Lali Manoban

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“Quando o véu das mentiras desaba, conseguimos enxergar a sua verdadeira face.”

Jk ainda não tinha mandado mensagem, nem ligado, e isso ativou um alerta vermelho na minha cabeça

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Jk ainda não tinha mandado mensagem, nem ligado, e isso ativou um alerta vermelho na minha cabeça. Ele tinha me ligado quando chegou a Boston e depois nem sinal dele, já faziam quatro dias e eu estava ficando preocupada, me perguntando se havia acontecido alguma coisa séria.

Se Dixon cumprira a sua ameaça de uma maneira radical...

Decidi de súbito que se ele não entrasse em contato nas próximas horas eu faria alguma coisa.

Impossível.

Impossível que ele conseguisse ficar quieto por tanto tempo. Nem mesmo as revistas tinham notícias dele e era horrível esperar que elas me
indicassem seu paradeiro, mas no momento, era justamente isso que eu esperava.

Apoiei no braço do sofá, pensando em mil acontecimentos ao mesmo tempo, quando ouvi as batidas fortes na porta. Não podia ser minha mãe, depois da última vez eu proibira expressamente a entrada dela no edifício, ameaçando me mudar e processá-los, Dixon também não era, sabia que por enquanto ele ficaria quieto, tentando evitar se expor.

O medo tinha se dispersado porque Jungkook me fizera perceber que ninguém além de mim deveria ter controle da minha vida.

Confiança velada encorajava.

Abri a porta e me deparei com ele, com as mãos no bolso da calça jeans escura, a blusa cinza de frio, ligeiramente apertada, mas seu rosto era onde o verdadeiro problema estava. Dei espaço para que ele entrasse e nem ao menos me cumprimentou, ou sorriu, ou expressou qualquer coisa. Apenas passou por mim e encostou-se no balcão, com a cabeça baixa.

Não era o mesmo homem que tinha aparecido em casa na última semana.

Parecia selvagem e revoltado demais. Mais ainda do que quando o conheci.

Passei as mãos na minha blusa tentando enxugar o suor frio, mas foi impossível, o nervoso por não saber o que estava acontecendo me torturava a
procura de respostas.

— Ficou com Dixon, não é? — Ele me olhou, com uma voracidade que me assustou.

Já tinha dito que ficara, não havia sentido em me perguntar isso de novo.

— Eu contei pra você... — Minha voz saiu baixa.

O que eu temia?

Jk manteve seu olhar fixo no meu e então eu percebi que ele sabia. De tudo. Tudo o que eu quis esconder dele, tudo o que eu quis manter à sombra, para que minha moral não fosse manchada.

— Não tudo, Lali. Porra, não me contou tudo!

— Mas...

— Mas? Devia ter contado! Eu te dei a chance para me contar, todos os dias em que ficamos juntos eu te dei chance de contar. Sabe as piores coisas de mim, não fiz questão de esconder, nem mesmo desmentir as minhas maiores loucuras e quando abriu o jogo, por que não o abriu de verdade? Por que não me contou a merda toda? Pensei por várias semanas que eu não te merecia, que era boa demais pra mim e agora? Parece que já não estava tão certo quanto a isso... A única coisa que te pedi Lali foi sinceridade, em troca eu abri meu coração, cada vez que eu te olhava, cada vez que te procurei em outras mulheres, foi o meu coração que orbitava em torno de você. Mas omitir? Me deixar descobrir a verdade por outra pessoa? Ainda nem estou acreditando nessa porcaria... Juro que não consigo acreditar. Dói não ser o suficiente para manter uma pessoa na sua vida e dói ainda mais não ser digno de confiança da única que importa.

Simplesmente Complicado (LIskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora