Alguns sonhos são destruídos quando menos esperamos..."
Maraisa
Marília havia colocado sua roupa e queria sair a todo custo do meu quarto.
- Não pensamos nas consequências disso. Sua filha... Merda! Não sei o que pensar, já que a simples ideia de que ela pode ter ouvido algo.
- Ela não ouviu.
Fomos para a sala, e busquei água para Marília.
- Tem certeza, Maraisa?
- Não, na verdade não tenho. - falei, e aquilo deixou a mulher mais inquieta ainda.
- Maraisa...
- Não estou satisfeita.
Praticamente pulei em seus braços, a beijando logo em seguida.
- Que apetite insaciável. - falou com a voz rouca, me colocando no sofá.
Novamente, o beijo havia ficado quente e quando pensei que teria mais uma mostra do que Marília é capaz, eis que ouvi uma pequena voz longe.
- Mamãe, cê tá aí?
Merda!
- O que eu disse, hein, Maraisa? - saiu de cima de mim rapidamente, tentando se ajeitar. Confesso que achei engraçado sua preocupação, mas pelo tom da voz da minha filha ela não estava na cozinha, e sim perto do meu quarto.
Depois de cerca de dez segundos, eis que Laura veio em direção a sala, e seus olhinhos brilharam quando viram a mulher.
Minha filha realmente gosta dela. É realmente incrível.
- Tia Marília!
- Olá, Laura. - falou extremamente sem graça.
Percebo a interação delas quando estão juntas, e sei que ela gosta da minha filha. No começo até pensei que Marília a "aturava", mas agora vejo que não. Ambas gostam uma da outra.
- O que você tava fazendo aqui?
- Eu vim trazer sua mãe.
Não deixava de ser verdade, o que ela não precisa saber é das circunstâncias para ela ter sido tão gentil assim.
- Ah, tá.
- Se despeça dela, filha. Marília já está indo embora. - foi a minha vez de falar.
- Tchau, tia Marília. - foi em sua direção e a abraçou. É visível que ela fica um pouco embaraçada com algumas atitudes de afeto, e devo dizer que gosto de vê-la vulnerável.
- Se cuida, pequena.
- Uhum. E vou cuidar da minha mamãe igual você disse muuuitos dias atrás.
Sou muito feliz em ter uma filha tão especial.
{...}
- Madame!
- Pare de me chamar assim, João! - disse essas palavras ao motorista principal de Marília. - Você adora essas brincadeiras, né? - gargalhei logo depois.
João abriu um largo sorriso, e logo depois continuou o percurso até a mansão de Marília.
- Sou uma pessoa normal, e nem se eu quisesse seria como essas mulheres da alta sociedade.
- Que bom, elas são chatas em sua maioria. Já carreguei algumas e... melhor nem falar nada, quero conservar o meu emprego.
- Ah, tarde demais, fiquei curiosa.
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The Lost - Malila
Fiksi PenggemarCom qual olhar você encararia a vida se perdesse sua esposa e filha em um acidente de carro? Marília Mendonça é uma mulher marcada por uma das piores dores do mundo: a dor de enterrar um filho. Após a grande tragédia em sua família, ela se fechou pa...