CAPÍTULO 9

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Mônica fechou os olhos, mas Bestial se levantou e isso a impediu de se deixar levar pelo sono que ela sentia pesando suas pálpebras. Ela não sabia ainda como se portar, por que foi dolorido e prazeroso, sua vagina agora latejava, mas só de pensar naquele homem enorme, lindo e perfeito dentro dela, a boca as mãos a tocando, ela se excitava. Ainda doía um pouco, muito pouco, mas ela tinha receio de que doesse mais se eles fizessem de novo.
E havia Rebbeca. Ela se preocupava, pois o cio dela ainda duraria esse resto de dia e toda a noite.
Bestial voltou para junto dela e se sentou na cama, tocou seu rosto com carinho.
"Eu já disse que Rebbeca está bem, Mônica. Você tem de descansar." Ela acenou.
"Posso fazer uma coisa?" Ele perguntou olhando para a calda dela. Ela assentiu segurando a vontade de sair correndo. Só o monstro e Dean tinham visto sua calda, o primeiro a humilhava e diminuía sempre que podia e tinha sido responsável por sua calda ser defeituosa. Dean, sempre a olhava com pena nos olhos.
Mônica se deitou de bruços e esperou ele tocar em sua calda, o coração disparado. Ela fechou os olhos e pulou ao sentir a boca dele lhe mordendo de leve uma nádega.
"Desculpa, eu não resisti." Ele lhe tocou a calda de leve, correndo a mão por todo o cumprimento, inclusive pelas curvas que os pontos quebrados formavam. Ela se excitou, como se um vulcão explodisse dentro dela, quando ele alisou a base da calda que se formava logo acima de sua bunda. Ele inspirou, sentiu a excitação dela e rosnou baixinho.
"Isso excita você?" A voz baixa estava grave, diferente.
"Sim." Mônica respondeu. Ele continuou alisando sua calda na base e lhe introduziu um dedo por trás.
"Está dolorida ainda?" Ele perguntou.
"Não. Eu não sinto dor, estava latejando, um pouquinho dolorido, mas agora com o seu..." Ela disse, apertando sua vulva contra a mão dele.
"Com o meu dedo? Fazendo isso?" Ele mexeu com o dedo dentro dela. A voz dele estava muito diferente, muito grave, muito sensual. Mônica fechou os olhos com força. Ele estava com dois dedos dentro dela, com o polegar bem sobre o seu clitóris, e com a outra mão, ele apertava a base de sua calda. Ela rosnou.
"Me deixa entrar em você de novo, Mônica. Eu vou devagar." Ele implorou e nesse momento, todo o medo de rejeição, de ser humilhada, ou desprezada, se evaporaram de dentro dela. Aquele macho íntegro, bonito e poderoso a queria e a ponto de implorar.
Ela virou a cabeça, os olhos dele estavam mais azuis, mais intensos, ele a encarou, parecia outra pessoa. Mônica assentiu com a cabeça, ele lhe colocou de quatro, ela fechou os olhos quando a boca dele lhe lambeu a vulva por trás, uma, duas, várias vezes longamente, desfrutando dela, vibrando a língua contra seu clitóris em cada lambida. Mônica estava quase se deitando de bruços de novo, o prazer que aquela língua lhe despertava era arrasador, de fazer suas pernas bambearem. Mas ele parou, Mônica foi envolvida por seu corpo grande e poderoso, ele lhe mordeu a nuca e puxou seu rosto de lado, a beijando enquanto a invadia com o pênis, num movimento firme.
"Aaaaahhhh..." Ele balbuciou como se fosse impossível dizer alguma coisa com clareza, mostrando que sua mente estava dissolvida no prazer de estarem ligados. Ele se moveu, pra trás, saindo dela e para frente, voltando para dentro dela, esse simples movimento balançando Mônica com a força das sensações que a tomaram. E ele fez novamente. E de novo. Mônica o recebia e rosnava a cada estocada, a bunda dela se encontrava com a pélvis dele com força. Bestial rosnou e a firmou com os dentes no ombro, enquanto entrava e saía cada vez mais rápido e mais forte. Mônica sentiu o clímax se formando, mas dessa vez era diferente, a sensação vinha do fundo de sua vagina e também de seu clitóris, era algo mais intenso, ela rugiu, assim como Bestial também uivou.
Eles ainda ficaram imóveis por alguns segundos, o prazer os envolvendo, os marcando como uma unidade, seus corações batiam descontrolados e no mesmo ritmo.
Ela foi arriando o corpo, ele ainda dentro dela e sobre ela, mas ela não era frágil, na verdade, se pudesse, Mônica o prenderia dentro dela ao invés do inchaço dele os prender. Ele lhe beijou onde mordeu, lambendo, tinha rompido a pele.
"Me desculpa, eu perdi o controle." Ele disse, ela balançou a cabeça negando.
"Você foi carinhoso, não me machucou." Ela disse. Ele saiu dela, devagarinho, Mônica sentiu um pesar em seu peito, uma solidão. Era irracional isso, ele ainda estava ali.
"Vamos tomar um banho? Vai te fazer bem." Ele a pegou no colo e foi até o banheiro, a deixando sobre seus pés, dentro do box. Bestial ligou o chuveiro, Mônica ficou debaixo do jato de água, ele lhe Ensaboou o corpo, com carinho, ela sorriu, ele a beijou. Mônica o beijou de volta, era uma delícia beijar aquela boca enquanto a água quente corria por seus corpos.
Ele lhe acariciou as costas e lhe apertou contra o membro dele, ereto, enorme. Bestial desligou o chuveiro e a suspendeu, usando a parede para firmar o corpo de Mônica, ela lhe envolveu com as pernas, ele a penetrou. Mônica rosnou e tomou aquela boca deliciosa, beijando, sugando e mordiscando aqueles lábios grossos, enquanto ele arremetia contra ela devagar, mas firme. O ritmo era delicioso, Mônica o apertava com as pernas, Bestial rosnava entre os beijos. Ela o mordeu no ombro, tal ele fez com ela, Bestial aumentou a velocidade, suas mãos agarradas cada uma em uma nádega, apertando com força.sua calda estava pra baixo, o frio dos azulejos em sua base, era um ponto de excitação a mais. Ela se esfregava contra ele, o pênis dele cutucava seu útero, totalmente abraçado pelos músculos vaginais dela, gerando calor e prazer, de tal forma que ela gemia descontrolada, Bestial rosnava. O clímax os tomou, Mônica gritou. Bestial mordeu o outro ombro dela, também rompendo a pele. Ele continuou segurando Mônica contra a parede, o inchaço em sua base fazia sua vagina convulsionar deliciosamente.
Ele a beijou, sugando seu lábio inferior com força, também rompendo a pele onde sua presa beliscou. Ela sentiu o inchaço ceder, mas seu pênis continuava duro.
Ele voltou a se mover, ela gemeu, mas doeu um pouco, ele estava mais intenso, mais descontrolado.
"Bestial! Bestial, está doendo." Ela disse segurando no rosto dele, seus olhos estavam meio desvairados.
Ele piscou várias vezes, diminuiu a força com que arremetia nela, mas não parou.
"Eu não posso sair. Eu não consigo, está muito..." Ele disse, ela se mexeu com ele, mesmo que ele ainda estivesse doendo, mas também havia prazer. Ele ora mexia com força excessiva, machucando, ora ia um pouco mais devagar, até que ele gozou uivando. Mônica suspirou. Foi bom, mas um pouco doloroso. Ele estava inchado, entalado nela e mesmo tendo sido um pouco mais brusco do que ela gostaria, ela sentiu de novo o estranho pesar quando ele finalmente os desacoplou.
"Eu... Me desculpe, eu perdi o controle. Você despertou um sentimento irracional em mim, foi como se eu quisesse absorver você, seu corpo, sua essência. Eu não vou fazer isso de novo." Ele disse, lhe dando as costas, ligando o chuveiro de novo e se ensaboando. Mônica também se ensaboou, se enxagou e saiu do box depois dele. Ela não sabia o que falar.
Ele vestiu cueca, calça jeans e camiseta, ela continuou enrolada na toalha, desanimada em vestir alguma roupa.
"O que foi?" Ele tocou no rosto dela, ela sorriu sem graça, ele lhe tocou a boca.
"Eu te machuquei." Ele disse triste.
O corte já tinha curado, não ficaria nem cicatriz.
"Eu também te mordi." Ele sorriu.
"Sim, e foi delicioso. Eu espero que você faça de novo." Ela olhou para a toalha.
"Eu quero ver Rebbeca." Ela disse ele acenou.
"Tudo bem, mas se vista." Ela olhou para o closet e para ele.
"Eu vou te esperar na sala." Ele saiu do quarto, Mônica começou o cansativo ritual de esconder sua calda. Ela já tinha prática, então não demorou. Vestiu uma calça jeans e uma camiseta. Ele usava sapatos, Mônica estava já acostumada a andar descalça como todos os outros Nova Espécie que ela conhecia.
Ela entrou na sala, ele abriu a porta para irem onde quer que Rebbeca estivesse.
Eles subiram no jipe, ele estava em silêncio, sério, compenetrado. Mônica queria dizer algo que quebrasse o silêncio, mas nada veio.
Ele saiu da estrada e continuou por uma estradinha, mas antes que ela identificasse onde iam, ela sentiu o cheiro de Isaac, de Jinx, de Jericho e também de Rebbeca. E outro, o cheiro de um macho, um macho que ela sentia seu cheiro nos outros, mas que não o tinha visto ainda. E cheiro de sexo.
"O que está acontecendo?" Ela perguntou, mas ele só parou o jipe, desceu e ela o imitou. Andaram alguns metros entre as árvores, até onde Isaac estava.
"Mônica! Graças a Deus! Você está mesmo bem, querida! Eu já estava em pânico! Três dias! Eu estava quase invadindo o hospital!" Ele disse abraçado a ela com força, Mônica viu nos olhos dele, o quanto ele teve medo.
"Três dias?" Ela olhou para Bestial, ele deu de ombros. Como assim três dias? Ela ficou sedada todo esse tempo?
"Você bateu a cabeça com muita força. Ficar de repouso ajudou a seu corpo, ou melhor o seu cérebro se recuperar. Se fosse humana, teria morrido." Ele disse e tinha razão, mas ela não gostou de ter sido enganada. Ele saiu do hospital dizendo que a levaria até Rebbeca, mas só a levou depois que eles...
Mônica foi andando em direção ao cheiro de sua irmã, ela poderia falar de seu descontentamento com Bestial depois. Ela chegou na uma cabana, uma bonita cabana, mas Jericho e Jinx a barraram antes de se aproximar mais.
"Eu quero ir até a minha irmã." Ele disse.
"Agora, não. Estamos fazendo a segurança dela, não se preocupe." Jericho disse.
"Esse cheiro, eles estão..." Ela deixou subentendido, ele confirmou com a cabeça.
"Mas se já fazem três dias, Rebbeca já saiu do cio." Ela se virou para Isaac.
"Sim, ela já deve ter saído, mas Dusky, bom, ele está com ela e eles não pararam de fazer sexo desde que ela correu para cá e ele a pegou." Isaac informou.
"O quê?" Ela perguntou dessa vez para Bestial.
"Mônica, ele não está machucando ela, estivemos aqui todo o tempo, ela está bem." Mônica o encarou.
"Você esteve aqui?" Ele não contou para ela que Rebbeca estava sendo mantida a força numa cabana, pelo contrário, assegurou que ela estava bem.
"Sim, eu e Isaac nos revezamos, estamos atentos, assim que pudermos a tiraremos de lá, ou..."
"Assim que puderem? Que porra de machos vocês são? O cio dela já acabou! Ela deve estar sofrendo, deve estar sendo abusada, violada, e vocês estão aqui, vigiando!" Ela tentou andar até a cabana, Bestial a segurou, nesse momento, Rebbeca rugiu, mas um som ameaçador foi ouvido junto do rugido dela. Mônica se debateu, dando um soco bem no peito dele, ele a apertou contra seu peito, ela o chutou, dando um coice com a perna para trás, mas ele aguentou firme.
"Ela está sofrendo!" Mônica gritou.
"Ela está gozando. Meus ouvidos já estão fartos desse som. Eu daria tudo para não estar aqui!" Ele disse, isso enfureceu Mônica ainda mais, ela esperneou nos braços dele, mordeu suas mãos, lhe deu uma violenta cabeçada, ele não a largou.
"Bestial!" Jericho se aproximou, mas ele rosnou:
"Não toque na minha fêmea!" Mônica sentiu o coração parar uma batida, depois disparar com as palavras dele, mas outro guincho ainda mais assustador foi ouvido, ela se desesperou, rugiu, mordeu, socou e chutou Bestial.
"Me larga! Eu vou acabar com isso agora! Seus idiotas! Por que não entram lá?" Ela estava toda descabelada, suada e furiosa.
"Por que Timber entrou e agora ele está no hospital. Dusky não é normal. Estamos aqui apenas esperando. Já lançamos gás, já tentamos entrar pelo telhado, ele a prende no quarto e neutraliza nossos ataques." Mônica rosnou de raiva. Sua irmã estava sendo mantida prisioneira!
"Precisamos fazer alguma coisa." Ela disse parando de lutar. Bestial ostentava um olho roxo e foi ela que fez aquilo, ela respirou fundo, arrependida, pois seu arroubo de raiva não adiantou nada. Mas não ia pedir desculpas. Ele mentiu para ela, Rebbeca não estava bem!
"Peça para Rebbeca sair. Achamos que se ela quiser ir embora, ele deixará." Bestial fez sinal para Jericho, ele estendeu um mega fone.
"Ela pode nos ouvir, isso vai machucar nossos ouvidos." Ela disse ele acenou. Talvez isso fizesse Dusky recuar.
"Beck?" Ela disse, todos taparam os ouvidos. Os ouvidos dela doeram. Mônica falou mais baixo então:
"Querida? Vamos pra casa! Fred está sentindo sua falta. Beck, está me ouvindo?" Ainda que falou mais baixo, seus ouvidos ficaram incomodados.
A cabana ficou em silêncio.
"Macho bonito cuida de mim." Ela ouviu Rebbeca dizer. Mônica arregalou os olhos, Bestial suspirou, balançando a cabeça.
"Beck? Vamos embora. Fred está chorando." Ela disse, culpada por mentir.
"Tragam Fred. Vocês tem dez minutos." Uma voz ameaçadora disse de dentro da cabana.


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