CAPÍTULO 21 - Precisamos terminar (Parte 1)

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Eu ainda tentava processar todas as informações que Briana havia compartilhado quando decidi levá-la para minha casa

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Eu ainda tentava processar todas as informações que Briana havia compartilhado quando decidi levá-la para minha casa. Cedi a chave de um dos apartamentos do meu pai para que seu irmão passasse a noite, buscando proporcionar um pouco de conforto em meio ao caos que havia se instaurado. Peter assumiu a responsabilidade de comunicar seu pai, detalhando os eventos com a seriedade que o momento exigia. A noite, envolta em um manto gélido, parecia ecoar a angústia que eu sentia por dentro, tornando difícil até mesmo fechar os olhos. Sabia que no dia seguinte, durante as aulas, estaria em péssimo estado, mas isso parecia insignificante diante da magnitude do que Briana enfrentava. 

Para tentar distrair-me e aplacar a tensão que envolvia o ambiente, resolvi ligar a televisão, buscando algo interessante para assistir. Enquanto Briana dormia, soltou um suspiro suave ao meu lado, capturando minha atenção de forma delicada. Aquele simples som foi como um lembrete silencioso da fragilidade da vida e da importância de estarmos ali um para o outro. Percebi então que a situação demandava mais do que simplesmente lidar com os fatos; ela exigia apoio emocional, compreensão e um ombro amigo para compartilhar o peso das preocupações e dos medos que assombravam Briana.

— Esperei por você a minha vida toda! — Sussurrei, minhas palavras carregadas de emoção. — Sem você, a minha existência ficaria solitária. Acho que eu te amo! — Acabei revelando, e ela sorriu, seus olhos brilhando com ternura.

Carinhosamente, a puxei para o meu abraço, deixando nossos corpos se entrelaçarem, e rocei meu queixo em seu pescoço, sentindo o calor de sua pele contra a minha. Um arrepio percorreu seu corpo, um sinal silencioso de que também sentia algo intenso. Então, de forma suave, cravei meus dentes na pele sedenta de suas costas e a mordisquei de leve, expressando através desse gesto o desejo intenso que sentia por ela.

— Vamos dormir, Billy! O dia será longo amanhã! — Ela depositou um beijo na minha boca, sua doçura acalmando meu coração, e virou-se para o lado oposto de mim. Fiquei observando-a por mais um tempo, meu peito ainda agitado pelas emoções que acabávamos de compartilhar, antes de finalmente me render ao sono. A intensidade do momento revelava a vulnerabilidade de nossos sentimentos, criando uma conexão única entre nós que transcendia qualquer palavra ou gesto.

***

Acordei assustado; a televisão da sala ainda estava ligada, projetando uma luz suave que iluminava levemente o ambiente. O dia já estava amanhecendo lá fora, as primeiras cores do nascer do sol tingindo o céu com tons de rosa e laranja. Escutei um barulho imenso ecoando, como se um caminhão estivesse passando em alta velocidade sobre cascalhos. Entretanto, ao olhar para o lado, percebi que era apenas Briana, roncando asperamente como um caminhão velho em uma estrada acidentada. Apesar do som, achei aquilo bastante fofo, uma daquelas imperfeições encantadoras que só aumentavam o carinho que sentia por ela. Fixei os olhos no relógio digital do receptor de TV; a visão ficou um pouco embaçada, certamente porque eu ainda estava sonolento e tentando me orientar naquele novo dia que se iniciava. 

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