Jungkook

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“E que merda eu faria agora?”

“E que merda eu faria agora?”

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Uma semana depois

Olhei para a casa nova, sentindo que aquilo não era o suficiente. Por mais que eu tentasse me obrigar a acreditar que estava completo. A falta me corroía e a saudade me atropelava, largando na beira da estrada.

Precisava dela.

Mesmo quando sentia vontade de me bater por sentir essa necessidade.

Todos os detalhes, todos os cômodos, eu me perguntei o que Lalisa acharia deles, se ela gostaria do lugar, mas isso não importava. Não quando eu tinha sido estúpido e ignorante demais com algo que era importante, claro
que era, mas no qual poderia ter pensado melhor e escutado o que ela teria a dizer antes de fazer julgamentos.

Eu a fuzilei com perguntas e ofensas.

Lalisa me combateu com coragem e determinação.

E quando voltei para o hotel em que estava hospedado a minha admiração por ela triplicou.

Se eu chegasse sequer perto de admirar outra
mulher, uma mínima fração do quanto Lalisa me fascinava, eu deveria casar, porque não confiava muito que isso aconteceria.

O divisor de águas já tinha dado as caras.

Só me faltava aceitar.

Apoiei minha testa na imensa porta de vidro da sala, e fiquei com a cabeça abaixada, olhando para o chão lustroso de madeira, desejando que ela aparecesse. Mas ela ainda não sabia onde eu morava, não sabia que eu estava na cidade, logo, quem teria que dar o primeiro passo e vestir a máscara de indiferença seria eu.

Tinha dito que levaria a chave para ela. Para facilitar e tudo o mais. Mas eu tinha sido covarde e não admiti que aquilo não passava remotamente perto da verdade. No fundo, eu só queria ter alguma coisa minha com ela, algo que demonstrasse que camuflado atrás da raiva, estava a minha vontade de ser dela.

Até quando ela me quisesse.

Dissera em um recado, há algum tempo, que mais pareciam anos, que eu a chamaria de Queen L. se me pedisse com carinho. E era verdade, porém, o
motivo, única e exclusivamente porque eu já não queria mais ficar sem ela na minha vida.

Senti uma mordida suave na minha canela e olhei para baixo, me deparando com Love me encarando com o olhar esperançoso de quem pedia petiscos.

— Quer comer, garota?

Uma latida.

Ela devia me entender, a cada dia minha porcentagem de loucura aumentava.

— Vamos lá, que eu pego alguma coisa pra você. Depois vamos dar uma volta. Preciso levar a chave reserva pra Lalisa e torcer pra que ela ao
menos me receba sem me mandar pro inferno.
Queria me dar bem no amor, como me dou bem no jogo, Love. Seria um alívio e tanto.

Simplesmente Complicado (LIskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora