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POV Beck:

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POV Beck:

-Beck, eu sinto muito mesmo- o médico dizia olhando para mim com um olhar de pena. Eu odeio esse olhar.

-Não sinta. Está tudo bem- eu digo, tentando não transparecer meu desespero.

A notícia que ele havia acabado de me dar era que não tinha solução para a minha doença e, devido ao stress do meu corpo, eu morreria em breve. Ele disse que parte disso é por causa dos meus problemas psicológicos, que fizeram com que a doença piorasse um pouco mais. Ele explicou direitinho, mas eu não entendo língua de médico. Eu estou em uma doença terminal.

-Você tem de 5 a 10 meses de vida- ele diz cautelosamente.

E eu acabei de descobrir que tenho menos de um ano de vida pela frente.

Eu sempre tive vontade de morrer, mas... Minha vida estava melhorando agora. Eu não vejo meu pai há meses, ele sumiu do mapa e isso é ótimo, eu comecei a namorar, estou fazendo amigos incríveis... e agora veio essa notícia.

-Eu preciso continuar vindo no hospital?- eu pergunto com a voz levemente embargada.

-Essa não costuma ser a primeira pergunta que fazem quando recebem uma notícia dessa- ele diz tentando descontrair- Mas sim, a não ser que queira sentir muita dor e pontadas no coração. Os remédios ajudam para que você não sinta tantas dores.

Eu assinto. Terei que vir no hospital. Eu odeio hospitais.

Levantei da cadeira do consultório médico e peguei meus exames em cima da mesa dele. Me despedi sem esboçar nenhuma reação e saí do consultório.

Eu peguei um táxi na porta do hospital e vidrei os olhos na janela do carro. Fiquei pensando e pensando sobre os últimos acontecimentos.

Eu recebi essa notícia muito de repente e eu não esperava que a doença se agravasse tanto desde a última consulta.

Eu tenho que contar para meus amigos e meu namorado, mas... eu não quero viver meus últimos meses com a sensação de que vou morrer. Eu quero me divertir e fazer coisas que eu sempre tive vontade de fazer, mas nunca tive oportunidade. Agora eu não tenho nada a perder.

Não sei se minha ficha ainda não caiu de que eu vou morrer, mas eu achei que o baque de receber a notícia da minha morte me deixaria mais triste.

Quando cheguei em casa, eu entrei e me deparei com todos os meus amigos na minha frente. Avani estava segurando um bolo, Dixie e Charli estavam segurando balões e o resto estava gritando "surpresa". Vinnie desceu as escadas da minha casa com uma faixa escrito "Feliz aniversário, Beck".

I love you so- Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora