigir de volta para casa me sentindo um completo babaca. Eu ainda não acho que estou errado. Isso foi só a explosão de uma situação que estava guardada durante o tempo em que estou com ela. Mas ela também não estava errada.
