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POV Vinnie:

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POV Vinnie:

Eu não falo com Beck faz 1 semana. Eu voltei a ter crises durante essa semana. Fiquei me remoendo. Eu estava errado de ter falado com ela daquela forma. Me sinto péssimo por ter sido agressivo na discussão. Eu não gritei ou a agredi, eu sei, mas aumentei o tom de voz. Eu não devia ter feito isso. Deviamos ter conversando tranquilamente e chegado a uma conclusão. Mas eu estava nervoso e não pensei.

Eu vou até a casa dela hoje. Preciso conversar. Não quero viver o resto da minha vida com esse peso de ter magoado Beck e não ter me resolvido com ela. Pior ainda, viver com o peso da saudade dela.

Eu já estou quase pronto para sair. Só falta dar uma olhada na Hera, ela estava passando mal ontem. Desci as escadas e quando chego na sala eu vejo Jack com a Hera no colo, assistindo televisão.

-Vai sair?- ele pergunta.

-É... eu tenho que me resolver com a Beck.- eu digo.

No dia que eu e ela brigamos, cheguei em casa chorando e me culpando muito. No dia seguinte, tive uma crise de pânico, achando que tinha perdido ela para sempre, e talvez eu tenha. Não deu para esconder de Jack, então eu contei o que aconteceu. Ele me deu um sermão, dizendo que eu tinha que ter ficado quieto e que as palavras tinham força. Depois ele me consolou também.

-Boa sorte lá- ele diz.- Só não faz burrada, por favor.

-Eu não vou- digo certo.- Antes de sair eu só queria saber como a Hera está.

-Passando mal ainda, mas já não vomitou hoje. Eu vou cuidar dela enquanto você estiver fora. Se ela piorar, eu a levo no veterinário.

-Obrigada, Jack, de verdade.

-De nada.- ele diz sorrindo.

Saio de casa, entro no meu carro e começo a dirigir o mais rápido possível até a casa dela. Pensei durante todo o caminho no que eu poderia falar. Nesse momento, uma palavra errada pode estragar tudo.

Quando cheguei, parei em frente a porta. Fiquei uns 10 minutos tomando coragem de tocar a campanhia. Toquei a campanhia e demorou algum tempo para a porta ser aberta.

Finalmente estou a vendo. Beck está me olhando surpresa. Não pude deixar de reparar em seu rosto. Ela está com espinhas, olheiras profundas e olhos inchados. Parece cansada e chorosa. Não é pra menos, eu estava assim antes de vir para cá. Tudo que eu queria agora era puxá-la para um abraço e dizer que vai ficar tudo bem, mas eu não posso.

-O que...- ela começa mas eu a interrompo.

-Deixa eu falar, por favor.- eu faço uma pausa.- Eu fui um babaca idiota, eu sei, mas me arrependi. Desculpa por ter feito você ficar triste e me desculpa pelo o que eu disse, não foi nem um pouco legal, na verdade, foi escroto da minha parte. Eu te amo, eu te amo tanto que eu poderia passar horas te admirando, falando com você, rindo com você, chorando com você. Eu faria qualquer coisa pra ficar com você. Eu quero que você volte a ser minha namorada. E tudo bem, eu entendo se não quiser, mas saiba que eu te amo. Desculpa. Você não é um peso pra mim, na verdade é o que me traz leveza. Beck, eu não quero te perder.

Eu digo, já com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu espero ela dizer algo. Vejo-a respirar fundo. Seus olhos se enchem de lágrimas.

-Você me machucou muito quando me disse para eu sair da sua vida...

-Eu sei, eu sei, eu sei.

-E eu tinha motivos para nunca mais voltar com você...

-Eu sei, eu sei.

-Mas eu tô com saudade.- ela faz uma pausa.- Eu te amo, seu loiro idiota. Eu perdoo você, mas também queria me desculpar. Se quer saber, eu entendo o seu lado. Fiquei essa semana inteira pensando na nossa briga e percebi que eu entendo que você fique sobrecarregado comigo. Eu dou muito trabalho. Dei trabalho para a minha avó antes dela morrer. Mas eu tento melhorar.

-Não, Beck, você não dá trabalho nenhum.

-Tanto faz. Esse não é o ponto.- ela faz outra pausa.- Queria me desculpar por ter continuado a briga. Os dois estavam errados, sabe? E por isso eu digo, me desculpa.

-Me desculpa.- eu digo.

Ela coloca os braços ao entorno do meu tronco e eu a abraço de volta. Quando ela apoiou a cabeça em meu peitoral, eu apoiei meu queixo em sua cabeça. Ficamos assim por um tempo. Sentir seu toque novamente era... uma sensação maravilhosa. Eu estava com saudade. Estou aliviado.

-Eu estou feliz que nos resolvemos, amor.- eu digo.

Ela fica em silêncio.

-A gente pode ir no cinema, o que acha?- eu pergunto.

Ela fica em silêncio de novo.

-Beck?- eu digo me afastando. Meu coração acelera ao ver que ela está desarcodada e caída em meus braços.

-Beck? Acorda.- eu dig a balançando um pouco.

Minha respiração começa a falhar, começo a ficar em pânico. Fecho a porta da casa dela e corro para o carro com ela. Coloco-a no banco de trás e entro no carro. Ligo o carro e começo a dirigir. Vou ao hospital mais perto da casa de Beck, o mesmo que eu fui quanto a avó dela morreu.

Chegando lá, estaciono o carro em frente a porta e saio dele, já gritando "Por favor, me ajudem, minha namorada tá desacordada". Eu não costumo gritar, mas a sensação de pânico é imensa.

Os enfermeiros começam a correr e levam uma maca até o meu carro. Tiram ela de lá e começam a levá-la até algum lugar. Eu fui acompanhando. Não posso deixa-la sozinha.

-Senhor, me desculpe, mas não posso deixa-lo entrar.- uma médica diz, me parando no corredor.

-Eu sou o namorado dela!- digo nervoso.

-Entendo, mas as regras são as mesmas. Eu sinto muito. Pode esperar na recepção.

-Tá.- eu digo irritado.

Começo a caminhar até a recepção e sento nos banquinhos. Minha respiração ainda está desregulada, meu coração bate forte e eu estou muito nervoso. Eu espero que não seja nada sério. Ela tem que ficar bem.

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Por essa nem eu esperava, meus amores.

I love you so- Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora