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_ Bom dia para você também, Alec..._ Jace bufou quando o irmão entrou na cozinha e passou por ele, em silêncio, indo direto para o armário, de onde pegou alguns utensílios e voltou-se para a geladeira, simplesmente o ignorando. _ Depois de toda aquela cena, pensei que fosse dormir com seu "namorado" _ o loiro aspeou o ar, com certo sarcasmo.

Alec virou-se e ergueu uma sobrancelha. _ E dormi…_ então sorriu ladino. _ Na verdade, dormir foi a coisa que menos fizemos. Ele está na minha cama, a propósito. E eu vou fazer um desjejum especial para o meu amorzinho _ respondeu, atrevido. 

Isabelle riu da cara chocada de Jace. _ Não ligue, irmão. Jace só está mal humorado porque Clary passou o resto da noite suspirando com a sua perfeita declaração de amor, e pedido de namoro, e reclamou que ele nunca fez nada parecido para ela _ a irmã gargalhou.

_ Acho bom você se apressar na cozinha, porque se a ruivinha acordar e descobrir que está levando café na cama para Magnus, vai querer também… e eu não vou fazer..._ o irmão bufou, cruzando os braços na frente do corpo.

_ Você não tem um pingo de romantismo. Até hoje não sei o que aquela criaturinha alaranjada viu em você..._ Alec resmungou, preparando a massa das panquecas.

_ Você também não tinha nada de romântico, até ontem..._ Jace devolveu e Alec riu. 

_ É verdade..._ assumiu, batendo os cílios. _ Mas Magnus me salvou do mundo sem cor dos não românticos. Ahhhhhh...eu estou apaixonado… tudo tem cor, agora..._ suspirou e cantarolou, manhoso, e os irmãos riram juntos.

_ Alec fica tão mais legal apaixonado. Não acha, Jace? _ Izzy provocou.

_ É… até que fica menos amargo e chato. Pelo menos agora a gente vai saber na cama de quem ele está todas as noites. 

_ Vocês são insuportáveis…  _ Alec revirou os olhos. _ Em vez de falarem bobagens, deveriam me ajudar e aproveitar para levar café na cama para seus namorados também. Hoje é um dia especial _ tagarelou, colocando mais uma panqueca no prato.

_ O que tem de tão especial hoje? _ Isabelle indagou, confusa.

_ Hoje é o meu primeiro dia de namoro _ Alec sorriu largo, com olhos brilhantes. Os irmãos sorriram juntos. Alec havia mudado tanto desde que conheceu o indonésio.

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_ Pronto, chegamos… Agora você pode ir..._ Magnus deu um beijo casto e rápido no namorado e saiu do carro, com pressa, fechando a porta.

_ Uau...se não é um clássico maravilhoso parado na porta da minha casa? _ a voz de Asmodeus o precedeu, na calçada, atrás de Magnus, o assustando.

_ Papai...o que faz na rua tão cedo e nesse frio? _ o inverno já havia chegado e Magnus estava todo agasalhado, como o pai, que tinha algumas sacolas de padaria nas mãos.

_ Se soubesse que vinha para o café da manhã, teria comprado sonhos, os seus preferidos..._ Asmodeus sorriu e entregou as sacolas ao filho, debruçando-se na janela aberta do carro. _ Este motor parece potente…mas macio e leve aos meus ouvidos _ elogiou.

_ Quando comprei, tive de reformar inteiro e aproveitei para trocar o motor. É a única coisa não original nele, mas vale muito a pena. Passei quase um mês correndo no deserto para amaciá-lo. O senhor vai adorar experimentar...Que tal? _ ofereceu.

_ Está me oferecendo para uma volta? _ Asmodeus sorriu deliciado.

_ Talvez ir à padaria comprar sonhos… _ Alec sugeriu, sorrindo.

_ Excelente ideia..._ Asmodeus aprovou, dando a volta. Alec saiu do carro, mostrando pela primeira vez ao homem toda a sua altura e porte, vestido em um pijama de flanela, preto com pequenos unicórnios azuis e brancos.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora