Bestial acordou, dois dias depois do estranho episódio no churrasco do zoológico, mas não abriu os olhos ou se mexeu. Mônica e Isaac conversavam por sussurros. Ele os ouvia claramente, mas eles fazerem isso o incomodou.
"Ainda não falou com Simple?" Mônica perguntou. Bestial se forçou a ficar imóvel. Os sentidos dela eram muito bons.
"Não. E não sei se devo falar. Eu fiz uma promessa, Mônica." Ele respondeu.
"Se pode fazer mal a alguém, você tem de falar, esse alguém pode ser os nossos filhotes." Ela disse. Bestial concordava com ela.
"É exatamente por isso que não sei se devo falar. Mamãe está fora de alcance, você sabe disso. Não consigo ver motivo para contar sobre os outros."
"Pare de chamá-la de mamãe, ela não é a sua mãe." Mônica disse seca.
"Ela é, você sabe disso, Mônica. Eu sei que é difícil pra você aceitar, mas eu vejo mérito no que ela quer fazer. Nosso povo foi humilhado demais, maltratado demais. Eu mataria soldados humanos sem pensar duas vezes. Um exército nosso aniquilaria milhares deles num segundo."
"Mesmo se o outro lado tivesse soldados aprimorados? Ou balas que retardam a cura? Deixe de ser um idiota, Isaac." Bestial estava surpreso com esse novo Isaac, tão diferente do Isaac que ele conhecia no dia a dia.
"Os soldados não são páreo pra nós, nunca foram. Evan nos deu os melhores dele, Vengeance e Peter acabaram com três na velocidade de uma piscadela. As balas só fazem efeito se ficarem muito tempo no corpo e há as drogas de Gabriel, o sangue de Vengeance, etc, maninha. Mas eu decidi me recolher a minha insignificância por amor a vocês." Ele disse.
"Mas se ela conseguir de alguma forma incitá-los a lutar..." Mônica deixou para ele completar:
"Eu estarei na primeira fila. Mas conhecendo-os como eu conheço, acho que mamãe perdeu essa. Eles são muito puros. Justice é um pacificador, o seu Bestial, bom, ele tem muita violência represada, mas não passa disso. Vengeance está aposentado, como ele mesmo diz."
"Bestial é bom. Ele tem essa bondade inerente deles. Eu e ele..."
"Ah, mana! Eu fico muito feliz por você ter alguma felicidade em sua vida, mas quando sua filhote nascer... Bom, ele até pode ser enganado, mas os médicos daqui não. Eles fazem teste de DNA. Florest é bom, muito bom mesmo. E Honest..." Bestial sentiu um frio na barriga, do que eles estavam falando?
"Hills é meu pai." Mônica disse, a voz dura, sem paixão. Cruel?
"Ah, querida! Eu sabia que você cairia em negação. Bom, mas vamos mudar de assunto. Eu não quero falar de Adriel, eu prometi e isso poderia acender algum alarme e eles poderiam ficar no meu pé. Você não quer isso, quer?" Bestial estava com o corpo em chamas. Do que eles estavam falando?
"Minha filhote é minha e de Bestial, será isso que o teste de DNA vai mostrar." Isaac riu.
"Bom, eu não me apegaria muito a ela se fosse você. Provavelmente será como os de Rebbeca, muitos morreram até Josh nascer." Ele disse, havia uma maldade na voz dele, Bestial estava em choque.
"Ela vai viver, é minha filhotinha!"
"Parece que você não escutou nada do que eu disse. Bom, eu lavo minhas mãos. Rebbeca já deve estar voltando da cabana de Dusky, você não quer aproveitar Bestial mais um pouco? Se os filhotes acordarem eu fico com eles." Ele voltou a falar como sempre, Bestial estava por um fio ali na cama, seus instintos gritando para confrontá-los.
"Ah, e você passou mais tempo com os trigêmeos do que eu, você acha que Simple bebia mesmo daquele jeito?" Isaac disse. A voz estava calma controlada, diferente da voz seca, do tom maldoso.
"Como assim?" Ela perguntou.
"Bom, eu sei que Candid não está na Europa, eu adoraria saber onde ele está, mas Simple fez uma coisa ontem que eu achei estranha." Bestial continuou em alerta.
"Ele jogou quase uma garrafa de uísque inteira num dos vasos da sala de controle. Você acha que ele finge que gosta de uísque?" Isaac perguntou, Bestial queria ouvir mais dessa Mônica, queria deixar ela falar e tentar descobrir sobre o que eles falavam, e o que a filhotinha deles tinha a ver com essa história.
"Ele bebe, Jocelyn é uma boa bebedora, ela gosta de cerveja bem gelada, eu já vi ele e ela tomarem muita cerveja, como se fosse água." Mônica disse. Bestial também já tinha reparado que Simple gostava de beber.
"Não disse cerveja, idiota. Eu falo de uísque." Bestial se mexeu, não conseguiu evitar, ele chamou Mônica de idiota!
Logo ela aparecia no quarto, Bestial se levantou segundos antes e se refugiou no banheiro. Ela bateu na porta, Bestial tinha trancado.
"Bestial? Vai sair? Isaac vai dar uma olhada nos filhotes." Ela disse com voz sensual, mas ele estava além de qualquer controle.
"Não vou demorar." Ele disse e a ouviu sair do quarto.
O que significava tudo aquilo? Isaac e Mônica pareciam outra pessoa. O que ele quis dizer com a filhotinha deles nascer e descobrirem? Descobrirem o que?
Ele tomou banho, saiu do banheiro e se vestiu aproveitando que Fred tinha acordado e Rebbeca não estava lá.
Ele ouviu o bebê chorar e ouviu Mônica tentar fazer com que ele calasse a boca, Bestial aproveitou e saiu sem falar nada com ninguém.
Ele não sabia direito para onde ir. Mas precisava encontrar alguém com quem pudesse conversar. Será que alguém naquela reserva poderia lhe dar algum tipo de conselho? Mas quem?
Bestial se lembrou do seu amigo Brass e se dirigiu para a casa dele. Chegando lá, Bestial chamou, Brass o autorizou a entrar com um rosnado e ele viu que Brass se encontrava às voltas com seus filhotes, os gêmeos. Ele parecia estar lhes ensinando algum dever ou lição. Bestial ficou um tempo olhando-os e pensando se um dia ele estaria no lugar de Brass ensinando algum dever a sua filhotinha. Ele esperava muito que sim! Mas depois da conversa que ouviu entre Mônica e Isaac ele não tinha tanta certeza.
"Pai, eu já disse que não é assim que faz!"
"Se não é assim, como é então?"
"Se eu soubesse não estaria te pedindo ajuda!" Brave disse meio rosnando, Brass suspirou:
"Onde está sua mãe?" Brass perguntou.
"Sabe que ela disse que quando chegar quer que essa lição seja pronta, não sabe, papai?" O outro, Gift disse.
"Mas onde ela foi?" Brass estava muito agitado, nem parecia o seu amigo calmo e controlado.
"Ela foi ver o vovô, sabe como ele gosta dela." Gift disse com a voz um pouco triste. O vovô estava nas últimas, era uma tristeza, Bestial pensou, pois ainda que não morasse na reserva e não tivesse convivido com o vovô, ele sabia o quanto seu amigo Jericó iria sofrer quando o vovô finalmente morresse.
"Bom, vamos começar do início." Brass disse separando algumas folhas de papel.
"Não pai, essas eu já fiz." Brave disse com voz cansada. Bestial o entendia, ele estava cansado só de ouvir a conversa.
"Mas é exatamente igual às outras! matemática é assim, você faz uma e todas as outras são exatamente iguais a primeira." Bestial acenou concordando com o amigo. Brass precisava de apoio.
"Não pai! Essas são diferentes." Brave disse. Gift olhava tudo com um sorrisinho no rosto.
" Então vamos fazer as diferentes." Brass separou os papéis.
"Mas é o que eu pedi para você me ajudar desde o início, pai! Você não está conseguindo!" Brass rosnou, olhou para Bestial e disse:
"Acha que consegue ajudar?" Ele perguntou, os olhos cheios de esperança.
"Nem se a minha vida dependesse disso." Bestial nunca gostou muito de matemática.
"Gift, ajude seu irmão que eu vou falar com Bestial. Ele está precisando de mim." Bestial achava que só vendo a confusão que seu amigo estava, já significava que ele não poderia ajudá-lo.
"Mas eu também não sei!"
"Como fez a sua, então?"
"A minha não é igual a dele." Gift disse, Brass suspirou.
"Por que não? Vocês são gêmeos, tem de aprender a mesma coisa!" Brass estava exasperado.
"Por que eu tive que voltar, tinha uma coisa impossível de aprender!" Gift disse puxando os cabelos. Brave sorriu.
"Diz que você é mais burro que eu e pronto."
Brass rosnou.
"Pare com isso, seu irmão não é mais burro que você." Ele disse.
Brave sorriu o sorriso de Sophia e disse para o irmão:
"É sim!" Gift rosnou como Brass e replicou
"Não sou!" Brave riu dessa vez ao dizer:
"É sim!" Gift voou sobre Brave, a mesa tombou, Brass se viu no meio dos dois, Gift estava com uma mão nos cachos de Brave, Brave segurava uma orelha de seu irmão com as garras.
"Parem!" Brass rosnou, foi como se não tivesse dito nada. Bestial correu de lá, afinal Brass não sairia dali por um bom tempo.
Bestial sempre ouviu dizer que Vengeance era um bom ouvinte então foi até a casa dele. Quem abriu a porta foi Marianne ela estava de saída, então só indicou o caminho da cozinha. Bestial foi até a grande cozinha pensando no fato de Marianne estar totalmente impregnada no cheiro de Vengeance, de tal forma que o cheiro dela estava muito parecido ao dele, como se o DNA dela fosse o mesmo de Vengeance. Ele e Mônica estavam longe disso.
"Vengeance." Ele disse parando próximo da bancada em que Vengeance cortava uma carne de cor clara. Seria frango?
"Bestial." Ele disse e continuou cortando, nem levantou a cabeça. Bestial ficou um pouco sem jeito.
"Aqui." Harrison apareceu na cozinha e colocou um caderninho e uma caneta na bancada ao lado da tábua onde seu pai cortava a carne.
"Pra quê isso?" Vengeance parou de cortar a carne. Harrison pegou alguns bifes e colocou na boca.
"Precisa de sal." Harrison disse mastigando.
"Por que ainda não temperei! Não pegue mais nenhum. E eu não preciso desse papel." Vengeance cortou mais um bife.
Harrison pegou mais um bife rapidamente, Bestial quase não viu a mão dele se mexer, colocou na boca e disse ainda mastigando:
"Se tivesse anotado da última vez, não estaria a dois dias tentando replicar."
"Eu não preciso anotar. Preciso que você pare de comer os bifes." Vengeance disse.
"Admita que ficou gostoso por acidente e me deixe comer esse frango antes que você estrague tudo." Harrison disse, Vengeance o ignorou e se voltou para Bestial:
"Posso ajudar? Quer dizer, isso é uma pergunta retórica. Eu não quero te ajudar." Vengeance cortou mais três bifes, Harrison roubou mais um, ele rosnou.
"Vá buscar as batatas na dispensa." Harrison saiu pela porta correndo, Vengeance cortou cinco bifes correndo colocou numa vasilha e escondeu dentro do microondas.
"Fale, Bestial." Ele disse, cortando mais bifes.
"Onde arrumou tanto frango?" Bestial não gostava muito de frango, ele preferia carne vermelha, mas o cheiro da carne o lembrou de que não tomou café da manhã. Vengeance destampou uma panela cheia de bifes mal passados e ligou o fogo. Bestial se sentou numa banqueta e ficou observando ele cortar outros bifes.
Harrison apareceu e colocou um pacote de batatas fritas daquelas redondas na bancada, ele tinha aberto um pacote e estava comendo.
"Quantos pacotes de batata há na despensa?" Vengeance perguntou.
"Só esses dois." Harrison pegou mais um bife.
"Então, me dá aqui, eu posso precisar." Vengeance tomou o pacote da mão do filhote, rapidamente.
"Se tivesse anotado saberia a quantidade exata." Harrison abriu o microondas, pegou a vasilha de bifes, o pacote fechado que estava na bancada e saiu correndo da cozinha.
"Harrison!" Vengeance o chamou, Bestial percebeu que ele correu para longe.
"Peste!" Vengeance disse. Bestial ficou na dúvida se Brave e Gift eram mais levados que Harry.
Vengeance tirou uma vasilha cheia de bifes do forno e cortou mais alguns bifes.
"O que está cozinhando?" Bestial perguntou depois de cortar um dos bifes que Vengeance o serviu. Estavam muito bem temperados, ele gemeu de prazer.
"Está muito bom, parabéns! Parecidos com os de Candid." Antes de irem atrás dos humanos, Honest e Candid jantaram com eles, Candid foi para a cozinha e Bestial comeu os melhores bifes que ele jamais tivesse comido.
"Não fui eu que fiz, foi Harry." Vengeance franziu o nariz. Bestial comeu os bifes em seu prato e olhou para a panela, Vengeance rosnou, mas colocou o restante no prato dele.
Bestial comeu, e lambeu os lábios depois.
"Agora, fale! Eu estou ocupado." Vengeance resmungou.
"Eu ouvi Mônica e Isaac conversando hoje cedo. Achavam que eu dormia, ela estava diferente, ela falou sobre a nossa filhotinha, eu não sei o que fazer." Bestial disse, Vengeance cortava bacon agora, seus olhos fixos na faca. Ele fez um barulho estranho, Bestial achou que era algo como 'comtinue', ele continuou:
"Eu a amo. Muito. Eu acho que estou vinculado! Mas primeiro foi a calda. Agora é essa conversa! E se..." Ele não continuou. Mônica talvez tivesse um motivo para conversar com o irmão sobre algo que Bestial não soubesse. Talvez não fosse nada demais.
"Eles falaram de Samantha, dos planos dela, Isaac disse que estaria na primeira fila numa guerra contra os humanos. Ele também falou que somos pacifistas. Falou que você se aposentou." Vengeance franziu a boca, mas continuou tentando cortar pedaços iguais de bacon sem sucesso.
"Ela falou sobre Hills ser pai dela e Isaac riu dizendo que se ela quisesse se enganar, que fosse. Isso foi muito estranho." Vengeance continuava cortando o bacon.
"E Isaac disse que quando a nossa filhotinha nascesse iam saber. Disse que ela podia me enganar, mas que os médicos iam saber. Sabia que ia médicos fazem testes de DNA nos filhotes que nascem? Eu nem sabia disso!"
"Eles testam o DNA para especificarem a proporção do DNA nova espécie e do humano. O Nova Espécie é dominante, mas há uma proporção única em cada um de nós." Uma vozinha disse, Bestial olhou para a direita e viu Peace.
"Duzentas pratas, papai." Ele colocou um monte de batata frita na boca.
"Ganhou de quem?" Vengeance perguntou.
"De Storm e Tempest, juntos." Vengeance rosnou.
"Bateu nos seus sobrinhos?" Vengeance perguntou.
"Torrent apostou cem dólares. Eu me senti desafiado." Peace disse colocando mais batatas na boca.
"Pare de comer minhas batatas só tem esse pacote." Vengeance tomou o pacote das mãos dele.
"É uma pena que Grace sabe de tudo. Não vou poder usar isso contra aquele molenga." Vengeance suspirou. Peace pegou um dos cortes de bacon.
"Grace apostou dez dólares." Vengeance balançou a cabeça.
"Você está fedendo. Vá tomar banho." Peace saiu da cozinha pela porta dos fundos. Da janela, Bestial viu ele tirar a roupa, pular na piscina, se esfregar, sair e se enrolar numa toalha.
"Sua mãe diz que isso não é banho." Vengeance tentava enrolar os bifes de frango sobre o bacon.
"Assim como ela diz que eu não devo lutar por dinheiro." Ele pegou um bife de frango, um pedaço de bacon e conseguiu fazer um rolinho perfeito.
"Se fosse pra você fazer eu não ficaria toda a manhã aqui, sai!"
Peace revirou os olhos, tentou pegar o pacote de batatas fritas, mas Vengeance desviou o pacote das mãos dele.
"Só tem esse!"
"Não, tinha dois hoje de manhã. Harrison comeu um inteiro sozinho, não me deu. Sobraram dois." Ele disse.
"Vá se vestir. Bestial vai ter uma filhote, se vir seu pau não vai deixar você chegar perto dela."
"Como se eu quisesse!" Ele disse. Vengeance se virou, ele pegou o pacote de batatas e correu.
"Peste!" Vengeance olhou para a bagunça na cozinha, para os pedaços de frango, de bacon, os pratos do café da manhã. E suspirou.
"Vamos sair daqui." Ele disse juntando o frango com o bacon numa grande vasilha e guardando na geladeira.
"Peace, vinte pratas se limpar a cozinha." Ele disse saindo pela porta da cozinha.
"Eu sou um lutador. Lutadores não limpam cozinhas."
"Limpe a cozinha ou conto pra sua mãe que você está lutando. De novo." Vengeance disse.
"E eu conto que você sabe." Peace replicou, Vengeance sorriu.
"E nós vamos brigar, fazer sexo de reconciliação e você vai ficar de castigo. Por favor, conte!" Bestial ficou olhando eles conversando sem estarem se vendo.
"Peter vive me chamando pra morar com eles. Lá não vou ter de limpar sua bagunça." Peace ainda reclamou.
"Mas vai ter de trocar as fraldas de Alícia." Vengeance disse.
"Sai logo daqui, papai." Peace disse, Vengeance riu e saíram correndo. Bestial se arrependeu de ter ido na casa de Vengeance, foi pior que na de Brass. Eles tomaram o caminho do zoológico, logo chegavam a área de convivência, Simple estava lá teclando algo num laptop, uma garrafa de uísque ao lado. Bestial se lembrou da conversa de Isaac e Mônica sobre o hábito de beber de Simple. Ele encheu o copo e o virou de uma vez.
"Oi." Ele os cumprimentou como sempre fazia e estendeu o copo para Vengeance, ele negou.
Bestial aceitou o copo, a conversa lhe deixou curioso. Humanos bebiam uísque, Novas Espécies também podiam beber, por que não?
Porque o gosto era horrível! Bestial começou a tossir, Simple e Vengeance riram. Depois do acesso de tosse e de enxugar os olhos, Bestial tomou toda uma caixinha de leite, jurando que nunca mais colocaria aquilo na boca.
"Mônica é mesmo filhote de Hills?" Vengeance perguntou de chofre, Bestial tomou um susto, Simple só o olhou. Eles se encararam por um tempo, Simple suspirou.
"Não." Ele disse, enchendo o copo e estendendo para Bestial. Dessa vez ele não tossiu.
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BESTIAL
Fiksi PenggemarO que de errado poderia acontecer em duas semanas? Foi o que Bestial pensou ao ter de ficar no zoológico da Reserva por causa de uma reportagem. Era por uma boa causa, não tinha nada a ver com os lindos olhos azuis de uma determinada fêmea. Bestial...