Capítulo Cinco

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Eduardo

Assim que sinto os lábios da Ester nos meus, não sei o que acontece comigo, não consigo parar de beijá-la, queria que o tempo parasse agora. Tenho a necessidade apenas de deixar meus lábios nos dela, não quero tomá-la aqui no carro só quero sentir sua pele. Mas minhas mãos não sabem ficar quietas então deslizo da nuca para as pernas dela, subindo para as coxas e querendo subir ainda mais, eu sei que ela está gostando pois está correspondendo ao meu beijo e seu corpo está arrepiado, quando penso que posso interromper o beijo e chamá-la para irmos a um lugar mais calmo Ester começa a se debater, esmurrar meu peito e me empurrar. Sem vontade nenhuma me afasto dos seus lábios para segurar suas mãos porque na verdade ela tá me machucando. Puta merda, que mulher forte! E rápida, pois ela não me dá tempo de segurá-la, quando percebo já sinto um ardor no meu rosto, isso mesmo ela me deu um tapa na cara... Puta que pariu está queimando! Surpreso e com a mão no lugar do tapa olho para ela e falo:

- O que foi isso Ester?

- Um tapa, se você não sabe o que é, posso te dar outro. Isso é para você aprender a nunca mais encostar essa sua boca na minha - grita essa gostosa da língua afiada.

Eu começo a gargalhar e falo com ar de vitória:

- Eu sei o que é. E por sinal está ardendo pra caramba. Quero saber o porquê disso, se seu corpo estava correspondendo aos meus beijos e toques, como eu pude perceber. Não seja hipócrita Ester, você adorou esse beijo e mais a ainda a minha o que eu fiz no barzinho, admita. - dou uma piscadinha para ela e um sorriso torto.

- VOCÊ É RIDÍCULO!!! Eu odiei... E não estava correspondendo porcaria nenhuma, fui pega de surpresa e fiquei sem reação, você não pode fazer isso comigo. Quem pensa que sou? Não sou uma das suas vadias, você é apenas o meu chefe ou ex- chefe. - Ester diz e sai do carro.

Eu fico desesperado com as últimas palavras dela, a Ester não pode e nem vai se demitir, eu não vou aceitar e com esse mesmo desespero saio do carro, vou para onde ela está e falo:

- Você não vai fazer isso Ester, não vai embora. Nunca quis te tratar como uma vagabunda, você não passa nem perto das mulheres que estou acostumado a lidar. Eu não sei porque fiz aquela cena na boate, eu sinto uma coisa muito forte por você, sei lá, uma atração muito forte e não estava aguentando mais te ver agarrada com aquele imbecil do seu ex. Por favor, fica! - falo com certa emoção e não sei se estou pedindo para ela não ir embora daqui sozinha porque é perigoso ou para não ir embora da minha vida pedindo demissão.

- Eduardo você é louco? Deixa eu te falar uma coisinha. Eu e você nunca vai rolar, não há a menor chance de eu ficar com um pervertido e traíra como você, não sou mulher para esse tipo de homem. Eu espero que isso nunca mais volte a acontecer, pois eu, além de pedir demissão ainda te processo por assédio. - ela fala esbravejando.

Desesperado, tento me aproximar dela, para impedi-la de ir embora. Mas logo ela fala um pouco mais alto:

- Se você chegar mais perto eu grito e digo que você está querendo me violentar. SOME DA MINHA FRENTE. E quanto ao que faço ou deixo de fazer fora daquela empresa, não é da sua conta, seja com o Heitor ou com qualquer outra pessoa. Eu espero ter sido clara, Senhor Eduardo, tenha uma ótima noite. - ela termina e sai andando pela estrada sem ouvir o que eu tinha a dizer.

Quando estou indo atrás dela vejo um carro se aproximando e diminuindo a velocidade, a Ester olha para dentro do carro logo dando a volta e entrando, eu corro para alcançá-la, ela me vendo aproximar diz:

- Não se aproxime de mim, senão dou permissão ao Heitor para fazer o que ele tanto quer que é quebrar a sua cara.

Então para evitar escândalos e não por medo, me afasto e vejo o melhor beijo, a única mulher que conseguiu despertar algum sentimento em mim, ir embora. Mas, só por agora, pois ela não vai se afastar de mim. NUNCA!!!!

Armadilhas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora