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Foi Alec quem beijou Magnus ou ao contrário? Não saberiam dizer. Por que se beijaram? Outra pergunta sem resposta. Era melhor não fazer perguntas difíceis e apenas aproveitar o momento, como ambos fizeram. 

As mãos de Alec acariciaram o corpo de Magnus sobre o robe delicado, que começou a escorregar de seu ombro. A pele nua ganhou beijos molhados e leves mordidas.

_ O que há sob esse robe? _ Alec sussurrou, ladino, em seu ouvido.

_ Só eu..._ Magnus se sentia ousado quando estava com o maior. Era uma sensação nova, que parecia levar para longe a maior parte da sua timidez. _  Você quer?

O maior sorriu de lado, inebriado pelo perfume de sândalo que emanava daquela pele dourada. Estava ficando louco?  _ Quero… _ O que estava fazendo? Sua mente perguntava aos gritos, quando se deixou levar pela mão para o quarto do outro. 

Magnus não perderia essa oportunidade. Alec rolaria em seus lençóis e deixaria lembranças ali. O levou pelo apartamento escuro, em silêncio. Pararam ao lado da cama e ele tirou a jaqueta de Alec e a camisa, em seguida. 

Se olhavam fixamente. Não queriam falar. Havia o medo de estragar o momento com perguntas. 

O que Alec estava fazendo ali, se ele não transava duas vezes com um mesmo cara?

Magnus estava com alguém antes dele chegar? O que aconteceria depois?

As bocas se uniram em um beijo intenso e as mãos de Magnus agiram rapidamente, abrindo o zíper do jeans do outro, que tirou seus tênis com os pés, enquanto despia o mais velho do robe, se satisfazendo ao vê-lo completamente nu, sob a luz da lua que entrava pela janela, cujas cortinas estavam abertas. 

Magnus puxou Alec para a cama. Seu sonho estava se realizando? Os beijos se multiplicavam, as mãos passeavam pelos corpos. Magnus tirou a boxer de Alec e subiu em seu corpo, prendendo seus pulsos no alto da cabeça. Sorriram, se encarando. 

Magnus o beijou com volúpia, antes de descer pelo corpo pálido, sugando e beijando. Alec gemeu, quando ele o engoliu de uma vez, sem aviso. Aquele indonésio era uma caixinha de surpresas. 

.

Magnus abriu os olhos e se sentou abruptamente na cama. Olhou para o lado e… não havia sido um sonho. Alec dormia como um anjo, de bruços, sob as cobertas macias, as costas arranhadas pela sua luxúria, o que o fez corar um pouco ao lembrar. Haviam feito loucuras naquela cama. Orgasmos intensos, toques, carícias, boca, pele, línguas, olhares. Tudo tão perfeito. Como conseguiam aquilo? 

Poderia admirar aquele homem enorme, que tomava mais da metade da sua cama, durante dias, sem precisar sequer tomar água. Já estava babando mesmo. Deslizou os dedos pela curva da coluna do outro, o sentindo mover-se levemente, resmungando em seu sono. Era tão doce vê-lo dormir…

Lembrou-se, então, que tinha de ir trabalhar. Já era dia. A claridade impiedosa invadia o quarto pela janela, cujas cortinas não haviam sido fechadas. 

Pegou o celular e seus olhos cresceram. Se não se apressasse, chegaria atrasado. Nunca havia acordado tão tarde em toda a sua vida. Pulou da cama e se trancou no banheiro. Devia acordar Alec, mas vê-lo ali, na sua cama, tão tranquilo, dormindo profundamente o fez esquecer. 

Um banho de dois minutos e logo vestiu suas roupas às pressas. 

_ Alec..._ sussurrou, carinhoso, próximo ao ouvido do rapaz. Haviam dormido tão pouco.

_ Hummm..._ o resmungo preguiçoso o fez sorrir.

_ Já são quase 7h30. Eu preciso ir para o trabalho. Mas, você pode ficar, se quiser…

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora