Professora Da Minha Filha [Concluído]

17 | ALGO DE BOM?

Achei que o dia seria melhor quando eu acordasse, porém me sinto no fundo do poço, como se as coisas estivessem se acumulando, até não conseguir mais... Soltando uma respiração pesada me sinto sufocada, com essa vida, com o que tenho, e por não saber ao certo quem sou, as palavras do Jean foram duras, por algum tempo acho que merecia ouvir, não sei o que me passou pela cabeça, o Richard acaba facilmente com meu da raciocínio.

Tudo que ocorreu ontem me preocupa ainda mais, não paro de pensar no que o Jean irá determinar que eu faça, me sentando na cama sinto como se eu não tivesse mais lágrimas, para mais um dia levanto, com a certeza de ter que ser forte, minha mãe não tem culpa dos erros do meu pai, muito menos dos meus!

Indo até o banheiro decido tomar um banho gelado de cabeça, torcendo para que eu sinta algo diferente ou que por um momento eu esqueça tudo.

Após sair do banho, volto para o quarto escolho o que vestir, quando escuto, outra voz conversando com a minha mãe, abrindo devagar a porta do meu quarto, espio.

- Droga! - Digo em voz alta por reconhecer o Richard na porta.

O que ele está fazendo aqui?

Enquanto me pergunto sou forçada a agir rápido, não posso colocar tudo a perder, não serei capaz de lidar com mais esse problema.

Corro até o armário, procuro uma uma roupa o mais rápido possível, quando me olho no espelho, vejo as marcas em meu ombro e pescoço, resultado da noite passada, corro novamente, procurando minhas roupas de inverno.

toc toc toc

- Filha, tem um moço querendo falar com você.

- Avise que já estou saindo, mãe.

Derrubado todas as roupas, sinto um grande alívio quando encontro, uma blusa de gola, com mangas longas, visto o mais rápido que consigo, passo os dedos sobre os fios, organizando, em parte o desastre da minha aparência.

Respirando profundamente eu saio...

Passando pelo quarto da minha mãe,  vejo apontar para a sala, como se indicasse que o Richard estivesse lá.

Indo até lá, meus olhos registram ele me esperando com certas expectativa, ao perceber que estou perto ele me olha, se aproximando devagar percebo que ele está com uma sacola em mãos, também me aproximo.