22 - Bônus 2 - Eu fiz tudo errado

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Por essa você não esperava!
O carro do bônus está passando na sua porta neste finzinho de domingo para trazer um bônus novo, a pedido (pura chantagem!) da Amanda (malecfanficbr_)
O que a gente não faz para ganhar um capítulo de Obsessão, né 😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅
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Magnus estava tenso. Não era como se estivesse fazendo algo errado, mas por que se sentia assim?

_ Eu tô com fome! A gente já pode comer? A gente não veio aqui pra comer, papai?

_ Por que a gente não tá comendo, papai? _ os dois pares de olhos curiosos o encarando do outro lado da mesa tiraram sua atenção da grande janela de vidro.

_ Por que se começarem a comer podem se sujar e eu quero apresentá-los a alguém e quero que ele tenha uma boa impressão dos dois. Podem esperar só mais um pouquinho? _ pediu, unindo os dedos indicador e polegar.

_ Acho que vou morrer de fome se demorar…_ Max revirou os olhos, levando a mão, de dedos gordinhos, à testa, sob os cabelos negros, as bochechas estavam mais vermelhas, contrastando com a pele pálida. Cada dia que passava o menino ficava mais parecido com Alec, até no gênio e, principalmente, no drama.

_ Não, Max, você não vai morrer de fome… _ ele respondeu, tentando se manter sério. Will deu uma gargalhada ao lado do pequeno. Ele era o maior fã do irmão mais novo. Ele tinha 6 anos agora e o irmão tinha 5, eram inseparáveis e cúmplices, nas brincadeiras e travessuras.

Era Magnus quem os mantinha na linha, porque Alec os mimava como podia e não podia. Por ficar mais tempo em casa, trabalhando em home-office, ele participava da rotina diária dos meninos, os levava e buscava na escola, almoçava com eles e os deixava brincar e comer mais do que deviam.

Isso já havia sido motivo de várias conversas sérias e Alec vinha se esforçando para ser mais rígido com as regras que Magnus criou e estavam descritas no mural do corredor, mas não era algo fácil para ele.

Alec teve problemas com o pai e tinha certa dificuldade em ser duro com os meninos por isso. Ele dizia que não queria ser como Robert, mesmo que Magnus o lembrasse que o grande problema do outro havia sido a homofobia.

Esta semana Alec estava viajando para um congresso, no qual era um dos palestrantes, e estava entusiasmado. Na noite anterior ele conversou com os meninos por quase uma hora e duas horas com Magnus, em particular.

Só o marido o acalmava para sua apresentação, nesta manhã.

Brincando, Magnus dizia que Alec havia se tornado dependente dele, mas o outro concordava, sem receio. Por muito tempo Alec foi uma ovelha negra e desgarrada, um amante ocasional, alguém que não se ligava em nada, além de sexo e diversão.

Então, surgiu Magnus na sua vida e tudo virou de cabeça para baixo, com uma paixão avassaladora que fez Alec se perder, por não saber como agir. Era um mundo novo, que ele não achava que tinha competência para viver, por causa de tudo o que seu pai incutiu em sua mente.

Foi uma batalha entre a cabeça e o coração, até Alec conseguir se libertar dos traumas e assumir seu amor por Magnus. Mas, mesmo depois da declaração de amor, que foi pública para ganhar crédito, ele ainda precisou trilhar um longo caminho, até conseguir se transformar no "namorado exemplar".

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_ Eu não tenho prática com isso… _ Alec deu de ombros e Isabelle revirou os olhos. _ E, da primeira e última vez que o levei para um encontro, um dos meus 'paus amigos' trabalhava no restaurante, ou eram dois, três, o dono? Não lembro, mas não foi legal…

_ E por isso você vai ficar levando o cara para sempre só para o alto da colina para ver as estrelas e tomar chocolate quente com cannolis? _ Isabelle bufou, com as mãos firmes na cintura. _ Pelo amor de Deus, Alec, é preciso ser um pouco romântico, se arriscar mais… Magnus já deve estar cansado desse programa igual…

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora