BESTIAL

CAPÍTULO 16

Rebbeca andava de um lado a outro da sala depois do almoço, deixando Mônica nervosa. Bestial, depois de se certificar de que Honest tinha mesmo ido embora, saiu dizendo que ia ao hotel almoçar com Jaded e falar sobre a retomada do programa, pois a repórter tinha combinado de vir no dia seguinte.
Mônica tinha até esquecido dessa droga de programa, e o pior é que ainda não tinham inventado uma história sobre o por quê de Rebbeca ter aparecido na entrevista e ser apresentada como a companheira de Bestial e não Mônica.
"Vou no Macho Bonito." Ela disse, tirando o vestido. Mônica a impediu de passar o tecido pela cabeça com força, e olhou nos olhos dela, a segurando pelas mãos.
"Não. Tem de esperar." Rebbeca a empurrou, Mônica não a soltou.
"Rebbeca mais forte." Ela disse e puxou Mônica contra seu corpo, lhe acertando uma cabeçada. Mônica viu estrelas mas não a soltou.
"Eu sou mais velha. Tem de obedecer. Se não, eu, Bernie e Bestial vamos embora." Mônica disse e a soltou.
"Mônica não entende." Ela se sentou no sofá e baixou a cabeça. Mônica também se sentou, no mesmo sofá e estendeu a mão para Rebbeca, sua irmã se encolheu.
E Rebbeca estava certa, Mônica não entendia. Não quando ela e Bestial se entregaram um ao outro da forma como fizeram, seu coração ainda estava disparado. E ela já sentia falta de Bestial, o que a assustava. E se Rebbeca sentia o mesmo?
"Beck. Eu não quero fazer você sofrer. Eu não quero. Ir lá agora só lhe faria mal, o próprio Dusky mandou que você se fosse. Ele iria mandar você ir embora."
"Honest." Ela disse, seus olhos estavam tristes, tão tristes que Mônica, quase se levantou para ir com ela a cabana de Dusky.
"Ele deve estar no Zoológico. Ele vai fazer alguma coisa, você o ouviu." Mônica disse.
Rebbeca se levantou, saiu da sala indo ao quarto de Isaac e voltou com o laptop dele. Ela colocou o aparelho na mesa de jantar se sentou numa cadeira e olhou para Mônica.
"Não é assim que funciona, querida. Eu não sei como procurar uma pessoa pelo computador. Eu nem sei o nome do tal humano." Ela disse se sentando numa cadeira, apertando o botão de ligar e dando de cara com uma foto deles. Isaac com Bernie e Fred no colo, Rebbeca e Mônica de cada lado dele, Missy e Josh na frente. Era uma foto linda! Sua família, sua amada família.
"Isaac diz que no futuro, todas as pessoas terão computadores e elas vão ter... Páginas? Isso, páginas pessoais que vão falar tudo sobre elas. Ele disse que já há algumas coisas desse tipo nas universidades. Mas eu não sei como acessar, querida." Ela se justificou.
"Honest." Rebbeca disse. Mônica suspirou. Ela sentiu o antagonismo entre Honest e Bestial desde que Florest falou no nome do filhote, antes mesmo dele chegar a Reserva. Seria melhor não provocá-lo. Honest estava procurando briga, o beijo que ele deu em Mônica mostrava isso. Mas como resistir a carinha esperançosa de Rebbeca?
"Josh? Você cuida dos bebês se eles acordarem?" Mônica chamou Josh a sala. Ele estava em seu quarto montando um brinquedo com Missy.
"Eu ajudo, tia!" Missy sorriu.
Rebbeca se abaixou e a beijou no rosto.
"Mamãe ama." Ela disse, Missy a beijou de volta. Mônica tinha de prender sua calda, ela ainda vestia o pijama que usava quando Honest foi embora. Ela entrou em seu quarto, tirou uma calça jeans e uma blusa, mas sentiu um desânimo em começar o processo de esconder sua calda. Honest a tinha visto nua! Talvez fosse hora de parar de esconder sua calda.
Mônica respirou fundo, pegou uma tesoura e fez o que ela cansou de fazer nas calças de Isaac e nas bermudas de Josh: descosturou a costura do meio da calça do cós até quase embaixo. Ficou um buraco, ela teve um pouco de dificuldade de vestir, mas no fim, ela se olhou no espelho e viu que não estava ruim. Excetuando o fato de sua calda ser horrorosa, claro. Mas ela respirou fundo e saiu do quarto. Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Pelo menos, diferente do episódio em que ela ficou desacordada no hospital, dessa vez, ela mesma decidiu mostrar sua calda.
Na sala, quando saiu do corredor, Missy a olhou e abriu a boquinha, surpresa.
"Tia! Você é igual a nós!" Ela sorriu e rodeou o corpo de Mônica.
"Posso tocar?" Mônica sorriu sem graça, ela preferia que não, mas era melhor enfrentar isso de uma vez.
As mãozinhas leves de Missy passaram por sua calda, desde o início, que saía do buraco no jeans, até o fim, onde ela sempre raspava o tufo de pêlos loiros que crescia ali. Mônica tinha fechado os olhos, quando abriu, Rebbeca, Josh e Missy a olhavam com admiração.
"É um pouco diferente." Missy disse.
"Ela foi quebrada muitas vezes. O velho Bishop, que o inferno o tenha, a quebrava para me castigar." Mônica contou. Não doía mais falar nisso. Não foi culpa dela, Bishop era um demônio.
"Vamos?" Rebbeca a chamou, Mônica beijou seus sobrinhos e elas saíram. O zoológico ficava perto, em poucos minutos elas estavam na área de convivência. Honest e Candid estavam lá, cada um abraçado a uma mulher, Candid beijava a que estava no colo dele. Elas eram humanas.
"Mônica?" Candid tirou a mulher que se sentava de seu colo e se levantou.
"Elas têm rabo?" A outra que estava de pé, abraçada a Honest disse. Mônica ficou sem saber o que dizer. Se ela e Rebbeca não tivessem entrado correndo, teriam sentido o cheiro delas e parado. Agora, só restava erguer o queixo.
"Honest prometeu." Rebbeca disse meio rosnando. Honest se aproximou.
"Eu estou esperando James." Ele disse. Fazia sentido para Mônica, James era quem fazia essas coisas, mas Rebbeca estava muito nervosa, ela passou o dia esperando e ver Honest ali, usando o tempo para outra coisa a enfureceu.
"Qual o problema com o seu rabo?" A mulher que estava no colo de Candid perguntou se aproximando. Mônica não conseguiu dizer nada.
"James, não! Honest!" Rebbeca rosnou. Honest deu um passo para trás, ele olhou para Mônica pedindo ajuda, mas Mônica estava muito desconfortável com o olhar da humana.
"Olha, Beck, eu falei com James, eu juro. Ele vai passar aqui mais tarde." Honest disse, mas Rebbeca continuou dando passos na direção dele, rosnando furiosa.
"Você nunca disse que haviam mulheres com rabo aqui, Cam." A outra mulher, a que estava com Honest também se aproximou de Mônica. Ela sorriu, talvez não com desdém, mas para Mônica, na hora, pareceu que caçoavam dela, ela correu. Correu sem destino, pulando galhos, as lágrimas a cegavam, ela não sabia pra onde estava indo, só corria. O olhar, o sorriso da mulher a perseguia, era por isso que ela escondeu sua calda a vida inteira. Era um apêndice nojento, que não servia para nada! Feio, torcido, mole. Mônica queria parar de correr, mas não conseguia, se parasse, ia chorar, e ela não chorava! Ainda mais por causa de uma prostituta! Mônica sabia que uma coisa não estava ligada a outra, talvez a mulher não fosse prostituta, ou se fosse, isso não importava, ela estava com raiva, muita raiva, mas também muito triste.
Ela viu uma casa no alto, uma casa grande, cheia de janelas, como a casa de Tammy e Valiant. Ela parou, devia ser a casa de Lash. Ela esteve ali uma vez, a mulher dele, tinha um problema, Isaac não pode ir buscar leite, então, Mônica foi. Foi logo quando chegaram.
"Quem é você?" Uma voz disse as costas dela, Mônica se virou. Ela deu de cara com um Nova Espécie novo, muito parecido com o que trabalhava na fábrica, talvez fosse ele, ou... Ele olhou bem para Mônica, os olhos dourados dele percorreram o corpo dela, parando, é claro, em sua calda.
"Você é a Rebbeca?" Ele perguntou, Mônica não sabia o que responder. Ela ainda via o sorriso de escárnio da mulher que estava com Honest. Ainda que os olhos dourados desse filhote, eram bondosos e estavam apenas ligeiramente curiosos, ela se sentou no chão e chorou. Mônica sempre quis ser aceita. Ela viveu entre humanos a maior parte de sua vida, e nunca pareceu ser suficiente para eles, ela não teve nenhum amigo a não ser Rom. Na Reserva, ela estava se sentindo parte de algo, parte de uma grande família, mas ela não conseguiu mostrar a sua calda, ela queria ser admirada, não que tivessem pena dela. Quando resolveu acabar com a última barreira, para que a conhecessem de corpo e alma, ela...
"Posso te carregar? Minha mãe pode cuidar de você." O filhote perguntou, mas enquanto falava, ele a pegou delicadamente nos braços, Mônica encostou seu rosto no peito forte e nu dele. Ela fechou os olhos e só abriu quando ele a depositava num sofá, na bonita sala de sua casa.
"Oi. Eu acho que conheço você." Uma voz feminina disse, Mônica se levantou de um salto. A outra mulher se escondeu atrás de um Nova Espécie gigante que estava também na sala.
"Eu..." Mônica queria se desculpar, queria falar, mas ainda tinha um bolo na garganta.
"Você é de Bestial? O que ele poderia estar fazendo que não estava contigo? Ou você estava chorando por causa de algo que ele fez?" A última frase foi dita num tom ameaçador. Ele era muito parecido com Valiant, a diferença entre eles era a cor dos cabelos. Valiant era ruivo, esse daí, que devia ser o próprio Lash era moreno. Os olhos dos dois eram dourados, exatamente como os de Honest.
"Você é a Mônica, não é? A médica? Ela já esteve aqui, amor." A mulher saiu de detrás de seu marido. Ela era pequena e bonita.
"Sim, meu nome é Mônica. Eu estava triste, eu corri sem rumo. Me perdoe por aparecer assim." A mulher, Mônica sabia o nome dela: Mary, sorriu e guiou Mônica para um sofá.
"Que tal a gente conversar tomando um chá? Lash, mexa essa sua juba e traga chá, leite, biscoitos e queijo." Ela comandou, Lash e o filhote saíram da sala correndo. Mônica olhou para as mãos, mas pulou quando a mulher tocou em sua calda. A mulher também pulou.
"Desculpa! Você é alta, forte e isso me causa um pouco de apreensão. Então, eu toquei na sua calda, me dizendo que não há o que temer de você. Isso é uma coisa que eu desenvolvi nos anos em que estou aqui, eu toco, eu sinto o cheiro, observo e me digo que não há por que ter medo." Ela disse. Mônica sorriu para ela.
"É uma boa técnica. Eu não mostro a minha calda, eu..." Mônica respirou fundo, a mulher esperou ela continuar:
"Eu resolvi deixá-la a mostra, mas umas mulheres riram de mim e..." As mulheres não riram dela, uma delas sorriu e bem poderia ser um sorriso até de simpatia, mas Mônica correu, agora não sabia.
"Alguém riu de você? Aqui? Tem certeza, querida?" Mary parecia mesmo surpresa.
"Elas não são daqui. São... 'amigas' de Candid e Honest." Mônica deixou bem claro o tipo de amigas que elas eram. Pelo menos o que pareciam ser. Ficar depreciando as mulheres por talvez serem prostitutas era errado, mas ela estava muito magoada.
Mary acenou.
"Entendo. Você é linda, forte, alta e tem calda. Isso faz de você uma mulher especial, única, não devia se sentir mal por causa da opinião dos outros. Veja o meu Lash: ele tem os traços mais... Bom, ele não é como Vengeance, por exemplo que até poderia viver no meio dos humanos se quisesse. Ou o seu Bestial. Mas ninguém nessa Reserva é tão forte ou mais imponente que ele." Ela disse. Lash apareceu na sala segurando uma bandeja repleta de comida, colocou na mesinha de centro e beijou a boca de Mary.
"Ninguém?" Ele perguntou com um sorriso. Ela negou com a cabeça, ele a beijou de novo.
"Pai!" O filhote reclamou.
Mônica sorriu, ela estava se sentindo melhor, ainda que agora, ela parecia uma boba.
Lash foi até a janela e sorriu para Mary.
"Mais visitas, vou trazer mais comida." Ele disse saindo da sala.
O filhote abriu a porta, Rebbeca passou correndo e se jogou sobre Mônica no sofá, quase derrubando Mônica e Mary no chão. Mary gritou e se levantou do sofá, indo para trás de seu filhote.
"Mary!" Lash apareceu correndo com um bule nas mãos e um pote de biscoitos na outra.
"Tudo bem, tudo bem, é só a outra." Mary disse, mas segurou na mão de seu marido com força.
Honest e Candid também entraram, Honest tinha um olho roxo, Candid estava um pouco descabelado e com um hematoma no queixo.
"Rebbeca deu um jeito." Rebbeca disse acariciando o rosto de Mônica. "Fêmeas feiosas não voltam." Ela disse olhando feio para Candid. Ele deu de ombros e sorriu.
"Eu... Bom, acho que ainda não estou pronta para mostrar minha calda. Ela é..." Defeituosa, horrorosa? Mônica suspirou. Ela não devia se sentir mal com o olhar dos outros, mas se sentia.
"Molly e Kat não fizeram por mal, Mônica. Elas nunca tinham visto uma fêmea com calda, só o Leo, mesmo assim só de longe." Candid se ajoelhou ante ela. Mônica não olhou nos olhos dele, ela estava envergonhada.
"Eu não devia ter corrido, só fiquei parecendo uma boba." Ela disse.
"Bom, vamos comer, então? Candid esse é o queijo que seu pai sempre pede, prove." Lash disse, tentando animar o ambiente.
Mary se sentou numa cadeira, ela segurava a mão de Lash com força, olhando para Candid e Honest com um certo receio. Se o que diziam era certo, ela tinha medo de animais, principalmente os grandes. Candid e Honest já deviam medir quase dois metros, eram fortes e musculosos. Lash a colocou em seu colo, o filhote deles se sentou no chão, aos pés da cadeira que estavam sentados. Ela sorriu.
"Sim, esse queijo está muito bom." Candid disse.
Rebbeca comeu, mas não muito, ela olhava para Mônica, ela queria ir embora. Mônica estava paralisada no sofá, não queria se levantar, iam olhar para a calda dela. Depois de comerem uma segunda rodada de queijos, doces e biscoitos, falando amenidades, Candid e Mary eram quem falavam na maior parte, Honest se levantou. Ele estava sério, alguma coisa incomodava ele.
"Nós temos de ir. Tio Lash, foi um prazer, obrigado pela acolhida tão amável, ainda mais depois de invadirmos suas terras." Ele disse, um tanto formal na opinião de Mônica.
"É um prazer, Honest. Diga a seu pai que Stylet ainda tem interesse em sua irmã, e lembre-o de que meu filhote é muito mais respeitador que o filhote exibido de Slade. Eu só não fui partir a cara dos dois, quando o tal médico machucou meu filhote por que Mary me impediu." Ele disse com a cara fechada.
"Nenhum de nós apoia o namoro dos dois, tio. Mas Violet é uma cabeça dura, eu nem imagino o que ela viu em Florest. Mas parece apaixonada por ele, então..." Candid completou.
"E a outra? Blade disse que ela está na força tarefa, eu fiquei surpreso. Seu pai não tem medo? Eu não deixaria, humanos são muito maus." Lash perguntou a Honest. Mônica olhou para ele, o ponto que Lash levantou era válido. Fêmeas Novas Espécies eram poucas, parecia meio arriscado Daisy sair em missão.
"Ela está apenas em treinamento, não participa das missões." Candid explicou.
"Eu acho muito legal. Ela deve ser durona." Mary disse com um sorriso.
"Vocês nem fazem idéia." Candid sorriu.
"Vamos?" Rebbeca perguntou, Mary sorriu para ela.
"E seus filhotinhos? Eles gostam do nosso leite?" Rebbeca se aproximou e beijou Mary nos lábios, Mary pulou.
"Obrigada, leite bom." Ela sorriu. Mary também sorriu, ainda que com os olhos receosos.
Eles esperavam Mônica se levantar, ela respirou fundo e se ergueu do sofá. Eles saíram em fila pela porta, Mônica ficou por último.
Depois de descerem a colina em que a casa ficava, Rebbeca começou a correr, os irmãos a seguiram, Mônica se deixou ficar para trás e foi a última a chegar na casa delas. Bestial estava lá.
Mônica entrou na sala, Candid estava sentado bem a vontade no sofá, com um sorriso no rosto observando Bestial se esticar em toda a sua altura e se aproximar de Honest.
"Por que está aqui de novo?" Ele perguntou, depois olhou para Mônica, seus olhos reparando na calda dela.
"Estou ajudando Rebbeca, esqueceu? E não sabia que eu não podia vir aqui." Honest disse.
"Bestial?" Mônica o chamou, ele deu as costas para Honest e tocou no rosto dela. Mônica cheirou a mão dele, a vontade de chorar veio. Ela queria contar, ao mesmo tempo que não. Ela queria o abraço dele, mesmo que ele achasse que ela se fez de boba para as humanas.
"O que aconteceu?" Ele perguntou baixo, ela engoliu em seco. Estava dando muita importância ao fato, ela sabia, estava sendo insegura, infantil até, mas...
"Vem cá." Ele a pegou no colo e a levou para o quarto deles. Bernie estava na sala com Fred.
"Bernie vai querer dormir daqui a pouco." Ela disse, ele acenou, saiu do quarto e voltou com o filhote deles.
"Vamos dar um pouco de carinho para a mamãe, Bernie?" Bestial perguntou ao filhote, eles se deitaram os três na cama, Bernie entre eles.
"Eu te amo, mamãe." Bernie disse, com os olhinhos sérios, alisando o rosto de Mônica, fazendo todo o episódio vergonhoso de ter corrido por causa de uma pergunta boba, virar fumaça.
"Eu te amo também, meu bebê." Mônica respondeu, Bernie escondeu o rostinho no pescoço dela, Mônica deu de cara com os olhos azuis escuros de Bestial.
"Eu fui uma boba hoje, eu saí com minha calda a mostra e..." Ele a beijou com carinho, muito carinho, tanto que ela sentiu vontade de chorar, não de tristeza, ou de vergonha, mas por causa do sentimento que inundou o peito dela, um calor, um bem estar tão intenso que ela suspirou.
Ele continuou a beijando com o mesmo carinho e reverência fazendo Mônica ansiar para que Bernie dormisse logo. Ela queria muito mais dele que só os beijos.