06 | NAVALHA

1K 100 199
                                    

Sendo confrontada pela sua pergunta, inicialmente busco uma resposta concreta, que faça o mínimo de sentido para ele, na verdade esse objeto tem apenas um valor simbólico para mim, vejo por aí muitos que possuem chaveiros, colares, ou algo do tipo...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sendo confrontada pela sua pergunta, inicialmente busco uma resposta concreta, que faça o mínimo de sentido para ele, na verdade esse objeto tem apenas um valor simbólico para mim, vejo por aí muitos que possuem chaveiros, colares, ou algo do tipo, como um amuleto da "sorte" digamos que esse seja o meu, além do mais sinto constatemente que estou no gume da navalha, tendo que viver por um fio a todo instante.

Respiro fundo antes de falar...

- Você está pálida, venha, sente-se aqui. - Fala me trazendo para dentro do escritório.

Me sentando no sofá ele mantém sua atenção para mim, pegando minha bolsa o vejo guardar o objeto cortante.

Passo com as mãos sobre a testa, estou nervosa, agitada, realmente não estou sabendo lidar.

Ele segura minha mão, olha em meus olhos nesse momento.

- Você não precisa me dizer nada, desculpe pela forma que pressionei você a falar, só achei um pouco estranho. - Diz enquanto se levanta.

Observo ele vestindo sua camisa, sinto que preciso falar algo ou então ele poderá imaginar coisas ruins ao meu respeito, mas por algum motivo quero manter uma boa impressão.

- Olha, te peço desculpas, e faço questão de explicar, esse objeto é herança de família.

- Era do seu pai? - Fala sentando novamente ao meu lado.

- Não, na verdade era do meu avô, depois foi da minha mãe.

- Entendi, mas nunca poderia imaginar que fosse da sua mãe. - Fala expressando um leve sorriso.

- Digamos que meu pai não me deixou uma boa lembrança em minha memória. - Desabafo, sem ao menos perceber.

- Faz tempo que ele faleceu?

- A alguns anos... - Digo, sem entrar em detalhes.

- Me parece que você não se dava muito bem com ele. - Afirma o Richard.

Ficamos em silêncio após suas palavras...
Se ele ao menos soubesse de tudo.

- Sabe Ellen... Posso te chamar assim?

- Claro, fique avontade.

- Temo muito que a Katherine sinta algo assim ao lembrar de mim.

- Não, é totalmente diferente. - Digo tocando em suas mãos.

Escuto sua respiração pesada, ele parece pensar em muitas coisas, mas não me fala 1%, me sinto angustiada por ele.

Em um movimento rápido ele afasta nossas mãos, me sinto constrangida.

O que estou fazendo...?

- Te agradeço por ter tirado um tempo para passar aqui, não fico em casa constantemente, sinto que a Kate é muito sozinha, não me interprete mal, mas gostaria de te fazer uma proposta.

Professora Da Minha Filha [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora