capítulo 8 Me empresta seu shampoo

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Já passava das 20 horas quando ela chegou no restaurante, havia algumas pessoas comendo e assim que ela entrou pela porta não deu pra não notar que todos olharam admirados pra ela. 

Os olhares eram curiosos tanto dos clientes como dos funcionários que pararam tudo pra olhar ela, que andou até o balcão e comprimentou Pablo. 

-Me perdoe a demora! Será que ainda dá tempo de comer alguma coisa… 

-Tudo bem, ainda estamos servindo… E mesmo que não estivéssemos, eu cozinharia pra você! 

-Você é um anjo Pablo! Estou com muita fome, E já sabe que não tenho frescura pra comer, então o que estiver servindo estará ótimo pra mim… 

-Tudo bem! Vou lá na cozinha entregar o pedido e já voltou, enquanto isso pode ficar na mesa lá do canto. - apontou pra uma mesa que ficava ao fundo.- Eu já volto! 

Assim que ele saiu, ela foi até a mesa e sentou, dava pra notar que algumas pessoas conversavam sobre ela, e isso a deixou um pouco tímida. 

-Chefe, quem é ela? - um dos funcionários estava curioso. 

-Uma hóspede da minha mãe, ela veio jantar aqui! Então podem providenciar uma refeição pra ela por favor! Melhor pra eu e ela, vou comer com ela… Bem, eu não jantei ainda. Quero uma garrafa de vinho suave. 

-Ela é linda, parece até um anjo, nunca vi uma mulher tão linda nessa cidade! Ela não é daqui mesmo… - o rapaz continuava falando. 

-Tira o olho Cláudio, eu já vi primeiro e estou bastante interessado nela… Então se pensou em alguma coisa, já desista! 

-ok, ok Pablo! Dessa vez vou deixar, só porque você nunca se interessa por nenhum cliente! E nem lembro a última vez que você ficou com alguém! 

-Cláudio já fez meu pedido? Porque o João  não tem bola de cristal para saber, ele está lá na cozinha, então por favor meu querido vai lá providenciar a refeição  do meu anjo. 

-Mais ela quer o quê mesmo? 

-O prato do dia, mas manda ele caprichar, e eu quero o mesmo. 

-Tá bom chef, pode esperar lá na mesa! Já irei levar a bebida pro senhor! 

-Obrigado Claudinho! 

Um pouco tímido, ele se aproximou e sentou ao lado de Paloma. 

-Você parece bem cansada! Comeu alguma coisa hoje? 

-Apenas algumas frutas! Passei o dia com a Marcela, conversamos sobre bastante coisas da vida dela, pra ver se ela lembrava de algo… 

-E aí conseguiu? 

-Não, ela não lembra de nada… só algumas lembranças minhas… como se só existisse eu na vida dela… ela falou que parece um buraco negro sua cabeça. 

-Você falou que o médico falou que ela iria recobrar a memória aos poucos não foi? Então tenham paciência… mesmo porque quando ela estiver bem vocês irão embora, certo? - sua voz pareceu um pouco triste. 

-Não vamos embora por enquanto… . Vamos ficar um tempo aqui… quero que ela aproveite um pouco mais sua vida… a vida dela não é fácil, ela é homosexual e o pai dela é um escroto, super preconceituoso, que quer tudo do jeito dele… ela é uma ótima garota, super esforçada e inteligente. Pena ele nunca enxergar isso. 

-Você a ama muito né? 

-Sim, amo ela  mais que tudo! Ela que me ajudou, meus pais não me aceitaram, me expulsaram de casa.. Fui rejeitada por eles por ser o que sou… E foi ela que me acolheu, e me deu força pra ser o que sou hoje… até minha cirurgia ela que pagou. Minha casa foi ela que me deu, tudo que tenho foi ela que me deu. Por isso chamo ela de marido, porque ela me mima, ela que paga meu salário também, trabalho pra ela, e a minha faculdade quem paga é ela. 

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