A sexta-feira chegou sem graça para Magnus. Alec não havia mais dado nenhum sinal de vida. Nada, nem um sinalzinho de fumaça. Seu coraçãozinho estava dolorido. Seria disso que Rafael tentou poupá-lo? Talvez…
Vinha fugindo do amigo. Tinha medo que ele lesse em seus olhos que estava sofrendo por Alec Lightwood. Será que Rafael o perdoaria se dissesse que caiu nos encantos do 'monstro devorador de homens'? Sim, havia sucumbido a luxúria, mas não se arrependia, porque havia sido perfeito, nas duas noites. Alec era um amante incrível que o fez se sentir único e especial.
Só queria saber porque ganhou um bis. Um repeteco que o iludiu que poderiam haver outros. Mas, então, Alec sumiu.
_ Bane, tem uma pessoa aguardando você na recepção... _ a atendente surgiu na porta da sala de aula, onde Magnus terminava de guardar suas sapatilhas para sair. As crianças já haviam ido embora, alguns minutos antes, e ele se preparava para sua caminhada até seu loft.
Magnus franziu o cenho. Fazia quanto tempo que Rafa e Aline não apareciam no seu trabalho? Um ano?
O sorriso de Alec era sempre quente e iluminava qualquer ambiente. Ele se levantou assim que Magnus surgiu, com a mochila nas costas, e foi até ele, já que o mais velho ficou paralisado.
_ Oi… _ seu sorriso era radiante.
_ Oi..._ Magnus balbuciou.
_ Eu estava passando aqui perto e lembrei que você disse que saía nesse horário… Quer uma carona? _ Alec perguntou, mordendo o lábio inferior, ao terminar de falar, maroto.
_ S-sim... _ Magnus gaguejou. Como Alec fazia isso? O deixava sem ação, sem noção, sem chão.
Foram lado a lado para o carro e Alec mantinha um sorriso maroto no rosto, como se estivesse aprontando algo. Magnus logo viu que não estavam indo para seu apartamento, quando o maior fez uma curva para outro lado, mas optou por ficar em silêncio.
Alec tamborilava os dedos no volante e cantarolava alguma música, despreocupadamente. _ Estou sem som no carro. A última vez que bebi demais, enfiei uma fatia de pizza no painel, em vez do card de músicas _ justificou-se, novamente.
_ Tudo bem, você tem um bom timbre..._ o menor sorriu. _ Vai me dizer para onde está me levando? _ indagou.
_ Já estamos chegando..._ Alec sorriu, subindo uma via e entrando em uma área de proteção ambiental. Havia uma clareira alta, de onde podiam ver parte da cidade. _ Daqui a pouco você vai ver as luzes da cidade..._ avisou, estacionando de frente para o vale. Desceu do carro e deu a volta, abrindo a porta para Magnus.
O rapaz desceu também e andou até a borda do descampado, onde havia uma pequena cerca. Alec voltou ao veículo e pegou alguma coisa, depois sentou-se sobre o capô.
Magnus não sabia o que pensar quando o ouviu chamando seu nome. Voltou, subindo no capô do carro, e sentou ao seu lado.
_ Eu trouxe canollis e chocolate quente..._ Alec mostrou e Magnus achou que iria morrer de tanta fofura. Ele não estava passando ali por acaso! Alec simplesmente planejou aquele... encontro. Era um encontro?
_ Você os comprou para mim?
_ Você nunca provou canolli e isso não é aceitável..._ negou com a cabeça, abrindo a caixa e oferecendo um.
Magnus mordeu e sentiu o doce, quando quebrou a massa salgada entre os dentes. _ Hummm... isso é divino..._ elogiou e Alec sorriu orgulhoso, se recostando no parabrisa do carro e cruzando as mãos atrás da cabeça. _ Sabia que ia gostar… pode comer… _ ofereceu. A caixa estava cheia da sobremesa, que misturava o doce e o salgado. Já começava a anoitecer e Alec ficou observando a vista privilegiada que tinham, enquanto o outro comia mais um pouco. Parecia que ele sabia que Magnus não havia lanchado naquela tarde e estava faminto.
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Por Acaso
FanfictionO carro de Magnus quebra no meio do deserto e ele se vê obrigado a pedir carona. Alec é uma alma livre, surge em seu clássico possante, o resgata e fica a fim de se divertir com o boy suado e de beleza exótica. Mas Magnus, que parece descolado em um...