Jungkook

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“Quando ela conquista até sua cachorra, é porque realmente não há mais volta.”

— Jungkook! Você está aqui? — Ouvi a voz abafada, até que Lalisa abriu a porta dos fundos e me notou fazendo nada no jardim

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— Jungkook! Você está aqui? — Ouvi a voz abafada, até que Lalisa abriu a porta dos fundos e me notou fazendo nada no jardim.

Se achou estranho, disfarçou.

— Aconteceu alguma coisa? — questionei, antes de notar como Love  correu apressada na sua direção, sem que ela estivesse preparada para
segurar o impulso com o qual a cachorra pulava.

Gelei.

Meu coração travando com a premonição de que alguma coisa poderia acontecer ao bebê.

Lalisa apenas começou a fazer carinho na minha cachorra e eu respirei aliviado. Teria que conversar com a criminosa mais tarde e deixar claro que correr eufórica até a mulher daquela forma não podia estar entre as suas atividades favoritas.

— Oi meu amor, como você está? É ainda mais linda do que na foto, Love! Que charme! — Lalisa falou, alisando o pelo marrom.

Love era uma traidora.

Parecia que ganhara o dia com os afagos.

A pontada de inveja ameaçou subir para a superfície, mas a mantive trancafiada no seu lugar.

Ficar com ciúme da minha cachorra era idiota o suficiente.

— Aconteceu alguma coisa? — indaguei, sua atenção se voltando para mim.

Levei um soco no estômago.

Ela parecia ainda mais linda, com os olhos castanhos e sinceros me encarando com uma intensidade que reduzia a minha resistência a pó.

Toda aquela mentira parecia algo tão sem sentido depois que eu pensei melhor... Tinha alguma coisa que não se encaixava em toda aquela história e eu precisava absurdamente descobrir.

— Marquei a primeira consulta para semana que vem, vai poder ir comigo?

— Que dia? — questionei.

Já tinha começado os treinos com o novo pessoal, e teria que ver se o horário da consulta não coincidiria com quando eu estivesse fora, se sim,
daria uma conversada e resolveria.

— Na terça, de manhã.

— Me passe o endereço por mensagem ou deixe anotado na geladeira, por favor?

Educação.

Era o que mantinha a civilidade das nossas conversas.

— Claro. E achei bacana essa casa, acho que nunca fui na que tinha em Boston para comparar, mas esta é muito bonita — comentou, tranquilamente, olhando para a construção moderna, com a parede do quarto superior em vidro fumê, visível dali do jardim. Os pilares de aço, pintados de preto, a porta de correr de vidro, a madeira polida que se estendia no chão até onde a grama começava era mesmo um espetáculo à parte, mas o sol atingindo o rosto de Lalisa enquanto ela reparava em todos esses detalhes, fez meu coração parar de bater para admirá-la com mais intensidade.

Simplesmente Complicado (LIskook)Onde histórias criam vida. Descubra agora