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_ Ohh...ohhh… _ Alec gemeu mais alto do que queria, mas era impossível se conter, quando seu namorado golpeava sua próstata, sem piedade, vezes seguidas. 

Magnus parou os movimentos e acariciou o rosto, afogueado, do rapaz, mordendo levemente sua nuca. Era quando Alec perdia a palidez, na cama, enlouquecido pelo prazer que ele proporcionava, e isso o fazia se sentir poderoso. 

_ Amor... não pode gemer alto...meu pai vai nos ouvir..._ Magnus sussurrou próximo ao seu ouvido e Alec gemeu baixinho, manhoso.

_ Não pare... estou quase…

_ Sem gemidos altos? _ o mais velho sorriu, encantado com os olhos brilhantes e lábios inchados e vermelhos pelos milhares de beijos trocados até ali.

_ Ohhh..._ Alec escondeu o rosto no travesseiro, mordendo-o, e apertando os olhos, com a volta - mais intensa ainda - das estocadas. _ Por Deus, Magnus, eu não sei se vou conseguir..._ murmurou, as mãos agarradas a roupa da cama, os olhos embaçando, tremores começando a tomar seu corpo, com a proximidade do orgasmo. Magnus sorriu, colou seu peito nas costas do namorado e puxou seu rosto para si, o beijando com fúria. Era mais fácil calar os gemidos de Alec com sua boca do que pedir que não gemesse, quando já estava perdendo o controle. Seu corpo também parecia pegar fogo com a aproximação do clímax. 

Às línguas se misturavam, os gemidos eram amortecidos pelos beijos e o maior barulho era dos corpos se batendo, cada vez mais rápido, já sem ritmo ou controle. Era uma corrida desenfreada pelo prazer. 

Caíram na cama exaustos, tontos, sem fôlego, mas saciados e felizes. Alec enlaçou os dedos nos de Magnus e deu uma risadinha. 

_ Acha que seu pai ouviu? 

_ Tenho quase certeza. Meu pai tem bons ouvidos. Não sei se foi uma boa ideia dormirmos aqui no Natal _ Magnus riu baixinho também.

_ Ah...mas eu não poderia perder a oportunidade de dormir com você no seu quarto de adolescente… Esses posters de jogo, super-heróis…isso é tão excitante… Gosto dessa ideia de manter o quarto intacto depois de tanto tempo _ o mais novo provocou, abraçando o outro pela cintura, o trazendo para mais perto do seu corpo.

_ Não sei onde consegue tanta energia. Passou a manhã fazendo panetones-surpresa para o meu pai, a tarde ensinando ele a fazer biscoitos de Natal e a noite inteira, depois da ceia, me provocando, até me atacar na cama… Alexander, você não existe.

Alec riu um pouco mais alto. _ Ahhh, você viu como ele gostou dos panetones? Disse que eu sou o melhor genro dele _ seu sorriso cresceu. 

_ Você é o único que ele tem, não há outro para ser melhor que você..._ Magnus revirou os olhos e o rapaz franziu o nariz, perdendo o sorriso. 

_ É mesmo, eu não tinha pensado nisso… _ seu tom foi desapontado e Magnus atalhou.

_ Mas ele ficou genuinamente feliz com a surpresa e você o deixa alegre. Não faz ideia de quanto tempo ele não se propunha a ir para a cozinha. Meu pai adora você.

Alec sorriu pequeno, mas havia esperança e um pouco de alívio em seus olhos. _ Eu também adoro o seu pai. Queria que o meu também gostasse de mim…

_ Ele gosta... talvez nunca admita, porque seu preconceito é tão maior, mas ele ama você no fundo do coração dele _ Magnus o tranquilizou. 

O rapaz suspirou e se moveu, o libertando. _ Vou tomar um banho rápido e descer para arrumar a mesa do café da manhã. Daqui a pouco vamos abrir os presentes. 

_ Está bem. Quando eu for descer, chamo o papai…

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Alec vestia um pijama de fundo preto cheio de bengalinhas brancas e vermelhas de Natal. Havia sido um presente de Isabelle, claro, antes dela ir passar a festa com o namorado Simon, e Jace ir ficar com Clary. O rapaz estava feliz por agora ter Magnus, senão teria sido mais uma noite de Natal bebendo em alguma boate, ganhando beijos de desconhecidos e fazendo sexo aleatório, para passar o tempo e não pensar em solidão. 

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora