Capítulo 7

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-Bom dia princesa!-disse Mariana quando entrou no meu quarto pela manhã

-Posso saber por que devo a honra de sua visita?-perguntei empurrando um tênis apertado pra dentro do meu pé já que uma gatinha travessa acabou com o que me servia.

-Só pra eu ter certeza de que você vai mesmo pra escola,nem adianta me enrolar!

-Sim,Senhora-digo colocando a mão na testa como uma reverência militar

Tinha decidido que não iria mais deixar que esse meu amor não correspondido continuasse me atrapalhando eu  iria seguir em frente, iria engolir esse sentimento e fingir que ele nunca existiu.
Iria focar na minha faculdade que eu iria fazer no próximo ano que inclusive não tinha nem ideia do que seria.E quem sabe até não fazer um intercâmbio em Londres?Era o que eu achava.

-Então já está pronta?-ela examina meu uniforme-Podemos ir?

-Vamos lá

Coloco comida e água para Amora,pego minha mochila e saio.

-E então você não me falou como são esses alunos novos-falo enquanto tranco a porta.

-Ah Sabe como é né? Aquele tipo de pessoa que você pode ver que são metidos e extravagantes principalmente a Analu.

-Analu? Esse é o nome da garota?-

-Sim,o menino se chama..-ela pensa-Bento,Bernardo,alguma coisa assim.Não prestei muita atenção nele.Ele estava meio que andando com o merda do Gustavo então já viu né.

Sinto meu punho se fechar.
Eu nunca fui uma pessoa de fazer inimizades,inclusive todos da escola me conhecem e são legais comigo,mas por algum motivo eu não conseguia ir com a cara do do Gustavo
Eu não suportava ele,ficava dando um de bad boy mas no fundo todo mundo sabia que ele não fazia nem metade do que diz que é capaz.É como dizem cão que ladra não morde.

-Esse menino é insuportável como o Gustavo?

- Como eu tinha te dito ele estava andando com o Gustavo então tudo que tiver haver com ele eu não quero saber-disse ela com cara de nojo

Como toda aquela conversa pelo caminho não me admirou que quando chegássemos na escola já estaríamos um pouco atrazadas.

-Com licença professora posso entrar?-dissemos nos em coro na porta

Ela assentiu sem tirar o foco do que estava explicando.Me sentei na minha cadeira da frente como a bela garota estudiosa que sou e comecei a fazer meus execícios.
Mariana atrás de mim me cutucou insistente com um lápis até eu me virar.
-São aqueles ali-disse ela de voz baixa apontando com a cabeça.

Quando os vi pela primeira vez levei um pequeno susto porque não eram nada do que eu tinha imaginado.
De acordo com o que Mariana havia me falado por ela ser extravagante,metida entre outras coisas,pensava que ela seria uma loira perfeita,com roupas caras e de corpo perfeito que falava com todos com ar de superioridade.
Mas não, Era uma garota bonita de uma maneira real como qualquer outra garota que você admire por ser sua amiga ou whatever.

Tinha os cabelos escuros lisos,até o meio das costas e desfiados nas pontas, com uma franja curta que lhe cobriam as sobrancelhas e um pouco das suas pálpebras rosadas de maquiagem.
Tinha os olhos azuis-claros pequenos que naquele momento estavam concentrados na folha de seu caderno,se vestia com calça jeans simples e o uniforme da escola.

E o garoto eu tinha imaginado um estilo bad boy de roupas rasgadas e boné de aba reta assim como Gustavo se parecia já que Mariana tinha falado que andavam juntos.
Mas meu palpite estava errado novamente.Ele era um garoto de porte normal nem muito magro e nem muito gordo com os ombros largos e voz grave como de todo garoto.
Os cabelos dele pendiam um pouco atrás das orelhas em ondas castanho-claras que se parecia muito com o corte que Nicolas costumava usar.
Tinha os olhos azuis como o da irmã e usava um óculos de aro preto que eu achei até um pouco atraente pela forma como ele levantava com delicadeza.
Acho que estava os encarando por muito tempo, pois o garoto acabou reparando e levantou um pouco a cabeça pra ver.Porém eu já havia desprendido os olhos dele envergonhada.

-Enfim o que você achou?-perguntou Mariana sussurrando.

-Acho que nunca mais vou pedir pra você me descrever alguém sua doida.-digo balançando a cabeça e voltei para o que eu estava fazendo.


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Emilia Abril Onde histórias criam vida. Descubra agora