Capitulo 11: Dia 4' Desculpem

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1. Fox Tower - Dormitórios - 10:30

Neil.

Vim devolver os livros de colorir para Matt e Dan que dividem o mesmo Dormitório.

- Neil! Entra - Matt parece muito animado.

- Só vim devolver os livros de colorir... - Falo envergonhado, Matt salta para o sofá ao lado de uma Dan adormecida.

- Coloca no balcão de mármore aí - ele fala e coloca uma mão cheia de batatas na boca.

Coloco do lado de uns panos de loiça.
O mármore é cinzento claro e transparente.
Observo o resto do quarto.

Saio do quarto sem dizer mais nada, mas não sem antes notar o frasco de perfume de Allison em cima de uma mesa ao lado da cama, que suponho ser do Matt. Tudo está muito confuso e não devo tirar conclusões.

Matt e Allison nunca fariam isso. Eu não devia pensar nisso. Não os devia subestimar. Não devia confiar. Não devia me apegar. Não devia... Não devia... Não devia...

Estou farto de "Não dever". Se só me resta mais estes dois dias não posso passar assim. Quero fazer algo.

E por algum motivo, que eu não quero investigar, Penso em Andrew.

Sempre penso nele.

2. Fox Tower - Sala de Convívio - 12:00

Andrew.

Renne é insestente.

Estamos jogando o vídeo-game genérico, mas eu não gosto que me desafiem, Renne é infelizmente muito boa nisso.

- Tá fraquinho ne Minyard? - Sinto a ruga na minha testa franzir mais.

Os meus dedos doem mas me recuso a parar.

- Caralho cuidado! - Renne me salvou denovo. Odeio essa merda.

- Sai! - Aponto para Renne no mapa - Eu apanho este e-

- Drew! - Passos.

Não.
Tudo menos ele.

O apelido dança pelo cómodo e assim que ele sai os meus dedos travam no comando. Merda.

- Você sabe onde guardam as toalhas? - ele pergunta, não olho para ele, desprezível.

Não quero me lembrar de como quero beijar ele denovo ou...

- Foco! - Renne repreende, se percebe o apelido não menciona.

- Eu tou focado, estão na gaveta de baixo na cozinha pede para o Jack. - Falo sem tirar os olhos entediados da TV.

Ouço mais passos se mechendo em direção à cozinha e relaxo devagar.

Matei um.

- Drew ne? - Não preciso olhar para ela para saber que está com aqueles sorrisos.

- Calada. - O sorriso satisfeito reflete na tela, eu me controlo para não lhe dar um soco - Não me chame isso nunca mais. É estúpido e eu odeio!

- Drew! Drew! Qual é o seu lanche favorito? - Um ruivo sai animado da porta da cozinha, ele está fazendo depropósito merdinha.

Mas novamente os meus botões não se mechem e o meu cérebro também não.

- Sorvete. - Falo e olho para a tela me recompondo.

- Ok! - Consigo sentir aquele sorriso de merda em mim. Nojento.

3. Floresta - Jardim - 16:51

Neil.

Não sei exatamente qual foi a minha ideia mas me pareceu a melhor maneira de passar meus últimos dias e isso é estranho.

Que bom que Andrew aceitou me seguir para o meio do mato isolado e escuro.

A toalha estava posta como mais cedo e vários potes de sorvetes com colheres também.

- Não sabia que sabor você gostava na duvida comprei todos na loja - "Só queria companhia."

Andrew olha para mim como se eu fosse alguma dinvidade.

A gente se senta e ele me passa uma colher.

4. Floresta - Lago - 00:04

Neil.

- Não te atrevas - Ameaça mas a água é imediatamente jogada nele com a mão.

Eu estava mergulhando, com minha roupa vestida, e convencendo o Loiro a entrar também.

- Entra logo! Eu faço o que você quiser. - Choramingo e derrepente ele parece interessado.

- O que eu quiser? - pergunta sério.

- O que você quiser.

Ele se joga.

Um salpico é ouvido. E eu mergulho novamente indo até ele.

- Não foi tão ruim - falo sorrindo e ele vira a cara.

- Sim ou Não?

- É sempre sim com você - Ele revirar os olhos

- Até ser um não.

- Se é isso que você acha, mas você pode perguntar quantas vezes você quizer vai continuar sendo sim.

- Não diga essa coisas ridículas - Os seus olhos desviam para a água.

- Não pergunte a verdade se for enfraquecê-la - Não tenho tempo de raciocínar quando as suas mãos vão para a minha nuca e puxam para perto.

Testa com testa.

- Eu te odeio - E ele acaba com a distância.

Beijar Andrew é algo diferente da primeira vez e algo me diz que cada beijo vai ser diferente. Neste momento em um lago no meio da floresta meus instintos deviam estar a gritar para fugir mas sinto que tudo está emerso na água.

Um sentimento de medo toma conta de mim quando nos separamos.

- Isso é perigoso. - sussurro.

- Isso? Não existe um isso. Isso não é nada, então não há perigo. - Cospe com desgosto e algo a mais. Mas seus lábios descem para o meu pescoço mesmo assim.

E doeu. Não devia doer mas doeu.

Não devia perder tempo com "nada". Mas queria que fosse alguma coisa e nem ao menos posso.

Um dia.

Só tenho mais um dia e não posso ser tão egoísta.

Olho para Andrew. Ele está molhado os cabelos colados na testa e os olhos vidrados. E continua me tocando como se não tivéssemos apenas 1 dia.

Desculpem.

-

Continua...

- Queria fazer um beijo no pov do Neil sla.

-desculpem ser curto.

-to com dor de cabeça. A minha bateria social tá um caralho.

-Até domingo🦋

Young Summer Blood - All For The gameOnde histórias criam vida. Descubra agora