Young Summer Blood - All For The game

Capítulo 13: Nos nascemos sem nada e com certeza não somos nada agora.

⚠️ gatilho ⚠️
-Tortura com facas.
-Violência no geral.

1. ??? - ??? - ???

Neil.

Não sabia a quantas horas, dias ou semanas estava nesta cela. Mas minha cabeça doía, minha barriga estava vazia e só tinha acordado agora.

Riko sempre foi excêntrico, mas parecia que tínhamos voltado a época mediaval.

Meu corpo estava mais cortado do que esteve em muitos anos.

Preferi não dar a minha consciência como conhecida ao guarda ou a quem quer que me estivesse a observar.

Desisti do plano assim que ouvi a cela abrir e o andar de botas conhecido. Provavelmente estava alucinando.

Todas as duvidas foram pelo ar quando ouvi a voz raivosa de alguém sendo jogado no chão ao meu lado.

- Fique quieto - uma voz masculina exigiu enquanto o som de algo metalizado se ouvia, algemas provavelmente.

Fiquei quieto até ouvir a porta se fechar. Assim que o som da tranca se fez presente abri os meus olhos.

Andrew?

- Se algum dia alguém lhe disse que você sabia atuar a pessoa mentiu - Andrew bufou, se inclinando em direção a parede com os cotovelos, bateu de leva a cabeça na pedra humida. - Nunca finja estar dormindo com as mãos em movimento.

Só então notei o tremor em meus dedos.

- Como você está aqui? Porque você está aqui? - O pânico começou a se instaurar enquanto eu levemente tomava a consciência da situação. O que ele está fazendo aqui?

- Fiz uma promessa. Você estava sobre a minha asa Josten, ninguem desaparece sobre a minha asa ninguém.

Não questionei.

A noção de tempo e espaço era bem limitada numa cela cinza mas eu tentava. Posso dizer que o silêncio durou muito.

Disfarçadamente olhava para o Loiro com a cabeça tombada e os olhos fechados. Não importa o quanto desviava o olhar, ele sempre voltava.

Era frustrante. Suspirei soltando um ar que nem sabia que estava segurando.

Ao menos posso ter contacto com outro ser humano deveria aproveitar.

Não pensei muito antes de tomar a minha decisão.

- Dê-me uma verdade - Neil pediu, a voz fez eco pela sala. Andrew virou-se para olhá-lo, dando toda a sua atenção, e isso era um bom sinal, aproveitou. - O que há com você e promessas?

- Ninguém nunca cumpriu uma promessa para mim, então o mínimo que posso fazer é realmente manter minha palavra - respondeu Andrew com indiferença.

Isso era algo.

- Minha vez - Andrew respirou fundo pelo o que pareceu ser a primeira vez desde o início dessa estranha conversa. - Quem é você?

Eu sabia do que ele estava falando.

- Você aceita o risco? - perguntei e sabia que ele ia entender.

- Aceitei desde o dia em que te dei a minha casa. - Foi a última coisa que disse antes de olhar para mim com espectativa. Denovo.

Fechei os olhos e quando abri parecia estar voltando ao dia.

- Os meus pais tiveram catorze filhos. Eu era o mais velho, eles custumavam colocar fotos nossas no Facebook com roupas iguais para todos os nosso familiares verem. Mas era apenas a fachada colorida deles, nossos "pais" tinham uma ideia de parentalidade bem peculiar e muito pouca paciência para limpeza também.