13

349 48 11
                                    

Quatro dias haviam se passado, desde a briga entre Alec e Rafael, e nenhum movimento havia sido feito desde que Alec e Magnus encerraram o que não tinham. 

O silêncio era total e Magnus só queria parar de pensar no rapaz, esquecê-lo de uma vez por todas. Mas seu coração ainda doía de saudades. 

Era sexta-feira, Magnus havia voltado do trabalho, tomado um banho quente, e estava encolhido no sofá, ouvindo uma música suave. De olhos fechados, lembrava de certa noite, em que Alec havia colocado a mesma música, no celular e o abraçado apertadinho, na espreguiçadeira da sacada. Ficavam sussurrando a letra, um para o outro, até começarem a se beijar apaixonadamente. 

A campainha tocou. Sempre ela! E o coração, como de costume, acelerou. A espera nunca acabaria?

Aline estava na porta, acompanhada de Helen, pela primeira vez ali. Magnus surpreendeu-se, mas as fez entrar. Ambas pareciam um pouco tensas e desconfiadas. 

_ A que devo a honra da visita? _ perguntou, o coração batendo descompassado no peito, como se soubesse que algo estava errado.

_ Magnus, Helen quer falar com você..._ Aline avisou, o deixando atônito.

_ Aconteceu alguma coisa com Alexander? _ não aguentou e perguntou. 

Em uma conversa rápida, Helen contou que Izzy havia ligado para ela naquela manhã, pedindo que fosse até o apartamento deles. Alec não saía do quarto há quatro dias, deixando todos preocupados. 

_ Ele não quis abrir a porta para mim também. Jace já disse que se até esta noite não sair dali, vai derrubar a porta e Alec ameaçou nunca mais falar com ele. Alec não está bem...

_ Mas, por que isso? _ Magnus preocupou-se.

_ Ele já andava meio perdido desde que vocês romperam. Bebendo demais e saindo com pessoas aleatórias. Então teve a briga com Rafael e amanhã é aniversário de morte da mãe e do irmão menor. Ele fica normalmente melancólico, nostálgico, muito deprimido com a proximidade dessa data. Se recolhe no dia e não fala com ninguém. Mas, este ano...ele não se alimenta há quatro dias... Estamos todos preocupados, e eu vim aqui pedir a você que vá lá e tente convencê-lo a abrir a porta pacificamente _ Helen explicou.

_ Eu? _ Magnus arregalou os olhos pequenos. 

_ Sim, Magnus..._ Aline atalhou. _ Um dos motivos de Alec estar sofrendo é pela sua ausência…

_ Por que acha isso? _ indagou e Helen tomou a frente.

_ Eu não devia contar, mas ele me disse que se sentia um covarde inútil por não ter assumido para você o quanto é importante para ele. Alec gosta de você, só que nunca assumiu um relacionamento sério em sua vida e tem medo. Por favor, Magnus, ele está se entregando a uma depressão profunda. Ajude-o..._ pediu, visivelmente preocupada.

Isabelle abriu a porta e quando viu aquele asiático ao lado de Aline e Helen, soube que era ele o indonésio que havia virado a cabeça do irmão e causado o nariz quebrado em Rafael. Mas, apenas sorriu e os deixou entrar.

Jace, Luke e Simon estavam na sala, onde Magnus viu duas marretas no chão, deixando claro que estavam prontos para derrubar a porta do quarto. 

O apartamento ficava em um bairro nobre e ocupava meio andar. Era perfeito, como aqueles de revista de decoração, e Magnus se perguntou porque Alec preferia ficar no seu loft, em vez dali.

_ Magnus queria tentar falar com Alec _ Aline encerrou o silêncio.

_ Acha que Alec vai abrir a porta para ele?_ Jace puxou o canto da boca. _ Ele não abriu nem para nós. Estou só esperando Izzy liberar o arrombamento _ deixou claro.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora