34 - A Pequena Sereia

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Sim eu sei, a vida não seria mais a mesma, mas baby, você pode até escolher o nome.
Our Baby - Pratagy

Nos poucos segundos de silêncio que tomaram a sala, Diana foi capaz de pensar em mais coisas do imaginou que poderia

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Nos poucos segundos de silêncio que tomaram a sala, Diana foi capaz de pensar em mais coisas do imaginou que poderia. Eles estavam juntos há poucos meses, Gael iria embora para a Bélgica em breve, poderia conhecer outra pessoa e ficar por lá, ou então decidir fazer sua carreira lá fora mesmo sozinho, poderia até se dar conta de que não a amava tanto assim para terem uma família. Ela mesmo não tinha certeza se queria ter uma família. Ele terminaria o namoro assim que tomasse coragem de abrir a boca para falar alguma coisa, ela podia sentir. Não deveria ter contado, poderia se virar sozinha.

A quem queria enganar? Não conseguiria se virar sozinha, por mais que precisasse. Ainda nem havia inaugurado seu escritório e de repente teria uma vida além da sua para criar, uma vida que ela tinha certeza que não daria conta. Não sabia nem mesmo cozinhar decentemente e de repente teria que cozinhar o que quer que seja que os bebês comem depois da introdução alimentar. Sua carreira estava por um fio, pois não sabia se conseguiria manter tudo nos eixos. Tudo isso se passava num turbilhão de pensamentos em questões de segundos quando foi puxada de volta para a realidade pela voz de Gael.


– Meu Deus, Diana! Isso é...

– Horrível, eu sei.

Maravilhoso! – falou ao mesmo tempo que ela, a abraçando com força.

Maravilhoso, Gael?! Como pode ser maravilhoso?!

– Amor, como que isso pode não ser maravilhoso?! – a empolgação de Gael poderia ser contagiante para qualquer outra pessoa naquele momento, mas Diana não parava de pensar no futuro.

– Você vai pra Bélgica! Eu acabei de abrir um escritório! Isso não estava nos meus planos e nem nos seus! – ela se afastou e sentou no sofá, sendo seguida por ele.

– Foda-se a Bélgica, eu não preciso tatuar um bando de gringo quando eu posso ficar aqui com você e com o nosso bebê! – acariciou a barriga coberta por uma blusa de frio.

– Eu não disse que estou grávida, disse que posso estar – enfatizou, fazendo o sorriso do rapaz dar uma leve murchada.

– Você não fez nenhum teste? – ele perguntou com o tom mais baixo.

– Não. Eu fiquei com receio, não sei. Se eu nunca fizer, nunca vai dar positivo, né? – tentou descontrair, mas sem sucesso – Mas meu anticoncepcional está sobrando comprimidos quando já deveria ter acabado, eu tenho sentido um sono descomunal, ontem eu estava enjoada e minha menstruação que nunca atrasou está atrasada há seis dias. Eu não sei o que pode ser além de uma gravidez.

– Você vai me odiar se eu disser que eu espero de todo coração que seja isso?

– Eu só vou te achar inconsequente – suspirou – A gente mal começou a namorar, não planejamos isso. Uma criança não está presente nos meus planos nesse momento, e com o entusiasmo que você me contou da Bélgica, também não estava nos seus.

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