O sol se punha, a vista era maravilhosa. Honor suspirou, a beleza ainda tinha seu apelo a alma dele, isso era bom. Ele estava um pouco perdido, tudo estava diferente, mas um pôr do sol ainda o tocava.
Número Sete entrou, Honor rosnou, ele sorriu. Honor já tinha matado Quatro, Seis e até o Três, as grades não eram mais elétricas, as barras eram mais grossas. Ele não se importava com vidas mais, tudo o que queria era sair dali.
"Um belo pôr do sol, não acha?" Honor só rosnou. Ele não tinha mais paciência com eles. Se Sete se aproximasse iria morrer, simples assim.
"Você está nos surpreendendo Honor. Toda a sua inteligência e sensibilidade parecem ter sumido em poucos meses de confinamento. Eu, inclusive esperava mais." Ele torceu a boca, Honor lhe deu as costas. Um cheiro delicioso entretanto, o fez se virar. Uma fêmea humana vestida com um vestido justo e curto sorriu para ele.
"Não temos tempo a perder, e a sua incapacidade de ser letal nos força a buscar outra serventia para você, afinal o trato foi um ano, só um ano." Sete sorriu, debochado.
"Oi, Bonitão." A fêmea sorriu. Honor correu os olhos pelo corpo dela, era um belo corpo feminino, não muito alta, mas também não era baixinha. Os seios eram fartos, o decote do vestido deixava pouco à imaginação, os quadris eram bonitos, arredondados, a cintura era fina. As pernas eram bem torneadas, firmes, lisas. Ela tinha a pele bronzeada, os cabelos loiros. O rosto era bonito, as feições eram fortes. Honor inspirou, ela estava ovulando. Sete sorriu.
"Essa é a Lanna. Ela está aqui de livre e espontânea vontade. Entende o que você é e está disposta. A ordem é, como vocês dizem, compartilhar sexo. E não quero ter de repetir, Honor." Sete disse e saiu. Honor olhou para a câmera e sorriu. Ele e os outros desgraçados estariam observando, é lógico.
"Não." Ele disse, se virou para a janela e continuou a olhar para o céu, para as montanhas verdes, para o outro castelo ao longe.
"Ele disse que você poderia negar. Disse também que você é apaixonado por outra. Olívia, não é?" Ela disse com voz baixa, rouca, sedutora. Honest a ignorou.
"Eu sou pobre, muito pobre, sabe? Do tipo que não estudou, não por falta de oportunidade, mas por não gostar muito. Eu nunca pensei que não ter o segundo grau importasse tanto, mas, olha só, importa! E para serviços ruins. E sem, então! Você parece inteligente, bom, vocês são inteligentes, né? Eu já li sobre vocês, eu sei ler. Altos fortes e bonitos. Dizem que todos têm o pau grande, é verdade?" Ela esperou honor responder, Honor pensou que o mundo dos humanos era muito cruel com suas fêmeas.
"Eu sei que você não é só um animal falante, como algumas pessoas dizem. Eu não queria que você pensasse mal de mim, mas o pai daquele menino ofereceu muito dinheiro. Ele é tão inteligente e tão novo! Ele disse que tem doze anos, mas ele parece até um velho no jeito de falar. Viu, eu não sou burra." Ela disse, Honor continuou de costas. Ele não precisava se negar a olhá-la, ele nunca tocaria outra fêmea. O cheiro dela era intenso, forte, mas só o fazia querer se afastar. Honor sorriu se lembrando de Simple. Seu irmãozinho parecia tão apaixonado por Cassie! Mas compartilhava sexo com qualquer fêmea que cruzasse seu caminho.
E Pride? Ele dizia que estava vinculado, mas Minerva apareceu e ele a desejou. Honor se lembrava de quando ele chegou com Lily e Sheer depois do episódio do shopping. Lily como sempre se jogou nos braços de Honor, mas Sheer estava ainda agitado. Pride parecia muito impaciente para ir atrás dela, tanto que prometeu ir caçar no final da semana, se Sheer ficasse com Honor. Pride odiava caçar. Depois ele voltou cedo, estava estranho, mas aquele dia Honor viu que Pride não estava vinculado, não como o pai deles, por exemplo. Mas ele, Honor, não queria ninguém.
A fêmea continuava falando, ela era uma boa fêmea, Honor até temia pela vida dela, Sete era cruel, mas ele não podia querê-la.
Ele a ouviu se despindo, então se virou para provar seu ponto.
Lanna sorriu e passou as mãos pelos seios, apertou e gemeu. Honor se sentou, não tirou os olhos dela e esperou. Eles estavam vendo tudo, então, quanto mais rápido eles vissem que não adiantava, mais rápido aquilo acabaria.
Ela lambeu um dedo, o enfiando na boca como se fosse um pênis, molhou bem e o introduziu em sua buceta, Honor não moveu um músculo. Ela se acariciava, uma perna estava dobrada, apoiada numa cadeira, honor podia ver o dedo dela a penetrando, girando, entrando saindo. Ela vibrou a mão sobre seu clitóris e fechou os olhos, Honor teve de admitir que era uma visão erótica, bonita. Ele entendeu o que os pintores de arte erótica viam, o contorcer do corpo, os músculos tensos. Era bonito e devia ser excitante para outros, mas não para ele.
Honor pegou um lápis e uma folha de papel e começou a desenhar, Lanna estava gozando, ele sabia que tinha bem pouco tempo se queria tentar fazer um desenho de uma fêmea no clímax. Honor não era tão bom quanto Simple, mas...
Simple. Ele era um bom desenhista. O melhor dos três. Quando eram mais jovens, ele estava sempre desenhando, mas as vezes os desenhos não eram tão bons. Eram perfeitos, mas faltava alguma coisa. E enquanto Lanna recuperava o fôlego sentada nua na cadeira, Honor teve a certeza de que eles trocavam mesmo de lugar. Mas por quê? Taí uma coisa para pensar enquanto aquele ano infernal passava.
"Eu disse que não iria falar duas vezes." Sete voltou, ele estava calmo. Ele devia ser um clone perfeito de McKay, era o sétimo no fim das contas. Três era o mais diferente. Seis era meio burro. Estava morto de toda maneira.
"Não posso." Honor retirou a calça, seu pau mole balançou. Ele não sorriu, isso pareceria troça. Não estava afim de apanhar. Sete tinha aprendido uma ou outra forma de machucá-lo e não era nada agradável.
Lanna o olhou com cobiça, ela passou a língua pelos lábios bonitos, outra imagem erótica que valeria a pena desenhar.
"Eu consigo, pode deixar. Me dá água na boca só de olhar um pau assim. Todo mundo é desse jeito na sua terra?" Ela perguntou passando pela porta das grades que Sete deixou aberta.
"Não sei, acho que eu sou um pouquinho maior." Honor riu. Ele sempre odiou isso, afinal, ele nunca quis ser diferente. Hoje isso não importava mais.
Ela se aproximou, se ajoelhou, e segurou o pau de Honor. A mão dela estava quente e meio úmida, ela passou a outra mão no meio das pernas e estendeu para cima na direção do rosto de Honor. Era um cheiro bom, muito bom. Honor inspirou, sentiu o cheiro, deixou a sua mente procurar o cheiro de Livie naquele dia longínquo na casa da tia Kit. Houve um pouquinho de excitação da parte dela, quando ela beijou Lily no colo de Honor. Um único traço, mas estava ali. Talvez foi por Pride, ele estava logo ao lado de Honor, mas seu coração idiota disparou. Sorte que Pride não aprendeu a ouvir corações quando Peter ensinou. Honor não tinha aprendido na hora, mas ele guardou em sua mente todas as palavras de Peter. Não era fácil, mas ali, preso, ele conseguiu um pequeno progresso. O coração de Lanna estava estável, batia um pouco mais acelerado, talvez ela tivesse usado alguma droga? Honor inspirou. Sim, ela cheirava a alguma coisa diferente. Lanna colocou o pau flácido dele na boca e o calor o envolveu, foi bom. Honor estava tão cansado! Desde aquele dia em que colocou os olhos em Livie, tudo acabou para ele. Ele perdeu aquela vontade, ou o que quer que seja. Livie morreu, ele passou anos tentando se sentir atraído, mas tudo começava muito bem, ele olhava para as fêmeas, seu sangue fervia, mas se pensasse nela, algo morria, ele fugia. Nunca aconteceu isso dele ter tido uma fêmea o tocando como Lanna fazia, mas Honor sabia que depois de descobrir que Livie estava viva, ele nunca mais teria desejo por nenhuma outra. Nem mesmo a faísca de antes.
Lanna mordiscou a cabeça do pau dele, uma reação normal aconteceu, seu pau foi endurecendo, mas Honor sabia que não ficaria assim por muito tempo. Ela o chupava, era uma sensação boa, mas era só isso, ela poderia parar e seu pau cairia mole, imprestável. Honor suspirou, será que demoraria muito ainda?
Livie teria chupado o pau de Pride? Honor pensou e uma onda de raiva o percorreu. Pride! O filhote mais bonito, mais forte, mais capaz! Honor era uma pálida figura entre ele e Noble, estava sempre relegado aos restos. Pride acabou ficando com Minerva, ou Livie já tinha voltado? Ele não sabia, e não sairia, McKay podia fazer mal a Livie. Mas como ele faria mal, se Livie talvez estava com Pride? Ele estava confuso, mas esse pensamento, de que Livie chupou o pau de Pride o enervava. Ela teria gostado? Honor segurou na cabeça de Lanna pelos cabelos e enfiou seu pau todo na boca dela. Não foi bom, ele estava com raiva, com fúria, então voltou a enfiar, até a cabeça de seu pau sentir a garganta dela. Ela arregalou os olhos, Honor respirou fundo buscando controle. Lanna não tinha culpa de nada. Ele ia tirar o pau, Lanna o chupou fazendo barulho e sorriu quando Honor retirou seu pau todo da boca dela. Ela passou a língua pela cabeça do pau dele, Honor sentiu uma pontinha de excitação. Ainda havia raiva, mas ela abocanhou o pau dele com tanta volúpia que honor sorriu. E rosnou. Será que depois de tanto tempo ele se sentiria como um macho normal? Afinal, aquilo era só...
Os olhos de Lanna arregalaram e ela se afastou. Honor a olhou, ela parecia sem ar, ela abria a boca buscando oxigênio, mas parecia que não era suficiente, ela começou a convulsionar, a boca aberta tentando puxar o ar a sua volta sem conseguir.
Honor ficou parado sem saber o que fazer. Ele não entendia o que estava acontecendo, Lanna convulsionava, tinha caído no chão, seus braços estendidos. Ele gritou por Sete, mas ninguém apareceu, ele massageou o peito dela, fez pressão, tentou soprar ar com força pela boca dela, mas o coração de Lanna parou. Ele ainda tentou, mas não deu em nada, Lanna estava morta.
Honor se afastou, vestiu a calça, voltou a sua cama e esperou. Não foi sua culpa, mas Sete o culparia.
Ninguém apareceu por um tempo, Honor abriu uma embalagem de comida das que eles deixaram ali e comeu. Espaguete a bolonhesa frio, não estava tão bom se estivesse quente, mas ele comeu mais para que tivesse o que fazer.
Um humano veio, pegou o corpo de Lanna, seu vestido e foi embora. A porta das grades continuava aberta, Honor só podia esperar que a morte de Lanna os fizesse parar, pelo menos por aquele dia. Ou noite no caso.
![](https://img.wattpad.com/cover/312933866-288-k751408.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
BESTIAL
FanfictionO que de errado poderia acontecer em duas semanas? Foi o que Bestial pensou ao ter de ficar no zoológico da Reserva por causa de uma reportagem. Era por uma boa causa, não tinha nada a ver com os lindos olhos azuis de uma determinada fêmea. Bestial...