Capitulo 4: Barman

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1. Salão prencipal - Castelo Branco de Às - 21:00

Neil.

Acho que cheguei cedo demais, espero que ninguém suspeite.

Ao chegar no Salão prencipal, havia muito barulho, conversas pomposas aqui e ali. Tentei interagir com umas pessoas mas não deu muito certo, e não quero dar nas vistas.

— Tenta se aproximar de Linus Amaral, um cara por volta dos 30, moreno e com 1,70 mais ou menos – Ouço Jack me comunicar pela escuta.

—Entendido – Começo a andar pela multidão, quando outra voz surge.

—Evite conhecidos a qualquer custo! – Dan alerta, pela mesma via do Jack – Sei que pode ser desconcertante, mas os Corvos têm realmente muito influência, pessoas que você conhece podem estar metidas, com os corvos, e você nem imagina. Sei que é difícil, mas por favor, não se aproxime de Kevin, não deixe que ele te veja.

— Entendido – Mas há um nó na minha garganta conforme passo, pela multidão.

Ouço as conversas dos convidados atentamente.

— Sim, acho que a medicação anda realmente fazendo efeito em mais coisas além disso! A minha pele ficou 10 anos mais jovem. – Uma senhora cochicha com outra.

— Sim, mas tudo isso não lhe entriga? Como eles o fazem? – A outra pergunta.

— Fale baixo! Não questionar as origens é uma das primeiras regras dos corvos, uma total falta de respeito, que eles não aceitariam. – A outra começa a olhar nervosamente para os lados.

— Eu sei, mas se você me disser que nunca pensou nisso, estaria a mentir.

— Ora claro que me pergunto, mas não em voz alta.

— Isso é tudo tão estranho.

— Todos gostam de Salsichas mas não gostam de saber como são feitas.

Continuo andando pela multidão, sem resultados.

2. Zona dos comes e bébes - Castelo Branco de Às - 22:58

Neil.

Me deixo cair derrotado nas cadeiras do balcão. Até podia pedir uma bebida, se não estivesse na situação que estou.

Suspiro.

Noite difícil?

— Podes crer – Digo para a voz atrás do Balcão. Quando me viro... Andrew?

Boa noite, vai querer alguma coisa? – A gentileza forçada, na sua voz, é tão nítida.

Andrew usava um Terno preto e branco, padrão, e com um guardanapo no bolso. Tinha uma placa com o nome "Chris Fordham".

— Nunca o vi por aqui, és novo? – Ele vai mesmo entrar no Papel de Barman conversador?

— Na verdade não – Entro no personagem – Mas o senhor é, não é? Nunca o vi por aqui.

— Fui apanhado, é o meu primeiro dia na verdade, nota-se assim tanto? – Ele pergunta tão desajeitado, que eu quase acredito. Quase.

— Sim. Um Whisky por favor. – Ele acena com a cabeça e se vira para fazer o pedido.

Enquanto espero, sinto uma movimentação, na cadeira, ao meu lado.

— Um belo rapaz de facto, tudo bem? – Um desconhecido me aborda.

Moreno, 30 anos na cara e mais ou menos 1,70...

— Agradeço. Alex Forger –minto – e o senhor é...?

Young Summer Blood - All For The gameOnde histórias criam vida. Descubra agora