Capítulo 32

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Quando saio do carro instantâneamente me arrependo de não ter levado um casaco. Apesar de ser fim da tarde e o céu se encontrar em tons de laranja e roxo,aquelas nuvens pesadas que me acompanharam durante todas essas semanas não fizeram menor questão de se dissipar. Elas estão ali,prontas pra tomar conta do céu e desabar sobre nós.O que pra mim não seria problema desde que não viesse com trovões que estourassem meus tímpanos e me fizessem cobrir meus ouvidos em posição fetal.

-Filha?

Minha mãe me chama depois que fechei a porta atrás de mim

-Boa sorte, eu amo você

Eu solto um sorriso aliviado

-Obrigada mãe, eu também te amo..

Ela me lança um beijo e vai embora enquanto isso eu caminho sobre as placas de pedra do jardim de pedra sobre o jardim em direção a casa. Eu sentia uma mistura de sentimentos e nenhum deles parecia ser bom . Vergonha, ansiedade,medo.. cada um deles rodopiava na minha mente. Quando entro na casa fico boquiaberta com o quanto aquela casa parecia sair de um filme, completamente cheia de flores enfeitando cada canto da casa,flores majestosas com um cheiro maravilhoso a onamentação era simples e elegante.
Apesar de ser ainda muito cedo, já tinham garçons andando de um lado para o outro e poucas pessoas começavam a chegar. Era todas pessoas muito bem vestidas, na verdade a roupa que usavam pouco influenciava na percepção do dinheiro que eles tinham, eles não andavam, eles desfilavam pelo salão com naturalidade e leveza e não davam um passo em falso apesar dos salto-altos enormes. Já eu apesar de estar vestindo como uma princesa era notório que eu não tinha ideia do que fazia alí. Fiquei perdida, procurando por alguém que conhecesse naquela casa enorme e é claro,encarando a mesa de doces toda vez que passava por ela.
   Finalmente, depois do muito andar, vi Analu perto da escada. O que eu posso dizer é que a garota estava tão linda que doía olhar pra ela.
Ela usava um vestido preto comprido e resaltava seu corpo discretamente na saia tinha glitter prata que brilhava sobre a luz certa,a parte de cima deixava sua ombros nus e realssava o decote. Usava um corset também preto que marcava sua cintura.
Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo propositalmente bagunçado. Sua maquiagem era carregada os olhos escuros bem esfumados davam um contraste maravilhoso com os olhos claros além do perfeito batom vermelho sobre os lábios.

-Ana.. Analu?- Ela se vira pra mim quando a chamo.

-Ah, Olá Emília tudo bem?- ela me comprimenta meio triste. Pra falar a verdade além da escola, era difícil vê-la sorrir.

-Tudo sim Analu e você?- digo a encarando.

- Bem.. Eh, minha mãe está ali quer que eu a chame?- Diz ela desconfortável- O que foi? Porque está me olhando assim?

-Me desculpa Analu é só que você está muito linda!- digo genuinamente.

-Ah.. Eh.. obrigada.. Você também está.- ela retribui o elogio envergonhada.

Tento puxar assunto com ela mas a qualquer coisa ela se mostrava distante. Então fiquei perto dela e comecei a falar sem parar para entrete-la.

-Que linda ficou a sua casa! Eu amei a forma como distribuíram as mesas, está tudo tão cheiroso..

-Olha- ela me interompe - Não precisa ficar aqui me enchendo ok? Eu não preciso de companhia, minhas amigas já vão chegar, eu não preciso da sua pena.

Eu a encaro e tensiono as sombrancelhas.

-Quem falou de pena Analu? Estou aqui por livre e espontânea vontade. Talvez você não goste da minha companhia mas eu gosto da sua.

-Você gosta?- ela me questiona

-Sim, acho você muito legal- na verdade eu não tinha uma opinião formada sobre isso já que tudo que ela me ofereceu foi desprezo, mas eu sentia fortemente que devia ficar perto dessa menina e deixa- lá bem.

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⏰ Última atualização: Jan 10, 2023 ⏰

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Emilia Abril Onde histórias criam vida. Descubra agora