CAPÍTULO 32 - O que foi que eu fiz? (Parte 2)

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Finalmente, Peter e Lauren decidiram que era hora de voltar para casa. Embora pudesse parecer egoísmo, eu aguardava ansiosamente por esse momento, pois precisava conversar urgentemente com o Billy. Um nó se formou em meu estômago só de imaginar a possibilidade de perdê-lo para sempre. Entramos no carro, e somente no caminho de volta percebi que não havia lido a mensagem de Samuel. Busquei pelo texto em meu celular. "Oi gata, te pego às oito da noite no próximo sábado!" - Era o que dizia. "Que garoto chato e insistente, nem me darei o trabalho de responder!" Ponderava, mas a distração momentânea não dissipava a tristeza que pesava sobre mim. Eu estava triste, uma tristeza que não cabia dentro do peito. "A dor é uma palavra tão pequena, mas seu peso é imenso, talvez até em toneladas. Qual é a essência da minha existência? Por que tudo começou a dar tão errado para mim?" Refleti, perdida em pensamentos sombrios enquanto a viagem avançava, cada quilômetro parecendo um eterno mergulho na incerteza e na angústia.

— Briana? Tá tudo bem? — Peter me encarou pelo espelho do retrovisor central, preocupação evidente em seu olhar.

— Não, mas isso não importa! — Respondi com um nó na garganta, lutando para manter a compostura.

— Importa sim! — Peter decidiu interromper o trajeto, parando o carro no acostamento da estrada para dar atenção ao que estava acontecendo.

— Peter, vamos logo! Eu só quero a minha cama! — Tentei disfarçar a agitação em minha voz, desejando apenas estar em um lugar onde pudesse processar tudo o que estava acontecendo.

— O que o babaca do seu irmão fez? — Peter socou levemente o volante, frustração evidente em sua expressão enquanto encarava a Lauren.

— Eu não sei, estou tentando falar com ele a tarde toda, mas ele não atendeu a ligação! — Lauren exclamou, exibindo sua própria dose de angústia diante da situação.

— Gente, pelo amor de Deus! A última coisa que quero agora é ver vocês brigando por minha causa! Vamos embora, Peter, eu vou ficar bem! — Trinquei o maxilar, pedindo silenciosamente por um retorno à normalidade, mesmo que temporária. Meu irmão acabou fazendo o que pedi, retomando o trajeto em um silêncio tenso.

A incerteza sobre a atitude de Billy me perturbava, enquanto eu tentava esconder a vulnerabilidade diante dos que estavam ao meu redor. Cada quilômetro percorrido era como uma jornada rumo ao desconhecido, carregando consigo uma tempestade de emoções que ameaçava desabar a qualquer momento. Passamos algumas horas adicionais na estrada, e acabei adormecendo profundamente no banco do carro. Despertei com um sobressalto quando o veículo já estava estacionado em frente à casa de Lauren. Desembarquei apressadamente, meu coração batendo mais rápido devido à ansiedade para encontrar o Billy. Contudo, minha corrida cessou abruptamente ao perceber que o Mustang não estava na garagem.

"Certamente, ele saiu," refleti, soltando um suspiro longo e derrotado. Apesar disso, adentrei a casa, determinada a procurar a mãe dele, imaginando que ela pudesse fornecer informações sobre seu paradeiro.

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