Our Little Happy Ending

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     O Fim. O que é um fim? Ele é o término de um ciclo? A chegada de uma longa caminhada? Ele é relativo. E o tememos em muitos momentos. Por pensarmos que bons e felizes momentos se vão. Por pensarmos que caminhos longos e maçantes jamais terão o tão desejado fim. Mas, nem sempre o fim é realmente o fim.

 As flores do campo balançavam ao vento flácido.

 Seus dedos colidiam contra elas ao caminhar, fazendo algumas pétalas se desprenderem e caírem na estrada de terra lentamente.

 Seu vestido florido dançava em suas pernas cobertas por uma meia-calça branca.

 Seus longos cabelos loiros e cacheados estavam presos em um coque.

– Sarah? -- Chamou Darcy sentada sobre uma toalha de piquenique. -- Meu amor.

 A pequena a fitou com seus olhos verdes misturados com a tempestade de seu pai e avô. Um sorriso caótico e puro em seus lábios vermelhos e cheios.

– Não vá muito longe. -- Orientou Freddie ao lado da esposa.

 A mais nova assentiu, logo voltando ao que estava fazendo.

 Uma mão decorada por diversos anéis a impediu de arrancar um lírio azul.

– Isso machuca elas, sabia? -- Murmurou Harry afável agachado ao seu lado.

 Ela o encarou, atenta.

– Mamãe disse que você disse uma palavra ontem. Mas que logo voltou a permanecer em silêncio. Quer contar ao vovô qual era?

 A mais nova negou com a cabeça.

– Sabe, eu também não falava muito quando criança. O vovô Lou quem me fazia falar. Ele me irritava muito para conseguir arrancar palavras de mim. -- Harry riu com a memória. -- Mal sabia ele que eu só precisava rir.

 Sarah riu e se afastou abruptamente com as mãos na barriga ao Harry lhe fazer cócegas.

– Você fala muito com o vovô Louis. Você o ama mais? -- Harry fingiu chorar. -- Você não me ama mais.

 Sarah franziu os lábios.

– Não vovô. Eu te amo. -- Disse o abraçando apertado pelo pescoço e dando beijos em seu rosto. – Não chora.

– Você sabia, que seu nome se originou de uma pessoa muito importante para o vovô Harry? -- Dizia ele calmamente tendo a mãozinha da mais nova sobre a sua. Ele dedilhava seus dedinhos gordinhos.

 Sarah assentiu.

 Ele sorriu e a pegou no colo.

– Quer comer?

 Ela fez uma careta e negou com a cabeça.

– Mas você precisa comer.

 O rosto da pequena enrubesceu.

– A mamãe vai me fazer comer salada. Eu odeio legumes.

– Oh, meu Deus. É neta do Louis mesmo. – Disse o cacheado segurando o riso.

– Minha princesa! -- Exclamou Louis sentado ao lado de sua irmã Fizzy.

 Harry a levou ao chão, sabendo o que viria a seguir.

– Vovô Boo! -- Exclamou correndo em sua direção, jogando-se em seus braços logo depois, fazendo Harry bufar.

– Me ama uma pinóia.

– Ainda podemos correr da mamãe, Darcy e do vovô Harry. Assim, não precisamos comer comida de coelho. Mas você vai precisar carregar o vovô Louis metade do caminho. Porque ele está muito velho. As costas não aguentam. E nem as pernas. – Disse o homem de cabelos levemente grisalhos. Riu ao ter a vaga lembrava de que tentava esquecer que parte de seus fios já era assim antes do dos trinta. Uma péssima genética que puxou do pai. Harry tentava deixar a situação menos pior o aconselhando a pintar. Louis se viu na oportunidade de fazer uma piada sobre as entradas no couro cabeludo do marido. Obviamente, o homem se ofendeu e Louis passou uma semana dormindo com seu cachorro Cliford no sofá. Não falavam mais sobre cabelos desde então.

Our Little Deja vu L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora